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CAPÍTULO 09.

Ester está linda  de vestido azul que vai até ao joelhos, desenhando seu corpo até na cintura e sendo solto até ao joelho. Eric está de camisa branca social, calças pretas e sapatos da mesma cor. Estão lindos. Mesmo que eu só tenha visto Rui durante a bebedeira sei que ele também está lindo, com seu smoking e gravata borboleta, tirando a camisa branca social tudo é preto. 

Que horas são?

Estou cansada de tanto barulho em meus ouvidos. Sentada no capô do carro com os meus dois melhores amigos conversando entre si já que eu não estou com cabeça para manter um diálogo.

- Falei com sua mãe e ela disse que daqui a nada vocês partiram para Lua de mel - Ester disse entusiamada - está ansiosa?

Olhei para ela de cara feia

- acho que não!- deu um sorriso forçado - você ainda está bolada com essa situação né?- arquei os olhos - desculpa, não faço mais nenhuma pergunta estúpida.

- A pergunta não é estúpida - olhei para frente, na direção de onde vinha a voz. Olhei para mulher de corpo esbelto que passa a maior parte do tempo com uma expressão seria no rosto - estive sempre preparando ela para momentos como esse!

- O QUE?- não consegui conter minha indignação

- abaixe o tom quando falar comigo, eu ainda sou sua mãe. - é difícil conter minha raiva quando ela faz isso - Esqueceu da etiqueta que ti dei, da história que ti contei acerca deste mundo, do nosso Clã. Por mais que você esteja com raiva e ódio de mim, entenda você não é a primeira mulher passando por isso. Casamentos por contratos é algo que geralmente acontece no nosso mundo.

Ester colocou sua mão sobre a minha, como se pedisse para eu não responder a o que minha mãe diz. É difícil, não dá para segurar, está instalado na minha garganta

- O que a senhora sugere que eu faça?- disse irônica - que eu vá para essa maravilhosa lua de mel, como realmente fosse algo planejado por mim? A gente não se conhece, não se ama e no mínimo se odeia. Como que a senhora quer que passemos tempo juntos? Como um casal feliz ainda por cima!

Ela não me respondeu, seu rosto está neutro. Não consigo ler suas expressões. Estava esperando uma resposta dela, mais não foi isso que aconteceu

- Se você não quer ir não vá - Éric respondeu, minha mãe não rebateu como era o costume. Era como estivesse esperando por isso - Você está no seu direito de não querer colaborar com isso. Mais não se esqueça de uma coisa, suas acções trazem consequências para o nosso Clã. Você conhece o nosso lema, Ich lebe für meine Mutter und ich sterbe für meine Nachbarschaft. Antes de pensar somente em você, pense em seu Clã. - Eric colocou as mãos no bolso e se afastou. Minha mãe deu me as costas e se afastou também. Eu não sei o que pensar ou dizer dessa situação. Sua chamada de volta a terra quando Ester entrelaça nossas mãos

- não tenho palavras de consolo para melhorar essa situação, a não ser dizer. Você não está sozinha.

Ela se aproximou de mim e me abraçou, não neguei o abraço simplesmente me afundei em seu ombro. Fechei os olhos por estantes que pareceram eternidades, quando abri levemente os olhos, vi silhueta de Rui se afastando de Killua. O que eles estavam a fazer?

Quando chegou a hora da partida dos noivas para a lua de mel, nos entramos no jatinho em direção a Londres. Não trocamos nenhuma palavra, eu especialmente estou exausta. Poucos minutos depois de ter entrado no jatinho eu peguei no sono. Um sono acompanhado de grandes preocupações e estresse, trás consigo grandes pesadelos.

(...)

Quando acordei não estava mais no acento do jatinho. Estava num belo quarto pintado de cores neutras e com algumas cômodas espalhadas pelo mesmo. Eu ainda estava com o vestido de noiva mais não estava com os saltos, estava numa cama gigante e tenho a sensação que não dormi sozinha, pois o outro lado da cama está amarrotado. Quando foi ao banheiro reparei o quão horrível meu rosto estava devido a maquiagem. Tomei um banho demorado na banheira. Por estantes esqueci de tudo que me rodeia ou do motivo que me trouxe aqui. Após sair do banho me senti rejuvenescida. Coloquei um tope preto e calções de seguida sai do quarto. 

Mal sai do quarto me deparei com ele na cozinha, guardando sua xícara de Chá no lavador.

Lembrei das palavras pronunciadas por Éric. 

- espero que tenha deixado chá para mim- falei me aproximando, vou tentar não surtar. Eu fiz um monte de coisa errada durante a festa ou com ele mesmo que se ele quisesse teria me denunciando. Como esposas de mafiosos nos temos uma imagem a velar, e o nosso comportamento revela a capacidade de controle que os nossos maridos tem. Nunca concordei totalmente da forma que as mulheres são usadas nas máfias como submissas, com o dever de procriar e educar os filhos para vingança, caso seu pai seja morto ou preso. Não temos papéis tão ativos como os homens... Porque para eles  as mulheres são perigosas e pertubam a cadeia da autoridade. Mais nas últimas décadas batalhamos por  reconhecimento e respeito. - Está me olhando assim por que? 

- nada de mais- da de ombros como se a pouco tempo não estivesse me secando. Sai da cozinha se senta no sofá que fica no mesmo espaço. Ele liga a TV e muda de canal como se nada estivesse acontecendo, eu odeio essa calma dele.

Entro na cozinha e vejo já tinha uma sanduíche preparada. Colocou chá na xícara e me dirijo a sala, sento-me no sofá comendo enquanto penso.

- temos que ter regras de convivência- falo de boca cheia - primeiro você não toca em mim

- como você acha que surgem os bebês?- pergunta com deboche

Olhei para ele irritada. Volto a dar uma mordida na minha sandes e prossigo

- você não toca em mim e você não terá um bebê. Segundo vamos tentar nos dar bem

- Não. Primeiro vamos debater a primeira regra sem noção que você inventou - me encara seriamente como se eu tivesse o insultado sua masculinidade - você é virgem? Suponho que não! Eu não vou mentir não tenho nenhuma intensão de me apaixonar por você ou fazer o contrário. Mais também não posso ficar na seca como se fosse virgem. Já ouviu falar de sexo sem compromisso? Nos já estamos comprometidos legalmente isso é fato- mostrou a aliança - mais emocionalmente somos dois estranhos. Eu não quero ter que trair você para satisfazer meus desejos carnais e suponho que nem você queira o título de corna né.

Eu não acredito no que eu acabei de ouvir, só porque estamos casados ele acha que esta no direito de se deitar comigo. E ainda tem a ousadia de dizer ' você é virgem? Suponho que não né. Quem esse bastardo pensa que é? Se para ele sexo é um simples esporte que se prática sem emoção pode ter a certeza que para mim não é assim.

- Não me sinto atraída por você o suficiente para querer me deitar por com você. - digo de olhos fechados com um sorriso forçado, abro levemente os olhos o encarando - então por favor não coloque sua mãos asquerosas em mim. Creio que você sabe que obrigar alguém a fazer sexo com você contra a sua vontade é o mesmo que estupro. Não importa se estão casados ou não.

Ele olhou para mim seriamente por minutos, me encarando intensamente como se quisesse saber se o que digo é mesmo verdade. Quando se cansou ele relaxou sua expressão e sorriu divertido para mim

- pode ficar descansada. Não tocarei em você contra sua vontade - sorriu me encarando de relance - diferente de você eu acho você muito atraente. 

Piscou para me e sorriu voltando sua atenção a TV. 

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