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Fred encostou o carro do outro lado da rua em frente ao hotel de onde Gaby pôde ver a fachada: HOTEL PACHECO. —Você deve estar brincando! —Eu te falei que você não ia querer ficar. – sorriu para ela. —São duas unidades, todos da família. Sr. Paulo se afastou dos negócios há algum tempo. Entrou em depressão e se tronou alcoólatra. Luiz Gustavo e Jane assumiram os negócios, que não vão bem. Estão apostando na alavancada do turismo. —Eu não posso me hospedar na toca da minha inimiga! —Também acho! Por isso te disse que você pode ficar lá em casa! —Não tem mais nada na cidade além deles? —As pousadas viraram restaurante self servisse por falta de hóspedes. E restaram duas pensões, mas estão sem condições de recebê-la. —Ué! Por quê? —É sério, Gaby. Sem chance de você se hospedar nelas. —Leve-me até elas, por favor. —Ok. Vou levá-la e você verá com os próprios olhos. As pensões ficavam já na saída da cidade à beira da Rodovia. Eram lugares de passagens de beira de estrada, fluxo d
A casa de Fred não era luxuosa, pelo contrário, era bem simples, mas tinha tudo que alguém poderia precisar. Jane reclamava da simplicidade, pois era fútil e fresca. Queria casa moderna, de preferência com dois andares e piso da moda. Ela chamava a casa de Fred de casa velha e em seus planos, caso se casassem ou construiriam uma casa nova do jeito que ela queria, ou teria que remodelar aquele casarão velho inteiro, o que implicaria em praticamente pô-lo abaixo. Para Gaby, a casa de Fred por fora, era exatamente o que ela lembrava. Era uma casa grande e acolhedora. Fred tinha dois irmãos mais velhos, já casados que um dia moraram ali. Apesar de ser antiga, já que era a casa em que Fred crescera, ao longo dos anos havia passado por reformas que preservaram sua estrutura intacta e trouxeram um pouco de conforto. Para Jane, não servia, pois “casa com alpendre é coisa ultrapassada!” Sim, a casa de Fred era daquelas com arquitetura romântica com ar de magia que resiste ao tempo. Gaby paro
Na terça-feira Gaby acordou bem mais descansada. Já estava em Minaçu e agora era só começar a sua vingança. Antes precisava resolver a questão de sua hospedagem e do carro também. Levantou-se, pegou seus itens de higiene pessoal e partiu mancando para o banheiro. A casa parecia estar em silêncio. Fred deveria estar dormindo. Abriu a porta do banheiro e viu a visão mais linda que poderia ver pela manhã: Fred nu, com cabelos molhados, de costas para a porta se enxugando. “Uau! Que bumbum! Que pernas, longas, grossas e musculosas. O que é aquilo?” Assustada com o que viu, ela fechou a porta e voltou correndo para o quarto antes que ele a visse. Na verdade, ela tentou correr. Por causa do pé machucado, antes dela chegar ao quarto a porta do banheiro se abriu e ele saiu com a toalha enrolada na cintura e o peito nu. Ao ouvir o barulho da porta do banheiro se abrir, instintivamente ela se virou de frente e se deparou com aquele corpo escultural. Lembrou-se que um dia achou o corpo de Beto
Após concluírem o café, Fred foi para o quarto e em minutos voltou vestido de camiseta roxa com uma camisa xadrez de verde e vermelho por cima. Estava feio, pois as peças não ornavam com a beleza do corpo que as carregava. Mas Gaby achou correto ficar calada. Ele a carregou até o carro e ao sair, fez questão de passar na rua da casa dela para ver e matar a saudade. Gaby sentiu uma coisa estranha. Era um misto de alegria e tristeza, pois naquela casa vivera momentos felizes de sua infância, mas a memória do dia em que foi embora ainda eram bem presentes ali. Viu um filme daquele dia passando em sua mente. Sua madrinha estava aguando as plantas no jardim. Gaby, então, pediu para Fred acelerar, pois temia que a madrinha a visse. Se visse, iria correndo ligar para sua mãe. —Por que não quer que sua madrinha te veja? Por causa de Beto? —Não. Por causa de meus pais, Ainda não contei a eles que estou aqui. —Isso é ruim. Sabe que mais cedo ou mais tarde eles saberão. —Verdade. Vou contar
Flávia e Cida, curiosas para descobrir quem era a tal mulher que estava com Fred para cima e para baixo, marcaram de se encontrar na hora do lanche na padaria, já que lá era o point de Fred e das notícias da cidade. Elas se encontraram na esquina. Logo na porta, viram o carro de Fred estacionado e perceberam que se a mulher ainda estivesse com Fred, elas teriam dado sorte, pois finalmente a conheceria. Entraram na Padaria e viram que Fred estava na mesa da varanda e decidiram sentar-se lá próximo. Quando passaram pela mesa de Fred, Gaby as viu e disse levantando-se: —Não acredito! Flavia e Cida olharam-na e a reconheceram. —Gaby!!!!!!! – gritou Flávia. Depois de tantos anos sua amiga estava de volta. E as três se abraçaram e choraram de alegria. De longe Luiza finalmente soube que aquela era a tal Gaby, que há anos havia ido embora. Luiza era mais jovem que Gaby, por isso não a conheceu. Se conheceu, não se lembrava, pois não eram do mesmo grupo de amigos. Irritada, pensou: “Mas
Após horas de conversa e dicas de gestão, Gaby e Fred foram embora. Antes de sair ele passou no freezer e encheu uma bolsa térmica. Queria levar Gaby a um lugar que significava muito para ele e pensava que para ela também. Quando chegaram ao Lago ela sorriu. —Gostou? —Claro! Ele desceu do carro, deu a volta e pegou-a no colo. Levou para o mesmo banco que há 10 anos antes eles se sentaram. —Espere um pouco. – ele correu no carro. Pegou a bolsa térmica e voltou. —Achei que a gente merecia comemorar esse momento. – sorriu feliz, abriu uma garrafinha long nek e entregou-lhe. — Com certeza! Gaby pegou-a e retribuiu o sorriso. Encostaram uma garrafinha na outra em brinde. —A que estamos brindando? – ela perguntou. —Ao inferno que eu não te levei! - brincou ele. —Verdade! – ela sorriu. —Nunca esqueci aquele dia. —Eu também não. —Tomei meu primeiro porre. —E até vomitou – ele fez graça. —E você cuidou de mim! – ela o cutucou com o cotovelo. —E cuidaria de novo. – disse ele olhand
Na quarta-feira, Gaby acordou e estava tudo em silencio novamente. Imaginou ter acordado antes de Fred, já que ele havia dormido tarde, devido sua visita noturna. Se preparou para sair do quarto pé ante pé e se arrumar sem correr o risco de pegá-lo no banheiro como no dia anterior. Sem querer se lembrar, mas se lembrando nitidamente, lhe veio à cabeça a imagem dele nu se enxugando no banheiro. Não poderia esquecer a cena jamais... e nem aquele bumbum... Balançou a cabeça para dissipar aquela memória. Pegou suas coisas e abriu a porta para seguir seu plano de se arrumar antes dele. Mas... ao sair no corredor, a porta do banheiro se abriu e eis que surge aquele corpo escultural estampado com lindas tatuagens, coberto apenas por uma humilde toalha na altura da cintura dizendo: —B-O-M D-I-A! Gaby imaginou que para ele devia mesmo ser um bom dia depois da visita que recebera. Lembrou-se que Flávia e Cida haviam lhe dito que Fred era bem requisitado pelas mulheres da cidade e desconfi
Fred havia sido chamado na Casa Agropecuária e acabou dando um pulinho lá. Havia ficado de voltar na hora do almoço para almoçar com Gaby e testar os pratos. Gaby e Tony conversavam na Varanda e discutiam detalhes das mudanças que ainda pretendiam fazer, quando Tony foi chamado na cozinha para ver um problema no forno e deixou Gaby sozinha. Beto estacionou em frente a padaria. De longe a viu. Irritado por sua presença na cidade ele subiu, de dois em dois, os degraus que davam acesso a varanda onde a tinha visto. Ela estava em pé, de costas e levemente debruçada sobre o notebook analisando uma planilha de custos que havia elaborado. Estava bonita e elegante como sempre. Não estava vestida de executiva como costumava se vestir em Goiânia, mesmo assim havia elegância. Vestia uma calça flare preta e blusa vermelha frente única e gola alta. O Vermelho era uma cor que lhe caía bem, pois contrastava com sua pele clara acetinada. Nas orelhas, brincos de argolas grandes que combinavam perfei