(Ethan)O cheiro doce de Ella era algo que me acompanhava desde a primeira vez que a vi. Era um aroma que parecia impossível de ignorar, algo que se infiltrava nos meus sentidos e me fazia perder o controle. Quando entrei no chalé e senti o ar preenchido por aquele perfume, misturado ao leve odor de queimado, meu lobo despertou imediatamente.Eu queria ir com calma. Queria que ela se sentisse à vontade comigo, que confiasse antes de qualquer coisa. Mas quando percebi que ela havia se queimado e precisei lamber sua pele ferida, senti algo ainda mais intenso. O cheiro de sua excitação, mais puro e doce do que eu poderia imaginar, me atingiu como um soco no peito. Era intoxicante.Ela não fazia ideia do efeito que tinha sobre mim, e isso era o mais enlouquecedor. Meu controle estava por um fio. Mesmo assim, eu precisava manter a calma.— Nossa saliva pode curar pequenos ferimentos — expliquei enquanto tratava sua queimadura. — Só fique parada.Eu esperava que ela protestasse ou se afasta
(Ethan)Ella estava ao meu lado na cama, com o corpo aconchegado contra o meu. Eu a observei enquanto ela respirava calmamente, seu cheiro doce ainda presente no ar, um lembrete constante do quanto eu a desejava. Quando ela disse que queria ficar comigo, meu coração quase explodiu.— Ella, isso não é tão simples — eu disse, com a voz baixa, tentando não assustá-la.— Por quê? — ela perguntou, erguendo os olhos para mim, confusa.— Porque, além de mim, tem o meu lobo. Ele também a deseja... tanto quanto eu.Ela ficou em silêncio, pensando nas minhas palavras. Eu sabia que era difícil para ela entender completamente o que significava ser minha companheira. Não era apenas sobre amor ou atração, mas sobre a ligação primal que vinha com a nossa conexão.— E ele també
(Ella)A noite estava fria, mas as chamas das grandes fogueiras aqueciam o ambiente. Eu estava sentada ao lado de Ethan, em uma espécie de trono improvisado. A posição dele, imponente e cheia de autoridade, era um lembrete constante de quem ele era: o alfa. A clareira estava cheia de lobos, tanto homens quanto mulheres. Eu os observava com curiosidade, fascinada. Alguns estavam em suas formas humanas, outros já haviam se transformado, correndo pela floresta ao redor ou se exibindo sob a luz da lua. Era um espetáculo hipnotizante. Eu não conseguia tirar os olhos das transformações. O som dos ossos se rearranjando, o crescimento da pelagem, a forma como eles se tornavam essas criaturas majestosas. Era assustador, mas ao mesmo tempo belo. — Você parece encantada — Ethan comentou ainda bebendo sua bebida, sua voz grave quebrando o silêncio ent
(Ethan)Ella estava sentada no meu colo, e eu podia sentir o calor do corpo dela contra o meu. O cheiro doce e inebriante da excitação que vinha de sua calcinha, me cercava, misturando-se ao ar da noite e à energia da lua cheia que brilhava acima de nós. Era quase impossível resistir. Meu lobo estava inquieto, pressionando contra as barreiras do meu controle, exigindo que eu a reivindicasse ali mesmo. Minha mão pousou em sua coxa, inicialmente para segurá-la no lugar, mas, sem perceber, comecei a apertar sua pele quente e macia. O contato me fazia sentir como se fosse perder o controle a qualquer momento. Ella inclinou-se para mim, seus lábios e língua traçando um caminho quente desde a minha mandíbula até o meu pescoço. Um rosnado escapou de mim, profundo e gutural, carregado de desejo. Senti o corpo dela reagir ao som, como se o rosnado tiv
(Ella)Ainda estava no colo de Ethan, meu corpo tremendo suavemente, incapaz de esconder os efeitos do que acabou de acontecer. Eu mal conseguia acreditar na intensidade do que tinha sentido, como se cada parte de mim tivesse se entregado completamente a ele. Abri os olhos devagar, voltando à realidade da clareira. O som ao nosso redor era de puro prazer, um misto de uivos, gemidos e sussurros que fazia meu coração acelerar. Nunca tinha estado em um lugar assim, onde todos pareciam tão livres, sem vergonha alguma de suas naturezas ou desejos. Eu me encolhi no colo de Ethan, sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha. Era estranho pensar em como eu poderia me sentir tão exposta, mas ao mesmo tempo tão segura. Ethan, como sempre, estava calmo, sereno, e isso me ajudava a respirar. Quando ele tirou seus dedos de dentro de mim, um arrepio percorreu meu corpo. Observei, quase
(Ethan)Estava em minha forma lupina, sentindo o poder bruto que pulsava em minhas veias. Minha visão era mais nítida, meus instintos mais afiados, e meu olfato captava cada detalhe ao redor. Porém, o que mais me envolvia era o cheiro e o gosto doce de Ella, algo que fazia meu lobo rugir de desejo. Eu a queria, toda para mim, e já não havia como negar isso. Ella estava diante de mim, tão pequena e frágil, mas ao mesmo tempo tão poderosa em sua capacidade de me desestabilizar. Eu sabia que era perigoso permanecer perto dela nessa forma, mas também sabia que ela merecia ver e sentir quem eu era por completo. Ela não estava com medo. Pelo contrário, seus olhos brilhavam com fascínio e algo mais... desejo. O mesmo desejo que ela sentia em minha forma humana agora queimava ainda mais forte enquanto eu estava em meu estado primal. Não havia nada qu
(Ella)O bruxo me tirou dali quase que à força. Eu não queria sair. Ethan estava lá, enfrentando aquele urso enorme e agressivo sozinho, e o medo por ele era esmagador. Eu sentia meu coração acelerar e a ansiedade crescer a cada passo que nos afastávamos. — Ele vai ficar bem, Ella — o bruxo disse pela terceira vez, como se pudesse ler meus pensamentos. Sua voz era firme, mas calma. — Ethan é um alfa, e um alfa sabe como sobreviver. A presença da alcateia faz com que ele fique ainda mais forte. Eu queria acreditar nele, mas era impossível não imaginar o pior. E se algo acontecesse? E se eu nunca mais o visse? Ele me levou para o centro do acampamento, onde estava o trono de Ethan, esculpido em madeira robusta e adornado com entalhes que pareciam ter significados antigos. — Sente-se — ele ordenou
A noite estava pesada, carregada de um silêncio incomum para a floresta. Ethan sentia o ar denso ao seu redor, o cheiro de folhas úmidas e terra misturando-se com algo que ele não identificava, mas que lhe causava um incômodo profundo. Ele avançava devagar, seus sentidos alertas, cada passo ressoando no vazio do bosque como uma ameaça latente.Por mais que tivesse tentado se afastar dos corredores e rituais do conselho, a convocação daquela noite foi estranha e urgente. E Lucian, seu irmão, nunca se mostrou tão interessado nos costumes da alcatéia antes... Até agora. Mesmo assim, Ethan não poderia ignorar o chamado. Ele era o filho do alfa, o próximo líder, e sua ausência seria notada.Ao atravessar a clareira, ele encontrou o círculo reunido em silêncio absoluto. Lucian estava à frente, a expressão sombria e os olhos fixos em algo que os demais tentavam evitar olhar diretamente: o corpo de um dos anciões, caído e imóvel no centro do círculo, como uma sentença pronunciada antes mesmo