Ele realmente tinha feito aquilo?
Na escola?
Não fora um sonho, certo?
Era rotineiro ter alguns sonhos intensos com Gabriel, principalmente em certos períodos. Tocando os próprios lábios, sentia com nitidez os beijos intenso trocados outrora. Descendo por seu peito, recordava-se dos estímulos que recebera o excitando tanto. E quando seus olhos desceram para o baixo ventre... Era como se a mão de Gabriel ainda estivesse ali presente.
Só de lembrar, o seu corpo começava a aquecer.
Seus braços tremiam só de se recordar.
Nunca imaginaria que Gabriel fizesse algo daquele nível. Ele sempre parecera comportado demais, ou ao menos não demonstrava os seus gostos como os demais garotos da idade. Fora uma surpresa excitante descobrir aquele lado e daquela forma.
Justamente logo após ter se declarado para ele.
Theodore cobria o rosto com as duas m&at
Quando se questionara se Gabriel agiria estranho, Theodore deveria ter se questionado também. Daria um crédito a si mesmo, pois, não imaginara que ao pisar no pátio da escola o seu estômago se reviraria só de ansiar ver o alfa.Estava muito ansioso.Por isso, queria fugir.Era simplesmente desagradável se sentir daquela maneira. Nem conseguira ficar sentado debaixo da tabebuia como de costume, indo direto para o corredor aguardar na porta da sala onde poderia encarar o chão esperando o tempo passar. Se ficasse no pátio poderia encontrar Gabriel, e não fazia ideia de que cara fazer.Com certeza ficaria corado. Faria alguma careta estranha? Não queria. Desejava passar tranquilidade, fazer uso da mesma cara de pau que fizera na noite anterior ao se encontrar com o seu melhor amigo. Fingir que nada aconteceu.Isso seria maldade demais, não seria?Não poderi
Ser mordido por uma pessoa era a coisa mais estranha do mundo.Desde a sua infância Milles fora ensinado e aconselhado a ser cuidadoso com a mordida, pois, deveria fazer quando amasse muito a pessoa. Admitia, pelo menos, que focaria nisso só quando fosse adulto e responsável. Até chegar lá, se permitiria se divertir com as garotas para ter mais experiência e não ter um casamento meramente chato.Pelo menos na cama.No entanto, jamais imaginaria que o momento em que morderia alguém acabaria daquela maneira.Com ele sendo mordido.Por um ômega gay.Alguém que ele detestava.E, para melhorar a sua auto flagelação, o sujeito que parecia ser sua alma gêmea.Era o combo perfeito para a ruína de Milles Mckenzie.Seu ombro doera a noite toda desde que fora mordido. Apenas uma compressa com água quente aliviava a dor, e ainda assi
Mais tarde, após o treino terminar e Milles sair do vestiário devidamente vestido, ele deixara o ginásio deparando-se com o aroma adocicado no ar. O mesmo aroma que decorara nos últimos dias.Seus pés buscaram o dono do tal cheiro, o fazendo atravessar o pátio indo até a janela do prédio onde estudavam. Estando aberta, Milles pudera ver Nicolas e os outros dois garotos cumprindo o castigo dado pela coordenadora.Milles rosnava em perceber que lá estava ele o observando de longe. De novo. Por que tinha de agir como sua sombra? Por que tinha que desejar aquele maldito?Sentando-se no gramado antes que fosse visto, o alfa recostou-se na parede e fechara os olhos. Poderia dormir ali mesmo. Sentia que podia relaxar. Talvez fosse por Nicolas estar por perto o suficiente para baixar a guarda por alguns instantes.Será que sua insônia seria um sinal de que se tornara dependente do cheiro
Se havia uma coisa que nunca abandonara os pensamentos de Gabriel Jones, era de que Theodore não era apenas uma pessoa especial para ele. Sentira isso desde o instante em que o vira em frente a loja de uniformes, ajudando um completo estranho com sua gentileza natural. Desde aquele dia, o seu mundo ganhara cores. E Theodore passara a ser constante em sua vida.Jamais se envolvera com garotos, inclusive jamais encontrara um garoto ômega na escola em todos os seus dezesseis anos de vida. Mas desde o momento em que pisara naquela pequena cidade do interior, tudo havia mudado graças a uma única pessoa.Era um mundo novo a ser explorado. Com caminhos que o levavam para uma densa neblina o impedindo de enxergar o seu futuro. A única coisa que poderia sentir era de que algum momento desse caminho, encontraria Theodore o esperando com a mão estendida em sua direção. Só que chegar até ele era simplesmente assu
Reunindo-se com o seu grupo de amigos na fonte, Gabriel ficara sentado em um espaço que lhe dava a visão exata de certa tabebuia onde um ômega costumava se sentar. Para o seu deleite, ele estava lá lendo livro e ouvindo música, completamente imerso em seu mundo imaginário. Tudo bem, vez ou outra Theodore erguia os olhos para cumprimentar alguns alunos, mostrando a eles o seu sorriso. Ainda assim era uma bela visão.Recebendo um cutucão de Milles que lhe dirigia um sorriso malicioso, o alfa rira baixo voltando a prestar atenção na conversa entre os demais. No entanto, ela fora interrompida quando Thunder e Boyle assistiam a chegada de Nicolas, indo ao lado de Theodore e se deitando ao seu colo.Nada novo sob o sol. Tirando o fato de dois alfas espreitarem os olhos para aquela cena.— Deixa eu contar pra vocês. — Murmurava Thunder, fazendo com os demais se aproximassem
Mesmo sendo outono, o sol brilhava intensamente aumentando a temperatura na cidade vizinha. O ginásio imenso onde as eliminatórias eram feitas já se encontrava cheio de ônibus e vans com os jogadores de diversos times escolares. A grande quantidade de pessoas ali reunidas era animador para os mais jovens, principalmente para os sedentos a vencer.Sendo o último a descer do ônibus, Milles se espreguiçava antes de reunir-se com os amigos do time que já estavam eufóricos com a partida. Contudo, seus olhos varriam as ruas na procura de uma pessoa específica, encontrando-a usando um boné escuro enquanto conversava com Theodore e uma outra garota baixinha.Seus olhos castanhos espreitaram por um momento. Desde aquela noite em que Nicolas havia dito assumir a responsabilidade, nenhum dos dois conversaram. Na verdade, mal tiveram um tempo a sós. De maneira alguma estaria com saudades ou algo do t
De braços cruzados e um olhar entediado sobre os jogos que aconteciam em quadra, Nicolas não conseguia se concentrar totalmente nos seus possíveis adversários.Algo o incomodava.E isso o irritava.Batucando os dedos em seu braço esquerdo, o ômega rosnava com a leve pontada na cabeça que surgia repentinamente. Ignorava tal incômodo, ou melhor tentava, no entanto a imagem de um certo alfa loiro sempre surgia em sua mente.Estaria ficando maluco?Tocando os próprios lábios, Nicolas suspirava pesado pela milésima vez. Aquela brincadeira estava indo longe demais. Seus pensamentos foram invadidos por desejos cada vez mais incontroláveis. E no final, tivera de admitir. Estava desejando beijar Milles mais e mais, porque.. Que os céus tivessem bondade por si... Porque ele gostava.Não conseguira tirar da mente aquela raiva estampada nos olhos castanhos do
O time estava reunido perto da quadra. A torcida organizada fazia o seu grito para motivar os jogadores, que fitavam alegres e surpresos por verem uma turma inteira ali torcendo para eles. Repassando as jogadas, o técnico dava suas últimas orientações ao time se dando conta de que seu capitão estava ausente.Procurando-o em todos os cantos, não o vira.— Cadê o Howard?— Tô aqui.Os rapazes olharam para trás onde o baixinho pisava na quadra com a mão enfaixada. Estariam curiosos, e até queriam saber o que poderia ter acontecido, mas algo em Nicolas deixava claro que qualquer aproximação levaria numa morte certeira. Talvez fossem seus olhos escuros e sombrios, ou a aura que o cercava.— Certo... Está bem pra jogar? — Nicolas respondera com um aceno de cabeça silencioso. — Tudo bem. Quero que você fique colado no