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CAPÍTULO 07.

Killua

Não me lembro de nenhuma conversa que iniciou com pontos de interrogação e terminou bem, literalmente. Nos afastamos para um sítio reservado onde eu me surpreendi com as palavras que saíram da sua boca, suponho que nem a própria filha acreditaria que foi ela que disse tais palavras.

- eu me esforcei o máximo para que esse casamento não fosse um simples contrato - ela falava com os dedos entrelaçados, como se estivesse fazendo um grande esforço para falar - Para que memórias boas fiquem neste, eu sei que provavelmente ela nunca vai me perdoar pelo que fiz

- dúvido muito - falei indiferente com a minha lata de cerveja em mãos e uma das mãos no bolso - ela é sua filha. Isso é algo que não pode mudar

Ela deu um riso abafado como se estivesse discordando do que eu falei

- falhei muitas vezes com ela, e agora mais uma vez falhei... Eu só queria pedir para que você tenha paciência com ela por favor, está escrito numa das cláusulas do contrato que se você não se sentir meramente satisfeito com o contrato ele pode ser desfeito. E isso...

- hummm... você sabe que é culpada por arruinar a vida de sua filha e mesmo assim não dá o braço a torcer - bebo o que restava na lata - Eu sei que se o contrato ser desfeito coisas ruins podem acontecer para os dois lados, e não é isso que queremos né?

- fico feliz que entenda o meu lado. - começou a tocar uma música muito animada no recinto, as vibrações vindo de lá demostrava que algo interessante estava acontecendo. Meu olhar correu pelo lugar em busca desse fenômeno e fiquei perplexo com o que vi. Ária estava dançando.

- oh meu Deus que vergonha - e parece que não sou o único que viu. Camille colocou as mãos na cabeça não sabendo onde enfiar a cara

- vergonha? Ela parece está se divertindo.

- se divertindo? Ela só pode estar chapada para chegar naquele ponto. - ela massageou a testa em busca de calma - tire ela dali

- temo não poder fazer isso, se só você a mãe desconfia que ela ti odeia imagino eu.

Camille respirou fundo antes de prosseguir

- com um pouco de esforço vocês podem se dar bem e quem sabe

A cortei antes que ela prosseguir-se

- não se iluda. Isso não vai acontecer eu não tenho nenhuma intensão de transformar isso em um romance, passar bem!

Me afastei de Camille e foi procurar um local para me sentar ao mesmo tempo que me desse vista para o espetáculo que estava acontecendo.

(...)

Ária

Eu confesso que não me sinto completamente sombria o álcool está fazendo efeito no meu corpo. Mesmo assim não digo que estou completamente bêbada, sei muito bem o que está acontecendo aqui. Tanto sei que fiquei irritada quando a música parou e uma garota de cabelos rosas ficou no centro com o microfone na mão.

- Peço um minuto de vossa atenção, gente. - é impossível não sentir o entusiasmo que sai de suas palavras - Para quem não me conhece eu sou Saore, a Prima do recém casado. Então é assim minha gente chegou o momento decisivo - ignorei seja o que for que ela queira dizer, peguei numa lata de cerveja indo procurar um local para me sentar. Não sou obrigado a ouvir isso. Ester, Rui e Éric se separam de mim entre a multidão e sem eles não sei com quem conversar. - Você aceita Ária?- os holofotes possaram em mim. Eu não estou entendendo nada - você aceita esse desafio?

Que desafio?

- pela sua expressão de confusa supunha que não tenha ouvido nada do que ela falou - a voz que estive evitando todo este tempo, surge a poucos do meu lado, sua gravata está afrouxada, os primeiros três botões de sua camisa branca foram abertos, só para não falar do terno. Está com as mãos nos bolsos e um semblante calmo e divertido

- O que ela falou?- pergunto mais por curiosidade do que por qualquer outra coisa

- Ela desafiou você para uma corrida de carros. Como adversário você teria Antony e Sasuke.

- e quem são esses?

- Antony é o meu primo o gêmeo da pessoa que ti fez o desafio, Sasuke um amigo e funcionário na facção. Eles são os nossos melhores corredores, se eu estivesse no seu lugar não aceitava essa aposta

- Como assim aposta?

- Ária você já se decidiu - Saore voltou a falar fazendo a atenção vir para mim, lancei um olhar para ela que se olhar matasse ela estaria a três palmos da terra

- e quem inventou essa aposta?

- é uma tradição da nossa família, testar seus novos membros.

- o que aconteceria se eu negasse?- ele deixou escapar um riso

- nada demais - me encarou de relance - você só perderia o respeito por aqui.

Eu definitivamente odeio essa família. Não há família mais insuportável que essa! Com que autoridade eles fazem isso comigo? Levo um susto quando ele sopra meu rosto

- seu rosto está vermelho, se acalma. - se não fosse pelas pessoas que nos encaram eu teria dado lhe uma boa bofetada.

- Tudo bem - digo em voz alta - eu aceito seu desafio - mostro o sorriso mais falso que já mostrei em toda minha vida. Olhei para Killua e ele parece se divertir com a minha situação

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