Parte 4...Suas mãos tremeram ao imaginar isso acontecendo com Cora, enquanto ele ficava aqui, continuando a vida como se ela não tivesse passado por ele e deixado um pouco de si.Meses o homem disse. Há quanto tempo ela teria sido levada e por quem? E para que sequestrar uma pessoa que não tinha nada?Quando ela saiu do apartamento após ele ter mandado, saiu sem levar nada, nem mesmo uma bolsa. Por isso esperou que voltasse depois de um tempo, ao menos para pegar o que deixou, mas isso nunca aconteceu.O investigador do caso disse que ela estava em choque. Arrombaram a porta do quarto e ela estava deitada em uma cama estreita, com o pulso amarrado em uma corrente, ligada a uma argola de ferro na parede.Fechou os olhos. O ódio que sentiu ao ouvir isso foi grande. Ficou tão transtornado que até perdeu a educação e xingou os homens, como se eles tivessem culpa, mas era apenas frustração.Não tinham prendido ninguém ainda. Os homens que estavam dentro da casa fugiram quando foi invadida
Parte 5...Ele sentiu que estava magoada. Era de se esperar.— Não é desse jeito, Cora.Ela o olhou e deu uma risadinha.— Nossa, imagine se fosse - riu de novo — Este quarto não é o seu, o que é esquisito já que somos noivos... Não tem nenhuma foto de nós dois pela casa toda... Você é frio e distante o tempo todo... - inclinou a cabeça erguendo a sobrancelha de novo — Bem estranho... Me deu o maior susto quando me viu mexendo no computador - abriu as mãos — Por acaso eu fiquei grávida como? Fazendo um procedimento médico?— Cora...— Só pode ser - deu de ombros — Porque você e eu temos vidas separadas, disso eu sei - ergueu a mão — Tem algo bem esquisito e você não quer me falar.Ela estava se exasperando e ele não queria isso. Pegou sua mão.— Não tem outro jeito, Fellipe. Eu posso até estar estragada na mente - gesticulou cutucando a testa — Mas eu me lembro que precisa ter contato entre homem e mulher para ficar grávida, só que comigo parece que foi diferente - puxou a mão com for
Parte 6...E havia uma briga interna entre sua mente e seu corpo. Quando ela gemeu baixinho contra sua boca, ele sentiu algo bom que aqueceu seu coração. Suas mãos em seu cabelo lhe davam um prazer suave, carinhoso. Cora conseguia chegar a ele muito rápido.— Está vendo? - disse meio arrogante — Seu corpo recorda do meu, agápi mou.Ela abriu os olhos. O rosto dele estava diferente, parecia contente. Ficou sem saber o que fazer e soltou uma bobagem.— Não tenho roupa de grávida, porque não? - ele franziu os olhos — Você não gostava ou eu não comprei mesmo? Ou eu não morava aqui? Você me acha feia barriguda?— Você sempre ficou bonita com tudo, não importa o tipo de roupa - riu porque ela não parava de falar — E eu não entendo nada de roupas femininas, a não ser que são muito bonitas. Você decidiu trocar tudo, comprar coisas novas - mentiu.— E então eu tive o acidente?Ele fez que sim. Não iria lhe dizer que nem sabia da gravidez.— Ok... - suspirou — Desculpe ter lhe dado tanto trab
Parte 1...Fellipe entrou em contato com a equipe médica que a atendeu e fez perguntas sobre seu estado, com relação a uma viagem tão longa. Mesmo em seu jato particular, até seu destino final seriam mais de dez horas de voo e ainda teriam depois que pegar uma lancha.O médico pediu que a levasse de volta para fazer outros exames e comprovar sua boa saúde.Ela questonou o porquê de tantos seguranças com eles e Fellipe explicou que sempre tinha sido assim. O que não era verdade. Geralmente ela saía apenas com Taurus ou no máximo mais dois seguranças.Durante o exame ela ficou com vergonha de tantas perguntas que ele fazia ao médico, inclusive sobre sexo nesse ponto da gestação. Chegou a ficar sem jeito e vermelha pela pergunta.Fellipe fingiu não sentir o beliscão que ela lhe deu por baixo da mesa e continuou a perguntar.Depois de alguns exames, o médico disse que também seria bom fazer uma última ultrassonografia para ver como estava o desenvolvimento do bebê. E poderiam aproveitar p
Parte 2...Quando ela entrou no jato teve outra visão do que poderia ser seu passado. Ela parou e olhou para dentro. Fellipe segurou seu ombro.— Tudo bem, agápi mou?Ela se viu ali, rindo e sendo abraçada por trás por Fellipe. Eles foram se beijando até uma das poltronas grandes e fofas e ele sentou, a colocando no colo e voltaram a se beijar.Só pararam quando a comissária de bordo veio avisar que iriam decolar, então ela sentou na poltrona em frente. Tocou a testa e ele notou.— Uma lembrança?— Sim - foi andando e sentou em uma poltrona.— Está vendo? O médico está certo. Vai recordar aos poucos.A comissária passou e falou com ela, muito educada. Cora perguntou se já a conhecia de antes, mas essa era outra. Depois ela viu os guarda-costas entrarem e irem para as poltronas do fundo. Se inclinou para ele.— Fellipe, por que tanta gente sempre atrás de você?— Eles cuidam de nossa segurança. Eu sou muito rico e muito conhecido - explicou — Tem muita gente louca por aí que pode quer
Parte 3...Quando a lancha se aproximou da ilha ela ficou de pé para ver melhor. Era maior do que havia pensado que seria, mas diferente do que ele havia descrito.— Você não disse que eu poderia sair para fazer compras na ilha? Não vejo lojas.— A ilha é particular - segurou sua mão enquanto a lancha se aproximava, para que não caísse — Mas poderá sair quando quiser para o continente e fazer todas as compras que desejar.— Então eu sempre vou ter que sair de lancha?— Não. Pode usar o helicóptero também.Ela ergueu a sobrancelha. Começava a ter noção do quão rico ele ela mesmo.Fellipe a ajudou a descer quando a lancha ancorou na passarela de madeira e a levou pela mão. Dois empregados apareceram correndo para pegar as malas e ele falou com eles de uma forma muito educada.Gostou de ver como ele tinha consideração pelo trabalho ds outros. Até com os guarda-costas ele falava com educação e em um tom normal, não se impondo além do necessário.Apesar das últimas horas terem sido muito b
Parte 4...Cora olhou para ele se segurando para não reclamar ali mesmo. Estava claro que a mulher não estava fazendo nenhum esforço para se cobrir, ainda que estivesse com uma toalha no ombro. Estava fingindo. Tinha certeza disso e não gostou nada de vê-la ali na casa.Ele não tinha dito que estariam os dois apenas?— Está tudo pronto no meu escritório como mandei?— Sim, é claro - abriu um sorriso cínico — Eu sei como você gosta das coisas - olhou para Cora sorrindo, falsamente — Você está bem? Tem a aparência cansada.Cora engoliu a vontade de mandar a mulher à merda. Deu um sorriso tão cínico quanto a inocência dela e soltou a mão dele, fingindo estar interessada na tela ao lado.— Como me enganei achando que viria amanhã, eu pedi o helicóptero para depois do almoço. Tem problema se eu dormir aqui?— Tem uma lancha lá fora, no píer. Pode ir embora nela - Cora disse sorrindo falsa.Fellipe franziu a testa. Achou estranho e engraçado.— Ah, é que eu tenho um pouco de enjoo no mar -
Parte 5...— Isso não é profissional. Ela fica muito à vontade em sua casa e eu não gosto disso. Não deveria permitir.— Não seja boba, está bem? - correu os dedos em seu cabelo.— Eu era mais bonita antes? - disse com voz melosa.— Não - beijou sua cabeça — Você continua linda como sempre.Só um pouco cheinha - riu e alisou sua barriga.— Você... Você sente atração por mim assim... Gorda?— Não é gorda, querida - alisou seu rosto — Só está cheia com uma criança e fui eu quem a colocou aí dentro - ela riu — E se você fosse gorda, seria a gorda mais linda do mundo. E era verdade. Isso lhe veio de repente. O que o atraiu no começo foi seu corpo lindo e seu rosto de boneca, mas depois entendeu que ela era muito mais do que isso. E foi o que o encantou. E cegou também.— Mas... Sente atração?— É claro que eu sinto, Cora - lhe beijou os olhos — Eu só não quero forçar você a fazer algo que a incomode. Mas se ficar me tentando, sou capaz de deitar você nessa cama agora mesmo e lhe mostrar