Annelise tomou um banho rápido e se preparou para nosso jantar. Eram quase duas da manhã, mas quem se importava se era madrugada?
Quando apareceu em seu vestidinho rosa, justo na cintura, com um decote que mostrava um pouco de pele dos seios e medindo até pouco antes do joelho, achei que estivesse num sonho. E então, ela pegou minha mão, sorrindo, e me levou para a sala. Chase, meu chará, se escondeu dento do quarto e voltei os olhos para a minha garota linda e sexy. Ela passou meus braços por sua cintura e senti suas costas contra meu peito — meu pau também sentiu sua bunda roçando-o. Eu vestia uma camisa polo branca e calça jeans — sem cueca — e fiquei descalço, sentindo a madeira sob meus pés. Depois que esquentei o jantar, finalmente nos servi. Eu pedi a Annelise que se preparasse para o meu macarrão, e quando coloquei uma colherada em sua boca, elaEu não tinha tomado a porcaria da pílula.Havia esquecido completamente de tomar a pílula no dia seguinte, e lembrei somente quando Abby me chamou para comprar algumas pílulas e camisinhas. Estava começando a surtar. Fazia uma semana. Depois de acordar na manhã seguinte, tive que ir correndo para a casa de repouso. Parecia que Madeleine tentou se machucar e uma das enfermeiras tentou impedir, mas acabou sendo atingida e se feriu. Eu passei o resto da manhã toda — a contragosto de Chase — na casa de repouso. Felizmente, a enfermeira não teve ferimentos graves e Madeleine não se machucou. O incidente causou alguns prejuízos à casa de repouso tive que pagar, mas Chase declarou que pagaria e que eu não precisava me preocupar com isso. Fomos para o trabalho e ficamos o dia todo sem nos ver. Eu não lembrei de tomar a maldita pílula, e agora receava estar grávida.
Eu tinha que esperar mais alguns dias para ter certeza. Tive medo de que ainda… de alguma forma, o teste não pudesse verificar e dizer mesmo se estava lá, mas Abby me encorajou a fazer de uma vez.Todas as vezes que eu abria minha bolsa, encarava o teste e lembrava de como Chase ficaria feliz. Comecei a imaginar um garotinho ou uma garotinha com as características dele, e aquilo me fazia viajar para um futuro que parecia ser bom demais para ser verdade. Eu queria mesmo me casar com Chase? Queria mesmo ter uma família com ele?A resposta era sim.Eu não podia pensar em algo mais gratificante que aquilo; o homem que amo, cuidando de mim e do nosso filho. Mesmo que brigássemos eventualmente, tinha que lembrar que o medo por aquilo se devia somente às minhas preocupações. Não era real.Chase me ligava diariamente, sem falta, e certa noite, enquanto eu segurava o teste
AnneliseChase ligou naquela noite, e para a minha surpresa, disse que estava voltando. Quase caí para trás quando descobri que já estava no voo. Parece que tinha voltado mais cedo porque teve sucesso no que foi procurar. Fiquei feliz por perceber que estava tão empolgado. Me perguntei se iria ficar tão feliz quando soubesse que estava grávida.Grávida dele.Chase pediu para que eu me arrumasse e vestisse algo sexy. Ele pediu, também para que eu o encontrasse no restaurante que já tinha reservado. Queria me fazer uma surpresa, por isso que não avisou que estava vindo antes, mas acabaria se surpreendendo com o que lhe esperava.Às nove e vinte, cheguei no restaurante. Um homem perguntou meu nome e me levou até uma mesa num lugar calmo e agradável no restaurante.Sem sinal de Chase.Eu notei um envelope sobre a mesa e o pegu
Afastei-me de Chase.Não havia uma escolha simples quando o que estava em jogo era tudo aquilo. Ainda não tinha decidido se iria contar a ele que estava grávida — apesar de ser inevitável — e, para ser sincera, ele parecia diferente. Depois que neguei seu pedido há duas semanas, Chase parecia procurar o tempo todo algum erro, por mínimo que seja. Talvez estivéssemos num grau de intimidade além do físico, o que me assustava. Ele sabia que estava escondendo algo, e resolveu me provocar todos os dias, até eu simplesmente decidir que a melhor escolha seria me afastar dele.Chase estava magoado, eu sabia.Pedi a Abby para me buscar no trabalho e passar um tempo em seu apartamento. Mike passava algumas noites da semana fora, pois seu trabalho demandava muito tempo, o que me permitia ficar com Abby e as meninas e enterrar o assunto que tanto martelava minha cabeça. Eu precisa
Fazia algum tempo que não via Kathryn. Quando vi seu nome brilhando na tela do meu celular, corri para fora do pet shop e atendi sua ligação. Ela me disse que o papai havia piorado de algum jeito, e estava muito doente. Foi impossível ouvi-la dizer aquilo e não sentir uma pontada no peito.Por anos eu o ignorei, fingi que não existia e o culpei por tudo o que dera errado em minha vida, mas a verdade é que, se não fosse por ele, talvez estivesse numa situação ainda pior. Eu deveria tê-lo agradecido por cada segundo da minha vida de merda.Foram as minhas escolhas, não as dele.Quando cheguei no hospital, me deparei com uma versão abatida de Kathryn. Meu coração parou ao vê-la chorando e soluçando enquanto via o papai na maca. Quando meus olhos encontraram ele, senti como se meu chão tivesse sido tirado dos meus pés.<
Chase parecia desligado — literalmente — quando bati com os nós dos dedos na janela de seu carro. Ele continuou olhando para o nada por alguns segundos antes de eu chamar sua atenção novamente.Tinha ido pegar algumas roupas depois que pedi para o sr. Sheppard sair mais cedo do trabalho. Ele não discutiu comigo, porque Chase não havia chegado ainda e meio que eu estava sem chefe por um período. Notando minha inquietação, o sr. Sheppard me permitiu ir embora mais cedo, o que agradeci silenciosamente.Durante o trabalho, vi a porta de Chase fechada e as luzes acesas. Pensei que estivesse lá, mas não.Chase finamente voltou os olhos para mim, e aquela expressão em seu rosto… aquilo partiu o meu coração. Ele abriu porta. Entrei e sentei. Chase me abraçou, como se precisasse sentir aquilo. Eu podia sentir seu coração batendo f
Parecia injusto tratar Annelise como um brinquedo, por isso deixei seu apartamento no dia seguinte e fui para o meu próprio apartamento. Eu queria garantir que nada como o que aconteceu ontem iria se repetir. Eu vi Annelise, em certo momento, levantando da cama e indo até o banheiro. Ela passou longos quarenta minutos — chorando — dentro do maldito banheiro. Me perguntei se a tinha machucado ou magoado. Parecia mais um animal que acabara de fugir do zoológico e estava louco do que o homem que dizia amá-la, mas acontece que nada daquilo era realmente sobre ela — e, talvez, nem sobre mim.Passei toda a manhã focado nos assuntos do escritório. Montei ideias, busquei inspirações, tentei contatar pessoas importantes. Às oito em ponto fui para a agência e vi Annelise conversando com Susan no fim do corredor. Ela sorriu e acenou para mim. Eu a ignorei, angustiado, de repente.A porr
Me senti muito mal por olhar nos olhos de Chase e omitir que estava carregando um filho seu. Era crueldade, na verdade. Talvez isso, a notícia, fosse ajudá-lo um pouco a esquecer a morte do pai, embora não soubesse exatamente o que acontecera.— Está escondendo alguma coisa. — Sua suspeita era uma faca enfiada na minha barriga.Os olhos de Chase vasculharam os meus à procura de algo, mas quando abri a boca para dizer algo, ele simplesmente me beijou.— A resposta é não, caso esteja pensando nisso. Não quero que se afaste de mim, Annelise. Nenhum pouco. Quero… — ele olhou nos meus olhos, profundamente, e disse: — Quero casar com você, ter uma família. Entende? Você está se afastando de mim, eu sei… está com medo, não está? Medo do que tudo isso está se tornando.Eu assenti.Sent