Hanna Cooper.Lembro do dia que experimentei o vestido do baile, olhei meu reflexo no espelho e aprovei o caimento do vestido, ele é perfeito, emoldura todas as minhas curvas e me deixa sexy sem ser vulgar.De início fiquei um pouco receosa quando Marcela, Koni e Angélica trouxeram ele para mim, acredito que o Murilo vai pirar quando me ver.Sem contar que elas me deram duas opções simples, usá-lo ou usá-lo. Era pegar ou largar, não tinha o que contestar.E eu me rendi.Mas, o resto das coisas eu decidi que eu mesma escolheria, então, na sexta pela tarde, eu arrastei Koni de sua cama para um final de tarde de compras de última hora, no Shopping.Eu não tinha dormido durante toda a noite pensando no quão delicioso foi ter a boca e a língua do Murilo no meu ponto pulsante, eu não sabia que poderia ser tão safada e devassa, mas é isso que aquele homem provoca em mim. Eu pensei em lhe mandar uma mensagem, pedindo para que ele fosse para minha casa, mas eu engoli essa vontade. Eu o quero,
Hanna Cooper.Assim que desço do carro escuto a musica alta, há reporteres por todos os lados e os flashs me deixam um pouco desnorteado por alguns segundos.O baile anual de caridade do Hospital da minha familia também é conhecido como um desfile de moda e junta os mais renomados empresários.Theo pega minha mão para me ajudar a sair e a atravessar o grande tapete vermelha que leva diretamente para as grandes portas da entrada do hotel. Onde está acontecendo o baile esse ano. Ele é um homem alto, com cabelos pretos e olhos castanhos, ombros largos e um sorriso bonito. Seu jeito confiante de andar, a forma como ele olha, tão intensamente com aqueles grandes olhos castanhos, com certeza, ele seria um homem que eu me interessaria.Todo o encanto que eu sinto por ele agora desaparece quando entramos no salão e meus olhos, rapidamente, encontram os de Murilo do outro lado, vestido em um smoking feito sobre medida para seu corpo perfeito, o cabelo bem penteado e uma taça na mão, enquanto c
Hanna Cooper. Murilo abre seu sorriso mais galante. Aquele que faz todo o meu corpo tremer e minha calcinha molhar. - Moranguinha, acabamos de chegar – ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. - Sim – concordo - Mas eu preciso de você agora - lamento. Sua boca encosta-se a minha testa, e ele esconde um sorriso. - Vamos fazer assim – ele fala e presto muita atenção – Andamos um pouco pelo salão, cumprimentamos algumas pessoas, fazemos nossas doações, e depois de tudo isso, daremos um jeito de sair daqui. Eu não acho um plano legal, porque eu não sei quanto tempo eu vou conseguir durar, sem calcinha e com o ponto entre minhas pernas molhada. Mas eu assinto, concordando com ele, me agarrando a esperança de sermos só nós dois no final da noite. Me tornei uma ninfomaníaca. - Certo. Vamos fazer dessa forma, embora não concorde – falo dando de ombros. Ele balança a cabeça, levemente, me girando no ritmo da música. - Você está linda. De tirar o fôlego de qualquer idio
Murilo Lewis.Kaila finalmente aparece depois de um longo tempo. Seus cabelos, que antes estavam bem penteados, agora estão todo bagunçados. Seus lábios estão livres do batom vermelho e um pouco inchados, parece que ela se divertiu enquanto esteve sumida. - Libere seu motorista para me levar para casa - pede quando para ao meu lado, mais de perto, noto seu rosto ruborizado é a primeira vez que vejo minha irmã emprestada ruborizada.- Tudo bem, eu pego um táxi se for preciso - dou uma piscadinha - Lhe acompanho até lá - quero me certificar que essa doida não vai entrar no carro errado.- Que seja - revira os olhos - Só vamos logo.- Carlos - chamo meu motorista assim que nos aproximamos do carro - Leve a Kaila para casa, por favor - peço.- Claro chefe - ele abre a porta do fundo para ela entrar.- Volte para buscar a Mila, por favor.Ele faz um aceno com a cabeça e vai embora, volto para dentro do salão para procurar a dona dos meus pensamentos mais obscenos.A encontro conversando c
Hanna Cooper. Fico um tempo acordada, olhando para o teto branco, lembrando da minha conversa com Koni e decidindo se pergunto ou não ao Murilo sobre sua ex noiva falecida. - Está acordado? - sussurro com o rosto pressionado contra o peito forte dele. Ele resmunga algo baixinho e me aperta mais contra seu corpo, sorrio inalando o seu cheiro. O sol está prestes a nascer. Eu poderia dizer que estamos perto das cinco horas da manhã. E eu amanheci assim, abraçada com Murilo, olhando através da minha janela, enquanto brinco com os pelos macios do seu peito. Ergo meu queixo o suficiente para ver seu rosto bonito. Os olhos estão levemente fechados, a expressão serena, calma, tranquila, sem nenhuma ruga de preocupação. Mas eu sei que ele está acordado, porque seus dedos estão em uma carícia gostosa em meu braço. Não queria quebrar esse momento. Queria ficar o resto do dia dessa forma com ele, mas não posso deixar essa oportunidade passar, eu preciso saber. - Murilo - o chamo tocando s
Hanna Cooper. Murilo estaciona em frente ao prédio do hospital e estranho. - O que estamos fazendo aqui? - me viro para ele, enquanto destravo o cinto de segurança - Vamos acabar nos atrasando para o encontro - comento, achando uma boa ideia. Ele desliga o carro e retira a chave. - Precisam de privacidade para conversar, um restaurante não é o mais indicado, achei que aqui em uma das salas de reunião seria o ideal. Concordo com um aceno de cabeça, sinto meu coração bater acelerado, estou tão nervosa. Entramos no elevador e em vez dele ir para o outro lado, como de costume, ele encosta-se na parede e puxa minhas costas para seu peito. Sua mão faz uma leve massagem na minha, como se ele quisesse me manter calma. Aprovo a forma que sua boca beija meus cabelos, meu pescoço e meu ombro. Respiro fundo e me deixo envolver por esse momento. Lamento quando as portas se abrem e precisamos nos separar. Eu o sigo até uma das salas de reuniões, após Émile dizer que era onde estavam nos esper
Hanna Cooper.Murilo me leva para sua sala e me coloca sentada no sofá de couro, no canto da sala. Ele pede para Émile trazer um copo de água, com urgência, e a pobre mulher quase sai correndo para atender seu pedido.Seguro o copo com as mãos trêmulas e bebo um gole. Minha "mãe" mentiu para mim, durante toda minha vida. Meu pai biológico não me abandonou, pelo contrário, ele me queria. Estou tão confusa.Que mãe deixaria sua filha pensar que foi abandonada pelo próprio pai?Uma mãe que abandonou a própria filha. Respondo minha pergunta.Isso me rendeu alguns traumas, mesmo como todo o amor que Marina e Vitório me deram, lá no fundo eu ainda sentia um vazio, causado pelo abandono.Alguém dá duas batidas na porta e em seguida entra. É Vitório, fico aliviada por saber que não é a minha progenitora ou o Lee. Ainda não estou pronta para encontrar com eles.Vitório senta ao meu lado, enquanto Murilo se afasta um pouco para nos dar espaço. - Minha filha - ele segura minhas mãos - Você est
Hanna Cooper.Bocejo preguiçosamente ao acordar e ver a claridade do sol invadir o quarto através do vidro da janela. Sinto meus olhos inchados e pesados, causados pelas lágrimas derramadas na noite anterior. Muita informação para assimilar e uma importante decisão para tomar.Meu celular apita avisando que chegou uma nova mensagem, olho rapidamente e vejo um monte de mensagens do meu irmão. Olho a hora e já passa das dez horas da manhã, decido levantar.Caminho para o banheiro e faço minha higiene matinal para então responder as mensagens do meu irmão.Irmão: Daqui a trinta minutos estou chegando, levarei seu café da manhã!Avisa e me sento no sofá para espera-lo e penso no quanto eu tive sorte em ter sido acolhida pelos meus pais, Vitório e Marina, no quanto fui amada e protegida. Tento imaginar como teria sido se a minha progenitora não tivesse mentido para o meu pai biológico, ele me queria e ela nos afastou apenas por maldade.Fico perdida em pensamentos por tanto tempo que sou d