- Credo, isso deve estar podre, já!
- Tá nada, fiz agora de manhã.
Fiz cara de nojo, aquilo parecia ter azedado.
- Se vomitar, irá ficar aqui sozinha, só isso que tenho para te dizer.
- Obrigada, amiga!
- Nossa amizade resiste a quase tudo, amiga. Vômito não é uma delas, pode ter certeza.
- Por que você está com ele?
- Eu gosto dele. E não tenho compromisso nenhum até que todos saibam.
- Está errado assim mesmo! Você sabe! Isso já deveria bastar.
- Olha só, isso não interfere na nossa amizade, então... Deixa assim como está, amiga! Não se envolva nas minhas encrencas.
- Você que sabe! Já é irresponsável o suficiente para não saber o que está fazendo!
- O que?
- Nada, deixa quieto!
Ficamos aguardando o retorno
- Veja bem se os momentos priorizados valerão ao pena no futuro.- Sempre vale a pena de alguma forma!Sentei na minha cadeira, estava pegando meu fone para ouvir música quando o sinal tocou. Fiquei aguardando os demais alunos entrarem e começarem as trocas de informações do que realizaram nas férias. E eu... Eu não tinha nada para contar, a não ser que havia ido ao parque de diversões.- Cadê a professora?- Será que ela não veio?- Tomara, vou lá ver já venho. - Clayton saiu da sala voltando logo em seguida. – Kei, seu príncipe encantado está chegando.Certo, acho que pela primeira vez eu agi igual a horrível interpretação feita da minha pessoa no início do ano letivo. Saí da sala e o abracei, ali no meio do corredor, igual cena de cinema, me pendurei no seu pescoço, ele me abra&cced
- Venha!Meu pai se aproximou de nós.- Entre, eu quero conversar com ele a sós!Respirei fundo, não tenho coragem de retrucar meu pai quando ele fala sério comigo. Entrei e avistei todos sentados em volta da maior mesa que temos dentro do galpão, me aproximei deles.- Senta aqui, Kei. – Alicea arredou para o lado.Dei um meio sorriso e sentei-me ao seu lado. Minha mãe, então começou a falar.- Estava pensando em começarmos os ensaios mais cedo nos finais de semana, logo será a final regional, vocês têm que estar preparados para a pressão que irão passar. Já consegui patrocínio para a comida e pessoas para me ajudarem a fazer café, almoço e janta. Não podem ficar sem comerem, precisam estar bem alimentados e descansados.- Eu concordo, acho que quanto mais tempo passarmos juntos, mais teremos a
A hora até que passou muito rápido para quem estava ansiosa que chegasse o horário da saída. Juntei minhas coisas socando tudo dentro da mochila, coloquei no ombro e saí andando, logo em seguida Grenda e Adyne me alcançaram. Fomos conversando até o portão, onde Rafa já estava parado me esperando, ele até começou a conversar com alguns alunos do turno da manhã que fazem parte das lideranças, um grande avanço na minha visão, pode até não ser muito simpático, mas já sabe se comunicar com os outros, bom para mim. Chegamos no seu apartamento, onde sua mãe já nos aguardava para almoçar, entramos e fomos lavar as mãos.- Que bom que você entendeu o que aconteceu. O Rafael ficou desesperado, achamos que você não iria compreender, pois ele sumiu sem avisar, e com toda razão seria entendida por n&oacut
- Mas incomodou. Agora com licença, preciso entrar.- Você virá no baile?- É bem óbvio, eu faço parte daqui!- Desculpe, comecei errado. Quero me redimir. Almoça comigo?- Não!Entrei e deixei-o sozinho na frente. Ele entrou em seu carrão que para a época era de última geração, ou quase isso! Saiu cantando pneu.- Você não consegue ser gentil mesmo! Ele é um gato. – Disse Alicea.- Adota para você, ele parece ser vira-lata!- É, e abandonado ele não está, pode ter certeza que tem uma gata no cio por aí atrás dele, com toda certeza. – Brincou Barby.Fiquei pensando no abandono propriamente dito, ele até pode ter várias meninas, porém, eu acredito que isso não o torna feliz, ele nunca saberá se estão com ele por gostarem
Quando foi mesmo que eu me perdi? Ah! Quando eu disse que aceitava ver aquele sorriso! Eu definitivamente não consigo conviver com pressão e crises de ciúmes. Não dá, para mim já é muito ter que aceitar minha mãe tentando controlar minha respiração e meus pensamentos. Ter um relacionamento onde eu não consigo me expressar, não dá!Fui para casa furiosa, coisa que eu realmente não gosto. Me torno um animal selvagem quando isso acontece, sem exageros, eu ficou com uma fúria incontrolável. Cheguei ao clube, que para variar hoje teria ensaio, eu já estava atrasada, inclusive, coisa que não é do meu costume. Entrei direto para o banheiro. Drika saiu correndo atrás de mim.- Amiga, o que aconteceu com você?Respirei fundo para não chorar de raiva.- Posso me manter no direito de ficar calada, Dri?
Ainda nem clareou, o ensaio terminou poucas horas antes de nos reunirmos para seguirmos em viagem, rumo ao local marcado para ser o grande dia, “Farroupilha”, uma linda cidade que fica na serra! Todos muito empolgados, nem sentiam o peso do sono e do cansaço! Carregávamos conosco além de muita alegria de termos passado para a grande final, uma enorme torcida que nos acompanhava em um segundo ônibus, munidos de uma gigantesca parafernália de instrumentos de todos os tipos, além de garrafas com pedras, feijões e um latão de azeite que em conjunto com dois pedaços de pau, faziam parte de um tambor enorme. Era a primeira vez que nosso grupo chegava tão longe. Um marco na nossa história.Chegamos ao festival parecendo ter umas cem pessoas em cada ônibus. Fomos ao local já destinado ao nosso acampamento, onde já tinha algumas pessoas que foram no dia anterior para montar as b
Rafael ficou observando a dinâmica da conversa e o desenrolar do assunto, onde já havia sido até decidido como nós dois nos conhecemos e então começamos a ficar. O Pablo achou a solução em menos de cinco minutos. Enquanto ele respondia as perguntas que a Alicea ia fazendo, Drika e eu arrumávamos as coisas dentro das mochilas. Pronto depois de passar pela inspeção minuciosa da irmã do Pablo, estávamos prontos para qualquer questionamento, até do FBI! Chegamos ao nosso acampamento. Pablo se encarregou de apresentar o amigo para todos que estavam ali. Neste momento acabei me afastando um pouco deles, deixando que os dois se entrosassem com os demais, o que me surpreendeu foi a facilidade de comunicação dele com os outros.- Amiga, ele não parece ser bem como você falou. Embora seja bem sério, ele até se comunica muito bem.- Verdade! &n
- Não iremos beber!- Você não irá, ele pode beber!- Não! Ele não pode beber, e não irá! – Encarei Gilson muito séria.- Está bem! Quer um café?- Eu faço algo para nós, não se preocupe. Obrigada.Arrumei um café com leite para tomarmos, sentei novamente com ele.- Obrigado. Achei que você iria beber.- Claro que não! Sou doida, mas não tanto.- Minha doidinha! – Ele passou o braço por cima do meu ombro.- Terminem de tomar o café e vão dormir. Precisam estar descansados amanhã de manhã. – Chegou tia Tania acabando com a nossa bagunça.- Eu imaginei muito diferente sua rotina. Pensei que fosse mais livre, sei lá!- Eu falei que minha vida é puxada, não tenho quase tempo! – Peguei a caneca da sua m&a