Bruna MariaNão ficamos muito tempo no hotel, meu namorado conseguiu um lugar para ficarmos. Era uma casinha simples, mas muito aconchegante de um dos seus amigos. Fizemos compras, precisávamos de roupas e comida, João conseguiu rapidamente contratar novos seguranças e eu não sabia o que tinha acontecido com os anteriores que eu já conhecia, no entanto, também não tive coragem de perguntar.Tentei não demonstrar o quanto ainda estava abalada, não queria que meu namorado ficasse ainda mais preocupado comigo. Por mais difícil que fosse, eu precisava aguentar e não entrar mais em pânico. Tudo que ele menos merecia naquele momento era ter que lidar comigo. Era uma situação complicada e se eu pudesse aliviar suas preocupações era isso que faria.— Eu suponho que podemos preparar uma coisa gostosa para nós dois. Dessa vez vou para a cozinha e você fica no sofá, porque se você ficar me observando enquanto estou cozinhando, não conseguirei me concentrar. Posso deixar a comida queimar e não é
Samuel GonzalezMeu irmão João estava com a minha cunhada no México, enquanto eu estava no Brasil. Por ser um covarde, não conseguia retornar para o meu país. Estava com muito medo que não conseguia nem mesmo sair de casa. Tinha medo de ser encontrado assassinado. A companhia da senhora Olivia não era tão ruim como pensei que seria devido a nossa diferença de idade. Ela era gentil sempre e prestativa.Após o café da manhã, antes mesmo que eu saísse da mesa, ouvi um choro de bebê ecoando pela casa, anunciando a chegada da minha psicóloga. Mais uma vez ela tinha levado o filho para nossa sessão. Não que eu fosse chato ou algo assim, mas não era muito profissional as atitudes dela. Levantei da cadeira e caminhei seguindo o choro da criança.— Você pode me entregar o bebê? Isso tem se tornado rotineiro. Como uma mãe não consegue acalmar o próprio filho? — comentei rudemente. Não conseguia controlar meu descontentamento. Ela me deixava bastante nervoso.Minha psicóloga se negou a me entreg
Bruna MariaA sensação de estar em uma prisão sem grades era recorrente na última semana, as coisas continuavam intensas e sem respostas, o que nos dava um pouco de conforto ainda era ter a companhia um do outro. João, não costumava demonstrar suas fraquezas, mas eu sabia que ela existia, assim como as minhas. Ele estava tentando ser forte, embora fosse muito difícil.O tio do meu namorado tentou entrar em contato através do Delegado e achei isso muito suspeito. O delegado disse que foi por acaso que eles se encontraram na cena do crime. É, eu tinha descoberto que todos os seguranças que conhecia haviam sido assassinados. Senti-me muito mal por eles e todas as suas famílias, não mereciam aquele fim.Ficamos muito inseguros de permanecer naquele esconderijo, portanto, planejamos procurar outra alternativa, no entanto, não contaríamos daquela vez para aquele delegado o nosso paradeiro.— Teremos que sair daqui discretamente, não quero chamar atenção de ninguém. Essa não é a vida que que
João GonzalezO novo delegado que cuidaria do meu caso descobriu coisas que o anterior não havia descoberto. A partir disso percebi ter algo de errado antes. Como eu não enxerguei que era furada contar todos os meus planos para o delegado anterior? A verdadeira justiça não demorou a ser feita, pois, encontrei um homem digno e competente para o trabalho.Li cada um dos documentos espalhados na minha escrivaninha, eram provas de fraudes financeiras e fotos do meu tio entregando caixas suspeitas no porto.— Com tudo isso você acredita que conseguimos colocá-lo na prisão? — questionei, o delegado. Eu queria muito que o meu tio Juliano, ficasse atrás das grades o quanto antes.— Até poderíamos, mas não por muito tempo. O seu tio tem grandes influências, e isso não deixaria com que ele ficasse em uma prisão durante muito tempo. Precisamos de muito mais. Gostaria de descobrir o que havia naquelas caixas que ele deixou no porto. Senhor Gonzalez, estamos no caminho certo, portanto, peço que te
Bruna MariaJoão, comprou os testes de gravidez e eu corri para o banheiro para fazer cada um deles. Não sabia se ficaria decepcionada ou feliz com os resultados, mas esperava não surtar. Ter um bebê com toda aquela confusão seria um grande desafio.Aguardei pelos resultados sem tirar os olhos de cada um dos testes que havia feito instantes antes. O positivo veio nos cinco testes e eu gritei histérica. Meu namorado entrou no banheiro desesperado após ouvir meu escândalo.— Bruna! O que você tem? — perguntou, colocando as mãos em cima dos meus ombros.Como dizer que seríamos pais? Eu não conseguia raciocinar! Olhei em seus olhos e derramei lágrimas involuntariamente. João tinha que saber, portanto, puxei todo fôlego possível para os meus pulmões até abrir a boca.— Todos os testes de gravidez deram positivo! Não sei como engravidei, nunca falhei em tomar o anticoncepcional... — choraminguei, esperando sua reação. Nossas vidas nunca mais seriam as mesmas.— Linda, não tem problema. Cois
João GonzalezMinha lua de mel com Bruna Maria, foi ter conseguido uma consulta de pré-natal com total segurança para sua chegada. A primeira de muitas consultas para saber como estava o nosso filho. A Dra. Marina nos recebeu e passou medicações e todos os procedimentos durante a gestação.Na hora de realizar o primeiro ultrassom, suei frio. Meu nervosismo era nítido. Era a primeira vez que veria através da tela o nosso filho e ele não passava de uma pequena bolinha em formação.— Pode parecer um pouco cedo, mas, estou vendo o coraçãozinho do beber batendo forte. Vamos conseguir ouvi-lo, papais...Quando a doutora Marina disse isso ficamos empolgados. O som do coraçãozinho dele, nos fez ficar emocionados. Em poucos meses estaríamos com aquele bebezinho em nossos braços e isso não tinha preço. Quis muito que os meus pais estivessem naquele momento, porém, não era possível, pelo menos, fisicamente. De algum lugar eles estavam olhando por nós.— João, o nosso bebê... — disse ela, apontan
Yolanda GonzalezFoi difícil ouvir as coisas que ouvira da boca do homem que mais amava do mundo. Ele não disse nada diretamente para mim, foi o acaso que me fez escutar seus planos contra o meu primo, e eu não podia deixar que eles se realizassem.Invadi a casa que João morava mesmo sabendo que poderia levar um tiro e acabar enterrada a sete palmos do chão. Quando finalmente consegui falar com ele e contar as intenções do meu pai, ele queria muito mais.— Enlouqueceu? Não posso dizer nada se for para te matar! — recusei-me, falar dos planos do meu pai contra ele e sua esposa.Eu estava processando ainda sobre o casamento e o futuro filho deles. Não era nada fácil deixar meu orgulho de lado para salvar tanto a vida dele como daquela mulher que não gostava. Bruna Maria, não tinha feito nada de errado além de amar João tanto quanto eu, portanto, não merecia também morrer. Precisava me conformar que o meu amor jamais seria correspondido.— Você quer é proteger o seu pai! Ele tem que ser
João GonzalezCom a chegada do delegado e de seus homens, começamos a planejar um plano para capturar meu tio Juliano. Mesmo relutante, minha prima concordou em nos ajudar com o que precisássemos. Meu tio conseguira sempre saber dos meus passos devido a sua influência na polícia. Infelizmente o antigo delegado era seu aliado, portanto, ajudava ele em troca de dinheiro.Como estávamos sendo vigiados existia a possibilidade dele saber que sua filha estava conosco, porém, isso não interferia na continuação de seus planos. Ele não sabia que ela sabia de seus planos e havia nos alertado.— Quando ele e seus homens invadirem a casa estaremos prontos aguardando-os escondidos. — comentou, o delegado.As perversidades do meu tio tinham atingido outro nível. Ele queria ver pessoalmente o assassinato do sobrinho e da esposa, no entanto, ele não conseguiria o que tanto queria. Minha esposa ficou no nosso quarto com dois seguranças não queria que ela se envolvesse que estivesse segura ainda mais n