Hanna Cooper.Sinto as lágrimas queimarem os meus olhos.As palavras frias do Murilo ressoam em minha cabeça diversas vezes, jogando na minha cara que sou a unica culpada por isso.Ele enrola os braços as redor da minha cintura e eu bato neles com força.- Me solta, imbecil - reclamo socando seu braço, o mais forte que eu consigo no momento. Não é muita coisa para um homem forte como ele, mas já demonstra meu descontentamento de estar em seus braços.- Quer dizer que sou imbecil por estar fazendo o que você disse pra fazer? - ele sussurra divertido em minha orelha e aperta mais seu braço ao meu redor, fazendo minhas costas colarem em seu peito nu. E ele está lá, ainda muito duro, se apertando contra mim.Fecho os olhos com força, irritada comigo mesma por ter vindo até aqui.- Foda-se você. Eu não me importo - reclamo com o choro preso na garganta. Estou tão chateada por querer chorar agora.Murilo ri contra minha orelha. - Claro que não se importa - fala desapontado e se move, comig
Hanna Cooper.- Hanna - a voz grossa de Murilo me tira dos meus devaneios, desde que cheguei para trabalhar hoje que não consigo focar direito, não quando estou na mesma sala que esse homem, sentindo seu cheiro sem poder estar em seus braços - Venha comigo, por um instante, por favor - pede passando pela minha mesa.Assinto, levanto da mesa sentindo como se minhas pernas fossem gelatina.- Pegue suas coisas também - aponta para minha bolsa. Faço o que ele pede e o sigo até o lado de fora da nossa sala. Ele caminha em minha frente, o silencio reina e não me atrevo a abrir a boca.Ele para em frente a uma porta enorme de madeira, do mesmo modelo da porta do nosso escritório, não olha para mim, em nenhum momento ele falou comigo, e nem se moveu, minimamente, em minha direção. Ele está pensativo e estranho.- Por que estamos aqui parados? - minha voz soa baixa.Ele finalmente me olha, seus olhos verdes prendem os meus. Tão intensos e seguros.- Não seja apressada - ele repreende, num to
Hanna Cooper.Lembro do dia que experimentei o vestido do baile, olhei meu reflexo no espelho e aprovei o caimento do vestido, ele é perfeito, emoldura todas as minhas curvas e me deixa sexy sem ser vulgar.De início fiquei um pouco receosa quando Marcela, Koni e Angélica trouxeram ele para mim, acredito que o Murilo vai pirar quando me ver.Sem contar que elas me deram duas opções simples, usá-lo ou usá-lo. Era pegar ou largar, não tinha o que contestar.E eu me rendi.Mas, o resto das coisas eu decidi que eu mesma escolheria, então, na sexta pela tarde, eu arrastei Koni de sua cama para um final de tarde de compras de última hora, no Shopping.Eu não tinha dormido durante toda a noite pensando no quão delicioso foi ter a boca e a língua do Murilo no meu ponto pulsante, eu não sabia que poderia ser tão safada e devassa, mas é isso que aquele homem provoca em mim. Eu pensei em lhe mandar uma mensagem, pedindo para que ele fosse para minha casa, mas eu engoli essa vontade. Eu o quero,
Hanna Cooper.Assim que desço do carro escuto a musica alta, há reporteres por todos os lados e os flashs me deixam um pouco desnorteado por alguns segundos.O baile anual de caridade do Hospital da minha familia também é conhecido como um desfile de moda e junta os mais renomados empresários.Theo pega minha mão para me ajudar a sair e a atravessar o grande tapete vermelha que leva diretamente para as grandes portas da entrada do hotel. Onde está acontecendo o baile esse ano. Ele é um homem alto, com cabelos pretos e olhos castanhos, ombros largos e um sorriso bonito. Seu jeito confiante de andar, a forma como ele olha, tão intensamente com aqueles grandes olhos castanhos, com certeza, ele seria um homem que eu me interessaria.Todo o encanto que eu sinto por ele agora desaparece quando entramos no salão e meus olhos, rapidamente, encontram os de Murilo do outro lado, vestido em um smoking feito sobre medida para seu corpo perfeito, o cabelo bem penteado e uma taça na mão, enquanto c
Hanna Cooper. Murilo abre seu sorriso mais galante. Aquele que faz todo o meu corpo tremer e minha calcinha molhar. - Moranguinha, acabamos de chegar – ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. - Sim – concordo - Mas eu preciso de você agora - lamento. Sua boca encosta-se a minha testa, e ele esconde um sorriso. - Vamos fazer assim – ele fala e presto muita atenção – Andamos um pouco pelo salão, cumprimentamos algumas pessoas, fazemos nossas doações, e depois de tudo isso, daremos um jeito de sair daqui. Eu não acho um plano legal, porque eu não sei quanto tempo eu vou conseguir durar, sem calcinha e com o ponto entre minhas pernas molhada. Mas eu assinto, concordando com ele, me agarrando a esperança de sermos só nós dois no final da noite. Me tornei uma ninfomaníaca. - Certo. Vamos fazer dessa forma, embora não concorde – falo dando de ombros. Ele balança a cabeça, levemente, me girando no ritmo da música. - Você está linda. De tirar o fôlego de qualquer idio
Murilo Lewis.Kaila finalmente aparece depois de um longo tempo. Seus cabelos, que antes estavam bem penteados, agora estão todo bagunçados. Seus lábios estão livres do batom vermelho e um pouco inchados, parece que ela se divertiu enquanto esteve sumida. - Libere seu motorista para me levar para casa - pede quando para ao meu lado, mais de perto, noto seu rosto ruborizado é a primeira vez que vejo minha irmã emprestada ruborizada.- Tudo bem, eu pego um táxi se for preciso - dou uma piscadinha - Lhe acompanho até lá - quero me certificar que essa doida não vai entrar no carro errado.- Que seja - revira os olhos - Só vamos logo.- Carlos - chamo meu motorista assim que nos aproximamos do carro - Leve a Kaila para casa, por favor - peço.- Claro chefe - ele abre a porta do fundo para ela entrar.- Volte para buscar a Mila, por favor.Ele faz um aceno com a cabeça e vai embora, volto para dentro do salão para procurar a dona dos meus pensamentos mais obscenos.A encontro conversando c
Hanna Cooper. Fico um tempo acordada, olhando para o teto branco, lembrando da minha conversa com Koni e decidindo se pergunto ou não ao Murilo sobre sua ex noiva falecida. - Está acordado? - sussurro com o rosto pressionado contra o peito forte dele. Ele resmunga algo baixinho e me aperta mais contra seu corpo, sorrio inalando o seu cheiro. O sol está prestes a nascer. Eu poderia dizer que estamos perto das cinco horas da manhã. E eu amanheci assim, abraçada com Murilo, olhando através da minha janela, enquanto brinco com os pelos macios do seu peito. Ergo meu queixo o suficiente para ver seu rosto bonito. Os olhos estão levemente fechados, a expressão serena, calma, tranquila, sem nenhuma ruga de preocupação. Mas eu sei que ele está acordado, porque seus dedos estão em uma carícia gostosa em meu braço. Não queria quebrar esse momento. Queria ficar o resto do dia dessa forma com ele, mas não posso deixar essa oportunidade passar, eu preciso saber. - Murilo - o chamo tocando s
Hanna Cooper. Murilo estaciona em frente ao prédio do hospital e estranho. - O que estamos fazendo aqui? - me viro para ele, enquanto destravo o cinto de segurança - Vamos acabar nos atrasando para o encontro - comento, achando uma boa ideia. Ele desliga o carro e retira a chave. - Precisam de privacidade para conversar, um restaurante não é o mais indicado, achei que aqui em uma das salas de reunião seria o ideal. Concordo com um aceno de cabeça, sinto meu coração bater acelerado, estou tão nervosa. Entramos no elevador e em vez dele ir para o outro lado, como de costume, ele encosta-se na parede e puxa minhas costas para seu peito. Sua mão faz uma leve massagem na minha, como se ele quisesse me manter calma. Aprovo a forma que sua boca beija meus cabelos, meu pescoço e meu ombro. Respiro fundo e me deixo envolver por esse momento. Lamento quando as portas se abrem e precisamos nos separar. Eu o sigo até uma das salas de reuniões, após Émile dizer que era onde estavam nos esper