Fred encarnou o personagem né?
Gaby parecia uma guia turística empolgada mostrando a Rubens os pontos importantes da sua infância e Rubens teve que admitir que ela e Fred tinham história juntos para contar. Fred e Gaby levaram Rubens no Lago e ele achou muito bonito. Ao sentarem-se no banco, Fred fez questão de se sentar entre Rubens e Gaby de forma à não dar espaço para Rubens encostar nela. Rubens pretendia conversar com Gaby longe de Fred, mas como ele não dava trégua, foi obrigado a pedir para falar com ela a sós. —Fred, me desculpe, eu gostaria de conversar à sós com Gaby. —Imagina, eu e Gaby, além de namorados, somos amigos de infância. Não temos segredos! – insistiu Fred. —Fred, por favor. – pediu Gaby. Fred não teve escapatória e levantou-se dizendo: —Ok. Mas tentem se comportar. Sem demonstrações de carinho, por favor. Estarei logo ali. Levantou-se e se afastou para eles conversarem, mas se posicionou onde ele pudesse vê-los. Rubens o olhou com ar de desaprovação. “Parece um cão de guarda”, pensou
Assim que Gaby voltou para a mesa, Rubens disse: —Gaby, por favor, me acompanhe até o carro. Fred havia visto Gaby acompanhar Rubens até lá fora e mais que depressa os seguiu. Ao chegar à calçada, Rubens disse: —Namoro de mentira, é?! – ele estava exaltado. —Eu vi o namoro de mentira! Onde está a mentira aqui, Gaby? —Rubens, eu não sabia que ele ia fazer isso. Juro! Fui pega de surpresa também. E eu não estou mentindo para você! Rubens respirou fundo e disse: —Eu vim de Goiânia para te levar comigo. Vou te pedir mais uma vez. Esqueça essa vingança e venha comigo! Eu te amo! Você sabe disso! —Rubens, me desculpe! Já conversamos sobre isso. Eu também te amo, mas como amigo. – os olhos dele se encheram de lágrimas. —Você sempre soube, desde o início. Eu nunca te escondi isso. Sempre fui sincera. Ele respirou fundo e disse: —Ok. Foi sincera... mas me disse que viria pôr um fim nesta história e voltaria para seguirmos em frente! Ela abaixou a cabeça envergonhada, pois realmente h
Gaby abriu os olhos e viu que estava no quarto de Fred. Havia passado uma noite maravilhosa. Fred era a calmaria e a tempestade na medida certa. Mas não era para ela. Ele era um mulherengo, ao menos era a notícia que corria na cidade. Além disso, pelo que conversaram à noite ele provavelmente não toparia mais ajudá-la na vingança. Além disso, tinha Beto que era o amor da sua vida desde sempre e foi por ele que ela havia voltado à Minaçu. Gaby estava deitada de conchinha sentindo o braço de Fred pousado em seu corpo e a mão em sua barriga. Aquilo era bom. Fred trazia a ela essa sensação de carinho e aconchego. Diferente de Beto, não era posse. Passou os minutos relembrando a conversa que havia tido com ele após fazerem amor. Lembrou-se de sua fala de que ela vinha alimentando as esperanças de Rubens e de não lhe soltar as amarras para ele ser feliz e Gaby se sentiu mal por estar ali naquela cama. Teve medo de estar cometendo o mesmo erro com Fred. De prendê-lo a ela e impedi-lo de se
Fred vestiu-se e saiu do quarto. Passou pelo quarto dela e viu que ela havia colocado as malas para dentro. Estava sentada na cama ainda tentando entender o que estava acontecendo. —Vamos tomar café na padaria! – disse ele firme. —Ok. – disse ela levantando-se. Eles saíram de casa e entraram no carro. Seguiram o trajeto em silêncio. Ambos tentando digerir os últimos acontecimentos. Quando chegaram à padaria, ele fez questão de entrar de mãos dadas com ela. Afinal, ela queria um namorado de mentira e ele faria o seu papel. Tony percebeu que havia algo diferente. Cumprimentou-os e enquanto Gaby foi ao banheiro, Fred ficou conversando com Tony no balcão. —Fred, o que está pegando? Aconteceu algo? Ontem vocês sumiram logo depois da sua apresentação. Gaby até deixou o celular na mesa. —Difícil, meu amigo. Mulheres são muito difíceis de se entender. – suspirou ele. —Discutimos por causa de Rubens. Fomos para casa em pé de guerra, mas nos reconciliamos. Tivemos a noite mais maravilhosa
À tardinha, voltaram à padaria para o lanche. Gaby sentou-se na varanda e Fred havia ido ao banheiro. Gaby pediu um suco de laranja e esperava seu lanche na mesa. Ao servir o lanche, Tony informou que o suco estava sendo preparado e em breve Luiza o levaria. Assim que Tony se foi, Luiza chegou trazendo o suco. Como já estava bem irritada com Gaby, principalmente depois do anúncio oficial do namoro feito na noite anterior e da cena de casal apaixonado que havia presenciado pela manhã, ter que servir o suco para Gaby havia lhe caído como uma luva. Chegou com o suco e fez um malabarismo para simplesmente jogá-lo em Gaby e tentar parecer acidental. —Ah, me desculpe! Eu tropecei. – falou dissimulada. Fred e Tony haviam chegado no exato momento e presenciaram a cena. —Luiza vá agora para o escritório! – disse Tony. Fred veio em socorro de Gaby e a ajudou a se levantar. Outra atendente veio ajudar, limpando a bagunça. —Fred, foi acidente! – disse Gaby preocupada com Luiza. —Não foi Gab
Tempos depois, ela estava deitada em seu peito contornando com a ponta dos dedos o Anjo Guerreiro de seu abdômen. —Bebê, acabou a vingança. Tá bom? Vamos viver nossas vidas e deixar que Beto e Jane vivam a deles. —Tá bom! – deu uma pausa e depois disse. —E nosso macarrão, hein?! – disse ela. —Verdade! Melhor irmos logo porque se você continuar contornando essa tatuagem aí desse jeito nós não vamos conseguir sair dessa cama nunca mais. – riu. Levantaram-se, vestiram-se e foram aos beijos para a cozinha. Estavam vivendo um momento maravilhoso. Haviam de fato se descoberto. Na cozinha trabalharam juntos no preparo do macarrão. Gaby colocou o macarrão no refratário e Fred despejou o molho em cima. O cheiro estava bom e eles estavam com muita fome. —Hummm, macarrão combina com vinho! – disse Gaby. —Acho que tenho um vinho por aqui em algum lugar. – Fred abriu a geladeira e o encontrou. —Aqui está. —Vou pegar taças. – Gaby abriu o armário. Fred serviu e eles brindaram. —A nós dois.
Caminhando abraçados e rindo felizes, ouviram a campainha tocar. Olharam-se como se perguntassem quem poderia ser àquela hora, já que passava da meia noite. —Será Luiza? – Gaby arriscou considerando que dias atrás ela tinha ido à casa de Fred naquele horário. —Não acredito, mas quem quer que seja, mandarei embora. Fred cruzou o corredor a passos largos, atravessou a sala e abriu a porta. Era Beto! Ele sabia que isso iria acontecer, só não esperava que fosse rápido demais. Se soubesse, teria levado Gaby para o sítio mais cedo. Agora não tinha jeito, ele tinha que enfrentar. —Gabyyyyyy! – gritava Beto do portão. —É Beto e parece estar bêbado. Por favor, fique aqui. – disse ele para Gaby. Fred atravessou o alpendre, desceu os degraus e alcançou o portão. Gaby ficou na sala olhando pela janela. —O que você quer? – disse Fred. —Quero falar com a Gaby! – disse Beto. —Ela não quer falar com você! —Por que você não a deixa falar para mim que não quer falar comigo? – disse Beto. —Gaby
Pela manhã, eles arrumaram as malas e foram para o sítio. Fred queria tirar Gaby o quanto antes da cidade, pois sabia que Beto voltaria. Ao chegarem no sítio dos pais de Fred, Gaby foi muito bem recebida. Fred a instalou no quarto dele a contragosto de Gaby, pois se sentiria constrangida de dormir no mesmo quarto que ele perante seus pais. Fred riu. —Bebê, meus pais são mais velhos, mas não são tão ultrapassados. Lógico que você vai dormir comigo aqui. E assim a convenceu. Dona Aurora e Sr. Durval ficaram felizes com o casamento deles e agradeceram a Deus por estar encaminhando as coisas para a felicidade de seu filho. Os dias que se seguiram foram maravilhosos. Eles curtiram cada minuto juntos. Brincavam com o amado Rottweiler de Fred, tinham contato com a terra e com os animais. Gaby aprendeu coisas sobre o manejo da terra com Fred e curiosidades sobre o trato dos animais. Ela acompanhou o trabalho dele e o ajudou no que pôde. Ajudou também Dona Aurora com algumas tarefas da c