Nicolas entrelaçava seus dedos aos de Theodore mantendo-as debaixo de seu moletom. Seu sorriso débil alargara quando o seu time perdera um ponto sem que o bloqueio parecesse atento ao ataque. — Ei seus moleques, foca no maldito jogo! — Gritava o técnico irritado. Os dois alfas estavam completamente desestabilizados por prestarem atenção no que Nicolas fazia com a mão de Theodore. Não seria necessário fingir estar sendo masturbado, apenas a mão de seu amigo em um lugar não visível seria o suficiente para provocar. Milles encarava o capitão respirando fortemente mesmo estando na rede. O alfa não liderou o time como deveria fazer, deixando seus colegas completamente perdidos e por conta na quadra. Nicolas arqueava a sobrancelha saboreando cada vez mais o prazer de ver Milles furioso. Mesmo que não soubesse o motivo de sua fúria. — Nico o que está fazendo? O capitão não parecera escutar seu melhor amigo, já que não
— Mantenham o maldito foco! A bola fora sacada para o outro lado e outro rally começara. Os rapazes na rede erguiam os braços criando o bloqueio tentando ler os movimentos do adversário. Milles esticara o braço para o lado impedindo que a sua abertura fosse usada pelo atacante. O bloqueio fora bem-sucedido e assim o segundo ponto fora garantido. O segundo set trouxera sorte para o time de Nicolas, que conseguira garantir um placar avantajado sem dar brechas ao adversário. E assim como haviam imaginado no primeiro set, eles começaram a jogar com mais garra por Nicolas estar em quadra. Nicolas suava com seus cabelos grudados no rosto, completamente focado nas jogadas. Quando finalmente o rodízio o colocara na rede, usara e abusara de seu ataque rápido tendo de trabalhar com Gabriel. O ponto positivo era que o alfa moreno deixara sua briga para fora da quadra, cooperando com seu capitão pacientemente. Usando tanta energia em quadra para p
Enquanto o time usava os vestiários para se banharem e se prepararem para retornar ao ônibus, Nicolas fora o único que permanecera no lado de fora esperando. Os adesivos já não faziam mais efeito.— É melhor voltar comigo, se não poderá dar problemas no ônibus.— Tem razão. Pode avisar ao técnico por mim?— Que desculpa devo dar?— A de sempre, que o cansaço me deixou mau humorado e quero dormir.Theodore rira do amigo lhe dando um afago nos ombros.— Vou ligar pra minha mãe e te encontro lá na frente.Assentindo para o seu melhor amigo, Nicolas acenara para ele. Pouco tempo depois da saída do ômega, Gabriel saíra do vestiário com seu moletom escuro e a bolsa esportiva.Os dois se entreolhavam sem dizer uma palavra, gerando uma tensão entre eles. O dia tinha sido corrido
Que domingo intenso!Quando acordara naquele dia, Gabriel esperava ficar nervoso por conta das partidas oficiais que disputaria pela primeira vez. No entanto, o universo parece ter conspirado para que o jogo fosse o menor de seus problemas.Admitia que estava gostando de Theodore, principalmente depois do encontro secreto após a primeira partida.Odiava ter Nicolas sempre tocando o ômega loiro, criando uma defesa para repudiar sua aproximação. Justamente ele que se encontrava necessitado de sentir aquela sensação mais uma vez.A forma como abordara o loiro fora completamente desesperadora, porém eficaz. Enfim tivera a resposta de Theodore sobre o que achava dele, se o desejava. Seu coração quase pulara fora do peito tamanha a sua felicidade.E o cheiro de Theodore? Pelos céus, que viciante!Depois de sair do vestiário, Gabriel tinh
Na segunda-feira a escola estava em polvorosa pela vitória do time de vôlei em suas primeiras partidas. No instante em que Milles pisara no pátio e se sentara na fonte, fora cercado pelos demais estudantes que o parabenizavam fazendo convites para festas. E é claro, não faltaram as garotas passarem cantadas descaradas elogiando o bom desempenho do atleta.Seria um alvoroço corriqueiro para o alfa, da qual responderia com suas brincadeiras e piadas. No entanto, ele não conseguia se sentir confortável em estar tão envolvido com cheiros diferentes. Era enjoativo.Para não levantar suspeitas, vestira a máscara do atleta em ascensão dando atenção para os seus colegas.— Votarei em ti para ganhar o concurso, Milles!— Opa! Eu agradeço, seria de grande ajuda pra galera da minha sala tentar não me matar.<
— Até o soro terminar e a febre baixar ele deve ficar aqui em observação. Pedirei para ligarem à mãe dele, então por favor avisem ao professor que o aluno irá se ausentar.— Mas você sabe o que ele tem? — Questionava um Milles preocupado, intercedendo o caminho da enfermeira escolar.A mulher beta olhara sobre os ombros em direção de Theodore, que negara com a cabeça. Milles engolia em seco ao perceber aquela troca de olhares, cerrando os dedos em punhos pra controlar a súbita raiva em ser deixado para trás em algo.— Não precisa se preocupar, conversarei apropriadamente com a mãe do estudante. Então, com licença.A enfermeira deixara os estudantes sozinhos na enfermaria, em uma atmosfera tensa e silenciosa. Theodore olhara para o amigo soltando um suspiro cansado, recebendo um afago em seu o
Um ômega.Nicolas era um ômega.— Não pode ser... Você não cheira a um.— Que comece a parte chata da conversa.— Está brincando com a minha cara, seu baixinho imprestável?— Adoraria, é o meu passatempo preferido inclusive. Mas estou deplorável na sua frente, e eu não chegaria a esse ponto só pra te sacanear.Certo, Nicolas tinha um ponto. Eles brigavam sim, sempre discutiam um com o outro. Não suportavam a presença do outro. Mas jamais Nicolas teria permitido Milles vê-lo vulnerável.Jamais.Era sempre forte.Sempre em alerta.— Então... Tu é um ômega? — Milles respirara fundo sentindo suas pernas tremerem subitamente. Precisou se encostar na parede para se apoiar e não cair pateticamente &md
Quando Theodore sonhara em se apaixonar, a intenção era viver um romance digno de filme da Disney. Estava preparado para os altos e baixos, ansiando por resolvê-los junto ao seu paquera só para fortalecer o seu amor. Um romance que lhe fizesse sentir vivo.Agora que vivenciava algo, sentia que a realidade era completamente diferente de um filme da Disney.Sentado no canto do ginásio com o fone conectado em seu ipod, ouvia as músicas do seu musical preferido sem desgrudar os olhos claros de um certo alfa alto de cabelos escuros. Adorava ver Gabriel focado daquela maneira, como se o mundo só fosse ele e a bola.Gabriel sempre olhava em sua direção abrindo um sorriso gentil, como quem não quisesse perder o ômega de vista. Em um momento