Luíza TERCEIRO DIA DE TERAPIA—E então... pensaram no que disse ontem? Quem vai falar primeiro? — Ela logo faz a pergunta que já temos a resposta, sei que a dele é a mesma que a minha porque conversamos sobre isso — o que fará vocês seguirem em frente?—ELA—ELE — respondemos ao mesmo tempo sorrindo um para o outro.—Porque? — Ela pergunta e Lucca já dá indícios de que vai falar primeiro.—Porque é com ela que vejo meu presente e futuro, é com ela que me vejo construindo tudo o que for possível, é o amor que sinto por ela que me faz ter certeza que podemos fazer qualquer coisa se estivermos juntos na mesma sintonia — me derreto e emociono ao mesmo tempo.—Minha resposta é exatamente a mesma, Abigail. Não me vejo construindo um futuro sem ser ao lado dele, não me vejo seguindo sem ter ele comigo, não me vejo sendo feliz com outra pessoa que não ele. Pode ser prematuro pensar assim se considerarmos que estamos juntos a quase seis meses..., mas foi com ele que percebi muitas coisas sobr
LuccaSabe uma pessoa feliz? Imagine você aí uma pessoa muito feliz, imaginou? Agora multiplique essa felicidade por mil e o resultado será o tamanho da minha felicidade desde que pedi a Luíza em casamento. Foi espontâneo, não o pedido em si por que eu já vinha com esse pensamento a um tempo, mas o jeito que tudo aconteceu. Depois que a terapeuta foi embora, além de me sentir mais leve do que já me sentia desde a primeira conversa, eu tinha mais certeza do que sentia por Luíza e do que ela sentia por mim... de uma maneira triste, nós acabamos nos ligando ainda mais. A dor nos fez ficar mais fortes, mas mais ainda, fez nós nos amarmos ainda mais, admirarmos o outro ainda mais e hoje todo mundo está vindo aqui para o campo. Eles não sabem ainda da novidade, nem mesmo o meu irmão que está trazendo o anel que eu já havia encomendado, pensando que seria tudo de outro jeito — mas aparentemente ela gostou até mais ter sido como foi — sabe que já fiz o pedido, ele acha que ainda vou fazer e p
Lucca—Concordo Barbie baby — Luíza responde a minha irmã — continuando... vamos casar em exatos três meses nem mais nem menos, esse foi o máximo de tempo que o Lucca deu então nem adianta tentarem uma extensão de tempo porque se eu não consegui, vocês também não vão e sobre o lugar — ela sorri largo antes de falar — será aqui na casa de campo, mais precisamente naquele gramado enorme, ao pôr do sol.—Adorei! — Minha mãe se pronuncia — apesar de achar três meses muito rápido para organizar e saber que trazer tudo para cá vai dar um certo trabalho, nós conseguimos fazer isso não é Elisa? — Minha mãe pergunta e a Elisa concorda na hora — E você Carmem, pode adiar sua volta para três meses porque vai nos ajudar com tudo.—Mãe, nós decidimos que será algo mais íntimo e tem que ter a cor vermelha porque é a cor preferida da Luíza — digo logo, antes que ela ache que faremos uma festa domo as que ela dá na cidade.—Podemos fazer isso! — Minha mãe diz.—Contem comigo — responde minha tia.—V
LuccaDEPOIS DE HORAS JOGANDO...—Isso não pode ser possível, não tem como uma pessoa ser tão sortuda assim! — Erick fala indignado, porque minha irmã foi quem mais ganhou para variar.—É que não se trata apenas de sorte e sim de inteligência — ela diz apontando para a própria cabeça — vocês são inteligentes, mas tem o ego maior ainda, então sempre perdem.—Pode até ser, mas você sempre ganhou tudo desde criança e agora por sua causa Erick, vamos ter que pular na porra da piscina congelando! — Luigi brada com o Erick que está com a cara péssima.Meu irmão está sem acreditar na quantidade de vezes que nossa irmã ganhou e os outros riem da situação. Não tem o que ser feito, o Erick topou, nós jogamos, perdemos — o que já era esperado — e agora teremos que pagar nossa aposta — mais uma vez — porém, só mais tarde, depois de ver o sol indo embora junto com todos os outros. Temos feito isso todo dia porquê de alguma forma nos trouxe um certo acalento, não sei explicar e hoje vamos dividir
LuízaPor onde eu começo?Antes de tudo preciso dizer gritando: MEU ANEL DE NOIVADO É PERFEITOOOO!Agora sim, vamos lá... depois dos dias que passamos na casa de campo, voltamos para Nova York na segunda pela manhã, todos nós, no mesmo dia assim que cheguei no AP, o Lucca disse que me ajudaria a arrumar o que fosse levar para a cobertura, porque jamais que ele deixaria a noiva dele morando com a louca da Emma — palavras dele, não minhas, que causaram uma briguinha bastante engraçada entre eles dois — mesmo com a picuinha rolando entre eles, os dois me ajudaram a organizar tudo que era meu e iria comigo para a casa dela — pasmem, ele botou os seguranças para carregara caixas e malas para os carros que nos escoltam, que nunca vejo por sinal — tudo que era meu foi tirado do apartamento que vivi durante quase todo o tempo que estou em NY, Emma que estava dando uma de “não estou nem aí”, chorou igual a uma criança me fazendo prometer que iria falar com ela todos os dias — como se fosse po
Luíza Apaguei todas as luzes deixando apenas um abajur de canto aceso para deixar um clima mais sensual, liguei o aparelho de som que tem na sala na música, Crazy in Love – Beyoncé — muito clichê, mas essa era a ideia — deixei tocando no modo repeat, me sentei na poltrona que fica de frente para quem entra na sala com as pernas meio abertas, assim que escutasse o barulho da porta era hora de começar a brincadeira e foi exatamente isso que eu fiz. Quando ouvi a porta bater, escutei ele me chamando por ter achado estranho o silencio, tudo escuro e uma música tocando baixo pelo apartamento, não respondi esperando ele aparecer com minhas mãos já passeando por meu corpo fingindo não ter escutado nada — essa é uma das coisa que descobri que um voyeur gosta, tipo espiar, assistir alguém que não sabe que no caso finge não saber que está sendo assistido — não demorou tanto para que os passos firmes se aproximassem da sala e logo depois o palavrão em italiano ecoasse pelo ambiente “ Cagna che
Luíza É curiosa a forma como as coisas começaram a se desenrolar depois que nos abrimos com a psicóloga, depois que nós caímos em nós mesmos entendendo que já sabíamos o que nos faria prosseguir em busca de um futuro agora alternativo, estava na nossa cara e já estávamos até fazendo, que é justamente fazer do nosso amor a nossa força para superar, sem dependências. A um mês atrás apesar de estar me sentindo melhor do que quando fomos para a casa de campo, ainda me sentia incerta de como tudo seria, se as rotinas poderiam voltar a ser como era antes de tudo, se conseguiríamos ser quem éramos e a resposta para essas perguntas é que não, não somos mais os mesmos de antes, nós somos melhores. Aquele ditado bem brasileiro que diz que “a dor ajuda a parir” nunca fez tanto sentido para mim como faz hoje, pois foi exatamente isso que aconteceu com a gente, a dor nos ajudou a evoluir como indivíduos e como casal, a dor nos uniu como casal, nos aproximou ainda mais da família, nos fez ver muit
Luíza Voltei a tomar anticoncepcional antes da surpresa que fiz para o Lucca, mesma coisa de antes, despertador no meu celular, no celular dele, só que agora temos mais atenção do que antes, se por acaso acontecer de eu engravidar é porque tem que ser mesmo, porque prevenção não é problema. Conhecendo o meu Mandão Gostoso, tive que correr atrás disso, ele é insaciável e imprevisível, toda hora é hora para ele e não sou muito diferente, me transformei numa verdadeira safada, sempre quero aprender coisas novas para surpreende-lo — quando não estamos jogando e ele me deixa completamente impossibilitada de fazer qualquer coisa que não seja com a boca e até a boca as vezes ele põe mordaça então — quando eu posso estar meio que no comando das coisas tento aplicar algo que li ou que os meus amigos me falaram. Depois da surpresa também começamos a brincar mais com o voyeurismo, as vezes pego ele se tocando do nada ou ao contrário, assistimos nosso vídeo — sim, aquele que ele gravou no dia em