Meu CEO Preferido
Meu CEO Preferido
Por: Ninha Cardoso
Prólogo

Prólogo...

Phoebe não acreditava que o destino estava sendo cruel com ela... Mais uma vez.

Encheu o peito de ar, respirando fundo e engolindo em seco, olhando em volta todas as portas e saídas possíveis para o caso de precisar sair correndo do lugar.

Isto é, se suas pernas a obedecessem.

Se sentia travada no mesmo lugar, ainda que sua consciência estivesse gritando para que saísse dali o mais rápido que desse. Mas ela não podia fazer isso agora.

Estava ao lado de um dos melhores clientes que sua agência já conseguira desde que tinha sido inaugurada.

Hernandez Frates era o tipo de cliente que todos desejam. Esbanjava sem pena de gastar e não era chato ou exigente. Quando gostava de algo, queria e pronto.

E Laerte estava em uma conversa animada com ele. Até estava inserida também, mas desde que sentira algo estranho, como um aviso, um arrepio que subiu por sua nuca, ela ficou calada e começou a olhar em volta, passando os olhos pelos convidados que riam e se espalhavam por todo o salão central do clube.

E para sua surpresa, ela ficou chocada ao ver do outro lado do salão, a última pessoa que gostaria de encontrar em sua vida.

Apolo Antoniou Daskalakis.

O homem responsável por tudo o que aconteceu de ruim em sua vida e que a fez ser uma pessoa diferente do que ela seria, se não fosse aquela noite horrível, seguida do pior dia de sua vida.

Respirou fundo de novo e abaixou a cabeça, olhando para os pés, cerrando os olhos. Imaginava se eles iriam se mexer.

— Phoebe, tudo bem?

Seu sócio e amigo Laerte tocou seu braço.

— Sim - deu um sorriso sem mostrar os dentes.

— Se sente incômoda? - franziu a testa.

— Por que? - Hernandez perguntou — Está doente?

— Ah, não... Não - mexeu no cabelo ajeitando a mecha atrás da orelha — É que eu não gosto muito de bebidas e Laerte se preocupa.

— Entendo - assentiu — Mas, deve ser complicado então, trabalhar nessa área.

— Um pouco - sorriu de leve — No entanto, não me preocupo com isso, pois Laerte e Carolina cuidam dessa parte para mim.

— Ah, claro - virou o copo bebendo o resto de uísque e passou para um garçom — Pronto - sorriu — Já a livrei da tentação.

Os três riram.

Na verdade isso não era uma tentação para ela. Era muito mais uma maldição e evitava ao máximo ter contato com qualquer tipo de bebida alcoólica.

Desde aquela noite.

Girou o corpo e não o viu no mesmo lugar. Já ia começar a ficar aliviada, quando Hernandez deu um risinho e se inclinou para ela.

— Me parece que você fez um novo fã.

— Eu? - tocou o colo.

— Também acho, querida - Laerte disse sorrindo — Tem um homem do outro lado, atrás de você, que não para de olhar para cá e tenho certeza de que não é por mim ou por Hernandez.

— Acho bom que não seja por mim - Hernandez riu.

“Deus do céu, só pode ser ele. Porque não foi embora?”

De repente o barulho dos convidados foi ficando baixo e as pessoas passavam por ela como se estivessem em uma câmera lenta.

Era como se ela estivesse em um local alternativo e seus ouvidos começaram a zumbir. Ela mordeu a parte interna da bochecha, sentindo seu nervosismo se instalar, mas por fora ninguém percebia.

Ela estava boa em mentir sobre seus sentimentos. Já conseguia mascarar suas reações. Pelo menos na maior parte das vezes.

Salvo quando tinha algo a ver com seus temores.

Quando era assim ela nada podia fazer, pois seu corpo agia por vontade própria e ela se tornava refém de sua mente.

— Eu acho que é... - Laerte balançou a cabeça de um lado para outro — Ele não é aquele grego famoso... O que tem uma rede de navios? - apertou os olhos tentando recordar.

— Não só isso - Hernandez continuou — Ele tem vários negócios, alguns até pequenos. O homem é um lobo, não perde a chance de atacar e aumentar seu patrimônio. Onde vê a oportunidade ele logo faz sua jogada.

Ouvir isso só fez aumentar seu nervosismo. Ela sabia bem desse modo dele agir. Tinha recordações de seu espírito de lobo. Já tinha sido mordida por seus dentes brancos e arranhada por suas garras.

— Ah, lembrei - Laerte estalou os dedos — Apolo Antoniou.

— Isso. O sobrenome eu não consigo pronunciar - Hernandez riu — E me parece que ele vem para cá.

Ela arregalou os olhos e enfiou as unhas na palma da mão, já começando a suar, apesar da noite estar fresca e do vento que vinha do mar, passar constante pelo salão.

“Era agora. Ele vem atrás de mim. Deus me ajude.”

Ela aguardou. Laerte a sentiu estranha e sem saber do que se tratava, segurou sua mão de modo gentil, lhe dando apoio.

Phoebe parecia que iria desmaiar, estava pálida e sua mão fria. Ficou preocupado com ela. Ergueu os olhos ao ver o homem que se aproximava deles, abrindo espaço entre os convidados.

— Boa noite - a voz grave soou atrás dela — Eu sou Apolo Antoniou Daskalakis.

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