Eram oito da noite e eu havia acabado de chegar no abrigo. Vi Abby carregando algumas caixas e Mike estava do seu lado, segurando uma panela. Corri até eles, e quando me aproximei, percebi que a fila se estendia da porta até a mesa.
— Boa noite — Mike disse, colocando a panela em cima de uma das mesas do canto do salão. Abby depositou as três caixas que carregava numa cadeira. — Abby?
Abby virou na direção de Mike e foi até ele, seu sorriso era definitivamente muito bonito. Eu fiquei feliz por vê-lo no rosto dela.
— Pode entregar os bombons? — Perguntou Mike, apontando para as caixas. Ela fez que sim e eu me aproximei dele.
Há um mês eu mal sabia que isso seria possível, e talvez, até estivesse enganado, mas, na verdade, me sentia extasiado. Eu esperava ansiosamente para chegar em casa todos os dias e conferir o Secret People Chat. Todos os dias. Tornou-se uma espécie de vício, onde eu era dependente de A. Eu tentei descobrir quem era, mas por algum motivo, ela não disse nada a respeito. Mesmo assim, eu estava começando a ter certeza de que poderia convencê-la de algo. Há um mês esta mulher me provoca com suas mensagens de duplo sentido, há um mês eu tento descobrir quem realmente é. As únicas coisas que sei são que: mora em Nova York, adora iogurte de morango e coleciona almofadas coloridas.Sorri.Esta mulher me excitou de tal maneira, com seu suspense quase deliran
Na terça-feira, eu estava sem paciência alguma quando encontrei minha secretária na minha sala, colocando papéis debaixo de algumas pastas. Ela estava distraída, observando os papéis espalhados pela mesa. Enfiei as mãos nos bolsos.Pigarreei alto o suficiente para que ela se assustasse e me olhasse espantada.— Srta. Hamilton, o que está fazendo na minha sala sem minha autorização? — Ela ficou parada, olhando para mim. Seus olhos se fixaram no meu corpo e eu me aproximei, com as mãos enfiadas nos bolsos. — Sabe, você deve ser a pior secretária que eu tive. É distraída, indelicada e curiosa. — Passei por ela, erguendo o queixo. Eu percebi quando engoliu em seco e olhou para os próprios pés.
Eu precisava respirar depois do que acontecera. Minha mente estava a mil, meu corpo estava descontrolado e não conseguia voltar a prestar atenção ao trabalho. Tudo parecia estar rodando, e cada vez que Chase saía de sua sala ou pedia para que eu fosse levar alguma coisa, meu coração parava de bater. Ele me causava aquilo. E eu sabia que estava perdendo de vez o controle, porque pensei em contar a ele que, na verdade, eu sou A. Sentir seu corpo no meu foi como me entregar de bandeja e quando percebi que não teria saída, fiquei desesperada.Agora era questão de tempo até que eu simplesmente cedesse.Às quatro horas, Chase me telefonou pelo interfone.— Srta. H
O sr. Sheppard, Alan Patrick, uma mulher elegante acompanhada de um homem chegaram. Eles andaram na nossa direção e ocuparam a mesa. Logo, o meu assunto com Chase morreu, perpetuando a pergunta do por que e como aconteceu. Eu não conseguia achar uma resposta certa, mas de acordo com o que disse, eu o ajudava de alguma forma. Nossa aproximação era muito confusa, visto que nos últimos dias ele me tratava cordialmente.Depois de me oferecer dinheiro para que eu fosse sua, minha opinião sobre Chase Ward mudara; ele era um babaca por fora e um bom homem por dentro, mas cavar até lá era complicado demais. Eu já havia desistido da ideia de que agradá-lo para manter meu emprego fosse uma boa opção, principalmente por ser tão cansativo. Eu tive que parar de falar com ele pelo chat anônimo, porque percebi que aquela atitude estava tomando mui
A noite com Annelise me encorajou a tentar falar mais uma vez com A. Eu sabia que isso poderia significar alguma coisa para ela, e estava disposto a atirar para todos os lados para obter um sim — nem que fosse para que continuássemos nossa conversa. Nos últimos tempos, acostumei-me com a ideia de que quando chegasse em casa, não estaria sozinho. Na verdade, morar em uma casa grande parece um desperdício quando você não se divide com outra pessoa. E mesmo que A. fosse virtual, eu sabia que do outro lado havia uma linda mulher aborrecida comigo.Respirei profundamente e mandei uma última mensagem.Sr. Bolas Azuis: Se ainda estiver aqui, fale comigo.Nenhuma resposta
Um raio de excitação me atingiu, explodindo região entre minhas pernas. Apertei o meu membro, acariciando-o com o polegar. Aos poucos, sua rigidez vigorosa tomou proporção, e eu ficara duro com apenas algumas palavras.— Continua — recostei no sofá, os ombros tensos demais para aguentar o peso do desejo. A minha respiração entrecortada a fez sorrir. — Por favor.— Não se toque. Ainda não. Só imagine. Pode fazer isso?— Sim.— Eu deslizo a mão por seu pau, ele pulsa, clama por mim, cada vez mais duro. Sinto-o em minha mão quente, e inclino a cabeça, alcançando seu pau com a boca.
Eu poderia dizer que ontem foi o melhor dia da minha vida. Era como se eu tivesse esquecido tudo o que aconteceu até ali, e só lembrasse daquele momento. Meu corpo inteiro vibrava por causa dela, e sentia que havia algo de anormal em mim, visto que eu mal podia respirar. Mais cedo, quando cheguei à agência, desfilei meu melhor sorriso, desejei bom dia às canetas e conversei com o notebook, repassando cada palavra gravada em minha mente. A voz dela era tão doce, saborosa, angelical... enquanto minha mente tentava imaginar uma dona para a voz, meu corpo flutuava entre as nuvens. Eu me sentia atraído por alguém que nem tinha rosto, e a desejava com todas as forças do meu corpo.Depois de responder a alguns e-mails e atender ligações, estava praticamente exausto. Sentado na cadeira, virei-me para as janelas amplas, o vidro permiti
Eu poderia dizer que sim, mas quando encarei seus olhos azuis, engoli em seco. A verdade é que eu estava incomodada comigo mesma. Ele disse aquilo… aquilo que eu o fiz prometer que diria. Merda. Eu o fiz gozar. Eu o dei prazer. E me dei também. Encará-lo agora era tão difícil quanto resistir à vontade de dizer que era eu.— Não — eu disse, voltando a me sentar. Chase suspirou. Ele buscou meus olhos e disse:— Foi uma má ideia, não é? Trazer você aqui. Nem todo mundo se sente confortável com esse tipo de coisa. — Ele disse, esfregando a nuca. — Eu sou um idiota.— Não precisa se desculpar. Eu só… só não me sinto confortável contando às pessoas sobre isso. É algo ín