Alana PetersonA cada vez que pego Daryl em meu colo, controlo a minha força para não apertar meu bebê. Sou mãe, mãe desse pequeno príncipe e o amo tanto, quero que ele saiba a cada segundo. Não quero machucá-lo, mas é uma dádiva estarmos juntos agora. Ao mesmo tempo, tão pequenininho e frágil, é um menino forte e maravilhoso. Imaginei diversas vezes como ser mãe um John não sei para de vou dia e a experiência está sendo completamente diferente, o amor por esse pequenino é incondicional.Mas há algo que me deixa triste.— Ele não quer. — Arrumo a minha blusa.Daryl não quer pegar no peito.— Pode ser questão de tempo. — Logan tenta me animar.— Faz quatro dias. — resmungo.A enfermeira me dá apoio e explica sobre essa relação com o bebê, mas nada me anima. Tenho que aceitar. Meu filho não quer pegar no peito e pelo menos tem uma facilidade enorme com a mamadeira e assim consigo dar de mamar para ele.— Ei… — Logan coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.— Está tudo bem,
Logan Oconnor— Morto! Éden está morto, Logan. — Diogo anda de um lado para o outro.Estou encostado contra a parede com as mãos no bolso da frente da calça que uso. Erick não está muito distante, os braços cruzados e a expressão de seu rosto sério.— É, fiquei sabendo.Diogo para de andar e me olha confuso.— Como consegue ficar tão calmo assim? Primeiro foi o vazamento das informações sobre a Alana, praticamente passado todo o prontuário desde que acordou até hoje. — Diogo está revoltado. — E agora éden está morto?Diogo está agitado sem necessidade alguma.— Ele está calmo assim, Diogo, porque já estava sabendo que iria acontecer. — Erick responde por mim, não faço questão de olhá-lo. — Pelo menos sobre o Éden.Diogo franzir testa e olha de mim para Erick— Não teria como ele saber, exceto se… — os olhos claros encontram o meu. — O que você fez, Logan?Não me sinto pressionado ou me dou trabalho de querer responder, o meu silêncio apenas confirma algo que Erick tem certeza. Não hav
Logan Oconnor Os dias foram se passando e não foram como imaginei, Alana acabou sendo a ponte entre mim e Scott por um período. Éden acabou saindo como o pai amoroso que não aguentou a emoção de saber que sua filha estava viva e bem, Scott tinha certeza que eu tinha envolvimento na morte do Éden, mas não tem coragem de perguntar. E não contarei se ele não perguntar, porque não vou mentir.Daryl tem sido mais sócio com a sua irmã, chorando menos e puxando o cabelo dela diversas vezes. Valentina se aquietou e procura manter o cabelo preso, posso até dizer que Daryl acabou educando a irmã.— Papai! Papai! Papai!Me viro vendo Valentina correndo em minha direção e pego a minha Moranguinho no colo. — Já não falei para você parar de correr?Valentina pisca os seus olhinhos de um jeito inocente para não brigar com ela.— Sim, mas a tia Alana pediu para te chamar… é urgente.Estreito os meus olhos.— Valentina…— Talvez não seja muito urgente. — se corrige rapidamente.Valentina tem feito c
Alana PetersonGosto do friozinho que sinto na barriga ao me olhar no espelho, o vestido branco realçou o corpo que ainda não voltou como era antes. Ando tendo aquelas inseguranças e a mudança no meu corpo é nítida, mas tem um companheiro maravilhoso que vem me acalmando muito bem em meio às minhas crises.Me casar com Logan é algo que conheci diversas vezes, foi uma boba apaixonada no começo, mesmo querendo correr dessa situação e focar na carreira. Falhei algumas vezes nesse requisito, o fato é que agora é real. Seria a senhora Oconnor.Vou me casar com um homem que amo, o pai do meu filho e toda a turbulência que passamos todo esse tempo para ficar juntos finalmente faz parecer que valeu a pena. Doeu, machucou e deixou aprendizados, marcas que ficaram e não serão esquecidas, mas que aprendi muito.Sair completamente da minha bolha, o meu mundinho quase perfeito.Passo a mão pelas mechas onduladas do meu cabelo, sorrindo pelo trabalho perfeito do cabeleireiro e da maquiadora. Faz te
Alana Peterson OconnorDecidimos adiar a lua de mel. Daryl é muito novo para viajar e não vou ficar longe do meu filho, mal consigo tirar os olhos dele e é algo que com a terapia venho me controlando mais. Sei que o motivo para sempre tê-lo por perto e tendo um controle possessivo não é apenas porque sou mãe de primeira viagem, às vezes o medo de dormir e acordar meses depois me atormenta de um jeito que me sufoca. O desespero vem e não quero viver com esse medo.Não posso mudar o passado, mas posso cuidar para que o nosso futuro seja melhor.Chegando em casa, voltando de mais um dia de terapia, encontro com Daryl tomando seu leite na mamadeira e a babá cuidando dele. Ter uma babá foi um passo grande que dei, ela começou a trabalhar conosco na semana seguinte do casamento. Antes vinha uma vez e outra para me acostumar com a presença dela.Daryl ama ter atenção e vai facilmente com as pessoas. Sua relação com a irmã melhorou, se acostumando com o jeito agitado da mais velha.— Oi, meu
Logan Oconnor Com 25anos estava mais do que pronto para assumir Secrennor, são palavras dos meus pais e não minhas. Entrar no mundo dos negócios e toda essa loucura do mundo da moda não foi nada difícil ou tenebroso, consegui me adaptar muito bem. Ter o carisma da minha mãe e o olhar de águia para os negócios como meu pai me fez se sair bem em muitas horas da minha vida.Mas não me formei para ser psicólogo.Olho para Erick impaciente.— Faz uma hora que está tomando meu tempo e não diz nada com nada. — Dou a volta à mesa apanhando no corpo contra a mesma. — Se na sua empresa você não faz nada, sinto te dizer, mas é que faço muita coisa.— Você é um péssimo cunhado.Erick está sentado na cadeira frente à mesa.— Às vezes. — Cruzo os meus braços.— Alana já teve namorados melhores.Erick relaxa o corpo na cadeira. Não, ele não está relaxado, ouço a discussão que acontece em seu cérebro.— Namorados, nunca um marido perfeito como eu.Aos olhos, meu cunhado se levanta.— Não era para te
Logan Oconnor Sabia que estava sendo um grande passo para Alana passar esse tempo longe do Daryl. Ela mesmo quis para ter terapia, era o que iria sugerir para seu próprio bem-estar. Tive uma conversa com Scott e comentei algumas manias que Alana havia tendo, tendo a certeza que nosso filho estava bem, ela sempre procurava conferir mais de duas ou até mesmo quatro vezes o mesmo.Algo como verificar a babá eletrônica, ver Daryl no berço constantemente, não podendo passar mais de cinco ou 10 minutos longe da sua vista. E com a babá, Alana não teve seu descanso. Entendo os seus medos, mas não quero que isso atormente.— Quer voltar comigo para empresa?Torço para que a sua resposta seja sim.— Hum, não sei.Estamos saindo do restaurante, paramos na calçada.— Tem uma pilha de documentos que gostaria muito de dividir com você.Alana faz uma careta.— Você quer me colocar para trabalhar.— Ah, um pouco. — Sorri.É verdade que quero ter a companhia dela, não me canso de tê-la por perto.— T
Alana OconnorJogo o vestido longe, insatisfeita com a peça. Tento outra e tem o mesmo resultado, Lea está quase dormindo na minha cama. Passou pelo nível de tentar me consolar, se estressar e apenas aceitou.— Não dá, nenhuma fica boa. — Reclamo.Lea se assusta e senta na cama.— Não estava dormindo… eu… não dormi.Olho a bagunça que está o quarto.— Todo esse tempo e a única coisa que conseguir foi bagunçar.— Acho que você está sendo muito cruel consigo mesma. — Lea abraça um travesseiro. — Na semana passada disse que esteve na Secrennor e sentiu muito bem, agora está no quarto a mais de cinco horas para escolher uma roupa.A olho indignada.— Uma roupa para um evento da empresa. — Ergo as mãos no ar, ela não entende? — Não pode ser qualquer roupa.— Você é a dona e proprietária do lugar, pode ir de calcinha que ninguém vai se importar. — Lea está vivendo em um mundo que não é esse, ela para e pensa um pouco. — Não, Logan vai se importar.— Muito!Me imagino de salto e calcinha no