Acordei sentindo um baita dor de cabeça, náuseas...como se meu cérebro tivesse se espalhando como um quebra-cabeça e agora cada peça estivesse se encaixando uma por uma.
- Bom dia- esfrego os olhos para ver Killua para de frente a cama, seu cabelo está úmido, veste uma camisa branca, uma jaqueta marrom e calças jeans.
- Só se for para você!- sinto peso em meu corpo, meus olhos...sinto como se eles estivessem vermelhos.
- Ninguém mandou você se drogar.
- Vai me dar lição de moral?
- Não.
- Ótimo.
Tirei o lençol que me cobria e tirei meus pés para fora, quando me pois em pé por um estante senti como se o chão tivesse se desintegrado. Meu corpo cambaleou sendo segurado por Killua.
- Você lembra do que me disse ontem?
Fiz uma careta, minha cabeça está doendo, meu neurônios fervendo. Por alguns estantes quando acordei eu não conseguia p
Minha intenção era ficar na cama por séculos, não derramar mais nenhuma lágrima. Simplesmente continuar abraçada a almofada. Não sei por quanto tempo fiquei naquela posição, só sei que meu celular começou a tocar. Não queria atender, não tinha ânimo algum de atender, meu desejo era de dormir por mais algumas horas e quem sabe quando eu acordasse metade da população já estivesse morta, seria mas fácil lidar com a outra metade. A chamada encerrou e voltou a tocar, se fosse um assunto importante eu iria me arrepender por não ter atendido e se fosse outra coisa qualquer iria me arrepender de ter atendido.De qualquer modo o arrependimento está selado a mim.- Alô.
Killua MarshallEstá mas que na cara que ela está me evitando. Não a culpo por isso, no lugar dela talvez fizesse o mesmo. Sendo hoje domingo e eu tenho uma bela tradição de não sair de casa aos fins de semana, a não ser que eu tenha algum compromisso ou vai visitar, meus pais.Seja com quem ela esteja nesse momento ela deve estar se divertindo já fazem quatro horas que ela saiu, me pergunto com quem ela está? Rui? Erick? Ester? Calisto? Essas são as únicas pessoas próximas dela que conheço. Dúvido que esteja com Calisto isso por vários motivos justificáveis. Enfim tanto faz.
ÁRIA MarshallEu cresci numa família onde a paciência muitas vezes não funciona, meias verdades fazem meias maratonas mais o silêncio acaba por subir a tona. Quando o assunto é defender interesses as pessoas não se importam em suas seus próximos para usar como degrau. Mas isso é o de menos, pois onde houver humanos haverá corrupção. A pesar dos defeitos da minha mãe, meus pais sempre me ensinaram a ter princípios e ser uma mulher de valor, e com isso aprendi a não guardar odeio e rancor, aprendi a não questionar as decisões tomadas em minha família. Mas ultimamente está sendo difícil manter essa postura. O barulho dos tiros ecoa pelo meu cérebro me fazendo contradizer em tudo em que uma vez mati como princípios.
Killua MarshallMandei uma mensagem para Rui querendo saber quem é esse Rafael Soares, pois se existe alguém que pode me dar uma informação fidedigna acerca desse homem, essa pessoa é o Rui. Como esperei ele demorou a responder minhas mensagens e depois respondeu com uma questão o que sinceramente achei infantil.MensagemRui: Porquê quer saber?Eu: Estou com o cara no hospital neste exato momento!Rui: Como isso foi acontecer?
ÁRIAE apesar da minha alma, meu coração, minha consciência gritar para eu ficar só mas um pouquinho com o meu amigo, eu sei que o dever me chama. E se eu ficar por muito tempo próxima dele, é capaz deles aparecerem por aqui e terminarem o serviço. Sem falar da minha mãe né, suponho que ela já deve estar a par disso e se souber que estou deixando meus deveres para ficar com renegado, ela me sepultaria. E diferente do que pensei, ao voltar do trabalho não encontrei Killua em casa, na minha perspectiva ele deveria estar descansando, sendo que ficou a noite todo de sentinela. Além dele não estar na casa, eu notei uma certa agitação no bairro, nas ruas também, como se algo estivesse acontecendo do outro lado da cidade. Não sou uma pe
KILLUAEnquanto saía do hospital, recebi uma ligação dos Sherruam que pediam reforços, pois estavam sofrendo ataques. Liguei para Bugalo meu segurança pessoal, gosto de trabalhar com ele devido a sua descrição. Ele me acompanha, quando saiu e quando volto. Até mesmo quando estive no hospital zelando pelo sono da princesa. No primeiro toque ele atendeu minha chamada, e em fracções do segundos ele já estava com o carro estacionado de frente ao hospital. — Você trouxe?— me refiro a arma e o capuz que costumo usar nas missões.— No banco de trás.
ÁRIAMe sinto zonza e escuto vozes, a pancada na cabeça só pode estar fazendo efeito. Presumo que me tenham amarado na cadeira, as mãos e os pés, as vozes o ecoam como se eu estivesse num galpão subterrâneo, estou com medo, estou com medo abrir os olhos, temo por minha vida— Essa mulher é a esposa de Killua?— fala um homem de voz grave e arrepiante— Segundo a empregada sim!— fala a mesma voz que ouvi quando atiraram em Laura— Você deu um jeito nela? — fala a primeira voz — Dei... Mais Baba você acha que entregariam urânio em troca da mulher?