Gaby acorda e se assusta com o que aconteceu... E agora?
Ao entrarem na padaria, estavam quietos. Não havia a costumeira algazarra que faziam quando andavam juntos. Tony percebeu que havia algo de errado. Fizeram seus pedidos no balcão direto para Tony. Em seguida, Gaby foi para a varanda e se debruçou no guarda-corpo pensativa. De longe, Tony a observou e questionou Fred. —Hei amigo, vai me contar o que aconteceu para ela estar assim? – disse Tony apontando para Gaby tristonha lá fora. —Nem te falo! —Que tu fizeste? —Bom... a gente ... – olhou-a lá fora na varanda. —é... estávamos bêbados e conversa vai, conversa vem e... aconteceu. – disse Fred sem jeito. —Não! Você tá de brincadeira. Mas você não perdoa uma, hein?! – disse Tony. —Hei! Não é assim não. —Sei. – fez uma pausa e depois disse: —E aí? Não foi bom? – perguntou Tony tentando entender o estado de Gaby. —Se foi bom? – Fred se exaltou um pouco. —Uau! Foi maravilhoso! —Mas então não era para ela estar assim. – apontou-a lá fora. —Pois é. Aí é que está. Quando ela acordou e
Pensando em ajudar Flávia e Tony, Gaby pediu a Fred para convidar Tony também. O grupo se encontrou em frente ao bar e as meninas elogiaram Gaby. —Uauu! Você está linda! – disse Flávia. —Jane certamente vai se morder de tanta raiva ao ver como você está linda. – foi a vez de Cida. E de fato ser mordeu. No bar, o grupo escolheu um local estratégico para ficar, de forma a estarem bem visíveis para Beto e Jane. Rapidamente entraram no clima da balada. Fred e Tony pegaram bebidas para as garotas. Quando Fred entregou a bebida à Gaby ela lhe disse no ouvido. —Por favor, não me deixe beber demais. De onde estavam Jane e Beto não tiravam o olho deles. E Jane de fato ser mordeu de raiva e inveja de Gaby. Fred convidou Gaby para dançar e prometeu ser cuidadoso com seu pé. Beto, ao ver Fred e Gaby dançando, fez o mesmo com Jane. Na pista de dança, Beto tentava implicar Fred. Jane fazia o mesmo com Gaby. Fred não perdia a oportunidade de ser carinhoso e sempre que podia dava selinhos nela,
Na sexta-feira pela manhã, Fred e Gaby foram tomar café na padaria. Ao chegarem, sentaram-se na varanda e fizeram seus pedidos. Tony havia se juntado a eles e estavam distraídos conversando sobre o aumento do número de refeições servidas nos últimos dias quando se ouviu uma voz masculina dizer: —Não vai me dar um abraço, Gaby? Ela levantou a cabeça e ao vê-lo se levantou apressada percorrendo a distância de cerca de três mesas para abraçá-lo. —Rubens! Não acredito! – disse ela feliz em ver o amigo querido. Fred viu a cena e não gostou nada daquela reação acalorada de Gaby. “O que esse sujeito veio fazer aqui??? E aquele abraço demorado??? E ainda com aquela mão cheia de dedos na cintura dela???” Fred só sabia de uma coisa, precisava fazer algo urgente. Tossiu para se fazer notado, mas não foi. —Você não avisou que viria! – disse ela. —Eu queria te fazer uma surpresa! – disse Rubens. —E com certeza fez uma surpresa maravilhosa. – falou Gaby ainda com Rubens segurando-lhe a cint
Gaby parecia uma guia turística empolgada mostrando a Rubens os pontos importantes da sua infância e Rubens teve que admitir que ela e Fred tinham história juntos para contar. Fred e Gaby levaram Rubens no Lago e ele achou muito bonito. Ao sentarem-se no banco, Fred fez questão de se sentar entre Rubens e Gaby de forma à não dar espaço para Rubens encostar nela. Rubens pretendia conversar com Gaby longe de Fred, mas como ele não dava trégua, foi obrigado a pedir para falar com ela a sós. —Fred, me desculpe, eu gostaria de conversar à sós com Gaby. —Imagina, eu e Gaby, além de namorados, somos amigos de infância. Não temos segredos! – insistiu Fred. —Fred, por favor. – pediu Gaby. Fred não teve escapatória e levantou-se dizendo: —Ok. Mas tentem se comportar. Sem demonstrações de carinho, por favor. Estarei logo ali. Levantou-se e se afastou para eles conversarem, mas se posicionou onde ele pudesse vê-los. Rubens o olhou com ar de desaprovação. “Parece um cão de guarda”, pensou
Assim que Gaby voltou para a mesa, Rubens disse: —Gaby, por favor, me acompanhe até o carro. Fred havia visto Gaby acompanhar Rubens até lá fora e mais que depressa os seguiu. Ao chegar à calçada, Rubens disse: —Namoro de mentira, é?! – ele estava exaltado. —Eu vi o namoro de mentira! Onde está a mentira aqui, Gaby? —Rubens, eu não sabia que ele ia fazer isso. Juro! Fui pega de surpresa também. E eu não estou mentindo para você! Rubens respirou fundo e disse: —Eu vim de Goiânia para te levar comigo. Vou te pedir mais uma vez. Esqueça essa vingança e venha comigo! Eu te amo! Você sabe disso! —Rubens, me desculpe! Já conversamos sobre isso. Eu também te amo, mas como amigo. – os olhos dele se encheram de lágrimas. —Você sempre soube, desde o início. Eu nunca te escondi isso. Sempre fui sincera. Ele respirou fundo e disse: —Ok. Foi sincera... mas me disse que viria pôr um fim nesta história e voltaria para seguirmos em frente! Ela abaixou a cabeça envergonhada, pois realmente h
Gaby abriu os olhos e viu que estava no quarto de Fred. Havia passado uma noite maravilhosa. Fred era a calmaria e a tempestade na medida certa. Mas não era para ela. Ele era um mulherengo, ao menos era a notícia que corria na cidade. Além disso, pelo que conversaram à noite ele provavelmente não toparia mais ajudá-la na vingança. Além disso, tinha Beto que era o amor da sua vida desde sempre e foi por ele que ela havia voltado à Minaçu. Gaby estava deitada de conchinha sentindo o braço de Fred pousado em seu corpo e a mão em sua barriga. Aquilo era bom. Fred trazia a ela essa sensação de carinho e aconchego. Diferente de Beto, não era posse. Passou os minutos relembrando a conversa que havia tido com ele após fazerem amor. Lembrou-se de sua fala de que ela vinha alimentando as esperanças de Rubens e de não lhe soltar as amarras para ele ser feliz e Gaby se sentiu mal por estar ali naquela cama. Teve medo de estar cometendo o mesmo erro com Fred. De prendê-lo a ela e impedi-lo de se
Fred vestiu-se e saiu do quarto. Passou pelo quarto dela e viu que ela havia colocado as malas para dentro. Estava sentada na cama ainda tentando entender o que estava acontecendo. —Vamos tomar café na padaria! – disse ele firme. —Ok. – disse ela levantando-se. Eles saíram de casa e entraram no carro. Seguiram o trajeto em silêncio. Ambos tentando digerir os últimos acontecimentos. Quando chegaram à padaria, ele fez questão de entrar de mãos dadas com ela. Afinal, ela queria um namorado de mentira e ele faria o seu papel. Tony percebeu que havia algo diferente. Cumprimentou-os e enquanto Gaby foi ao banheiro, Fred ficou conversando com Tony no balcão. —Fred, o que está pegando? Aconteceu algo? Ontem vocês sumiram logo depois da sua apresentação. Gaby até deixou o celular na mesa. —Difícil, meu amigo. Mulheres são muito difíceis de se entender. – suspirou ele. —Discutimos por causa de Rubens. Fomos para casa em pé de guerra, mas nos reconciliamos. Tivemos a noite mais maravilhosa
À tardinha, voltaram à padaria para o lanche. Gaby sentou-se na varanda e Fred havia ido ao banheiro. Gaby pediu um suco de laranja e esperava seu lanche na mesa. Ao servir o lanche, Tony informou que o suco estava sendo preparado e em breve Luiza o levaria. Assim que Tony se foi, Luiza chegou trazendo o suco. Como já estava bem irritada com Gaby, principalmente depois do anúncio oficial do namoro feito na noite anterior e da cena de casal apaixonado que havia presenciado pela manhã, ter que servir o suco para Gaby havia lhe caído como uma luva. Chegou com o suco e fez um malabarismo para simplesmente jogá-lo em Gaby e tentar parecer acidental. —Ah, me desculpe! Eu tropecei. – falou dissimulada. Fred e Tony haviam chegado no exato momento e presenciaram a cena. —Luiza vá agora para o escritório! – disse Tony. Fred veio em socorro de Gaby e a ajudou a se levantar. Outra atendente veio ajudar, limpando a bagunça. —Fred, foi acidente! – disse Gaby preocupada com Luiza. —Não foi Gab