Lívia
Meu coração sempre acelerava desesperadamente e um frio se instalava em meu estômago quando o via. Me aproximei lentamente, observando-o agachado, de costas para mim, mexendo em algo que eu não podia ver. Soltei o cachorrinho e continuei em silêncio. A pequena bola de pelos correu até Demétrio que começou a fazer carinho no bichinho.
A cena era tão fofa que não me contive e soltei um riso baixinho, ganhando automaticamente sua atenção. Quando me viu, abriu um enorme sorriso, levantando-se rápido e vindo em minha direção.
— Que surpresa linda! — se inclinou para alcançar meu rosto e me deu um selinho — Não posso te
LíviaEstava totalmente sem palavras, não sabia o que pensar, o que falar ou como reagir. Estava ciente apenas das lágrimas de raiva que insistiam em cair dos meus olhos. Virei as costas e comecei a correr, correr de volta para minha casa.Será que eu nunca teria paz?— Lívia! — ouvi Demétrio me chamar — Espera por favor. — gritou, correndo atrás de mim.Parei para enfrentá-lo.— O que essa mulher estava fazendo na sua casa? E te beijando ainda? — questionei.— Você vai me ouvir? Me deixar explicar?
Lívia— Atrapalho? — perguntou, engolindo em seco — Mas é claro que sim! — exclamou baixo para si mesmo— Me desculpem por atrapalhar, quem iria imaginar, porra? — o rapaz de olhos castanhos sorriu.Me senti um tanto aliviada por ele não parecer bravo.Demétrio limpou a garganta.— Onde você estava? — e perguntou, tentando mudar o foco.— Estava por ai, brincando com o Bobby.— E desde quando você gosta de ficar por aí brincando com o Bobby?— El
LíviaDemétrio começou a beijar levemente meu pescoço enquanto meu corpo estremecia embaixo dele, suas mãos passeavam pelo meu corpo e da minha garganta escapavam gemidos de prazer. Era uma mistura enorme de sensações, ao mesmo tempo que eu estava extremamente nervosa, eu também estava tão quente como o inferno.Ele se afastou um pouco de mim, fazendo-me sentir falta imediata do seu contato e retirou a calça jeans que vestia. Minhas bochechas ficaram mais quentes e o sangue bombeou mais rápido meu coração, afinal, eu nunca havia visto um homem assim antes. O volume em sua cueca era bem visível e o medo me agarrou, no entanto tentei deixá-lo de lado porque o que mais queria naquela noite era me entregar a Dem
DemétrioSentir Lívia junto ao meu corpo foi a melhor sensação do mundo. Nunca pensei em me envolver tanto com uma pessoa assim, mesmo quando não queria. Agora ela era minha, ninguém iria tirá-la de mim, ninguém, eu não iria permitir.Passamos horas nos olhando e nos curtindo em silêncio, com meus dedos sempre acariciando os fios escuros da sua cabeça enquanto eu continuava a observando, sentindo meu peito apertar em dor toda vez que me imaginava sem ela por qualquer motivo se quer.Eu não me importava com o que iria acontecer no dia seguinte mas pretendia contar ao Sr. Heitor sobre nós, além de desmentir a mentira que Kristen inventou,sabia que ele iria ente
LíviaMeu pai deveria estar preocupado, mas será que ele havia percebido que eu não estava em primeiro lugar? Eu esperava muito que não.Cheguei em casa e entrei bem quieta, parecia que ninguém havia acordado ainda, quase gritei de susto quando ouvi a voz de alguém.— Seu pai vai adorar saber que você está transando com o capataz! — era Kristen.— O que você.... — ela me interrompeu.— Eu sei onde você estava, e vou contar ao seu pai.— Pode contar! Eu não me importo. O Demétrio também
LíviaEnquanto eu não resolvia meu impasse, o telefone do meu pai tocou e ele saiu para atender a ligação. Franzi o cenho, intrigada, ele poderia muito bem atender perto de mim, sendo assim, não contive minha curiosidade e fui atrás para ouvir.— O que? Mas como? Você tem que me ajudar! Eu sou capaz de cometer uma loucura por ela. — ele tentava sussurrar, mas estava tão alterado que eu ouvia claramente cada palavra.— Pai? — me aproximei — O que aconteceu?Ele então desligou o telefone, pegou minha mão e entrou no quarto dele, fechando a porta e me puxou para sentar no pequeno sofá de canto que havia no c
Lívia— Achamos ele. — Demétrio exclamou, de longe já havíamos avistado o carro dele estacionado de qualquer jeito na entrada.Desci do carro e comecei a andar rapidamente em direção a casa, porém Demétrio me fez desacelerar os passos quando segurou minha mão.A porta estava aberta e entrei primeiro quando alcançamos, a cena fez meu coração ir até a garganta e voltar para o lugar, Leonel estava com uma arma apontada para o meu pai, mas seu rosto estava todo machucado e sangrando, pior do que havia ficado quando meu pai me buscou pela primeira vez e o espancou.— Chegou quem faltava para completar a fes
Demétrio— Ela está fora de perigo, retiramos a bala que por pouco não perfurou o intestino. Está sedada, receberá Alta em alguns dias. Por enquanto, ficará sob supervisão médica.Desabei sobre meus joelhos, o alívio batendo tão forte que me faltou ar. Respirei fundo, tentando me recompor quando levantei.— Porra... Graças a Deus! — encarei o médico, minhas mãos tremiam — Posso vê-la?Ele hesitou.— Por favor? — insisti.— Não poderá demorar mais do que dez