Capítulo 35
Carlos provou isso com sua próxima pergunta.

— Por que você não tem ido aos campos de treinamento nas últimas semanas, então?

Por um breve momento, pensei em bater a porta na cara dele sem responder e seguir com o meu dia como de costume. Mas isso nem era uma opção, porque, sem que ele precisasse dizer, eu já sabia que ele tinha sido enviado para me buscar.

Eu não precisava ser uma detetive para saber quem tinha dado as ordens. Afinal, Carlos era apenas a mão direita de outra pessoa.

Meu estômago deu uma cambalhota, e eu consegui forçar um leve sorriso ao responder.

— Achei que não estaria à altura se fosse. — Eu disse.

Mantive meu tom neutro, mas Carlos era perspicaz, porque desviou lentamente o olhar de mim para o chaveiro de chaves mestras em suas mãos, que tilintavam uma contra as outras. Uma delas foi a que ele usou para abrir a porta, e o observei enquanto a realidade da minha situação lentamente surgia em suas feições.

— Maria, há quanto tempo você é trancada?

— Nunca! — Eu dis
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