Serena entrou no lugar com cautela, mas logo viu um homem amarrado a parede, suas roupas sujas de terra e sangue, cabelo loiros bagunçado, barba grande suja, mas os olhos dele.
Aqueles olhos tinham um misto de sentimentos, dor com esperança, frio e um calor sobre ela que fez seu corpo reagir de uma forma diferente de tudo que ela já havia vivido.-Me ajude anjo.Ela saiu de seu transe e se aproximou do rapaz, pegando rapidamente sua garrafinha de água, colocou na boca do estranho, que bebeu com dificuldade.Enquanto fazia esse gesto, ela percebeu que ele estava com febre.- Você precisa sair daqui, espero que não seja um homem mal.- Me ajude anjoFalou mais uma vez o estranho.Serena usando sua faca cortou as cordas, sempre tinha um kit médico para suas caminhadas.Limpou o rosto do homem, ficando ainda mais admirada.Ofereceu um analgésicos e mais água.- Você consegui andar?- Não sei, mas não consigo enxergar.Mesmo assustada, ela ajudou o estranho a se levantar.- Um anjo com cheiro de maracujá, para me acalmar.Serena riu, de onde ele havia tirado essa de anjo.-Vamos a tempestade está próxima, precisamos ir, meu chalé e bem longe.Por sorte o homem conseguia andar guiado por Serena.Não estava fácil ajudar o estranho, mesmo com febre ele caminhava bem e firme, porem sem ver o caminho, acabou caindo algumas, Serena pedia desculpas, não tinha jeito para lidar com a situação.Com a caminhada foram percebendo a melhor forma, o caminho era cheio de obstáculos.Após mais de uma hora andando Serena começou a ficar nervosa, pois ainda não avistava o chalé.Que não estejamos perdidos pensava Serena, olhando assustada a sua volta, vendo o ceu todo escuro, e sentindo a força do vento.- O que está acontecendo? Questionou o estranho que segurava o ombro de sua guia, mesmo sem ela dizer nada ele percebeu que ela ficou mais nervosa.- Não estou vendo o chalé, e a tempestade está perto.- Tenha calma, se Deus me enviou um anjo de maracujá para me tirar daquele lugar, vai mostrar o caminho para o abrigo seguro.Deve ser a febre, ela pensava.
Mas alguns metro de caminhada, começaram os raios e trovões, Serena ficou apavorada, não gostava disso.
- Calma anjo!
Quando sua paciência já havia acabado e ela ia responder viu ao longe o chalé.
-Estamos chegando, falta menos de dois quilometros. falou toda animada.
Porém levou um grande susto quando viu um raio caindo em uma árvore próxima, gritou apavorada.
O homem estranho vendo seu desespero, abraçou seu corpo, passando segurança.
- Calma, precisamos continuar você disse que estamos perto, vamos anjo.
Serena não sabia se era por conta da febre ou algo mais, o corpo dele, passava um calor reconfortante, dando coragem para continuar a caminhada.
Já nos próximos passos, começaram a sentir a chuva tocar o corpo deles, Serena apressou o passo, sendo seguida no mesmo ritmo pelo homem que segurava firme em seu ombro.
A chuva só aumentava, o vento de tão forte fazia o corpo dos dois balançar, outro raio caiu próximo da estrada de saida fazendo uma grande árvore cair.
Serena já não via quase nada, quanto mais perto do chalé, mas a chuva ficava forte, as roupas de ambos já estava toda molhada.
Firmes e molhados chegaram ao chalé, entrando ela logo trancando a porta.
- Precisamos tirar essas roupas molhadas.
Foi tirando o casaco e calço, ficando com um short e camiseta, avisou que iria buscar toalhas.
-Anjo, onde você está, não estou bem, anjo me ajude.
Serena voltou para o quarto sala, encontrando o homem apenas de cueca, se segurando na parede. Ela precisou respirar fundo para manter a atenção.
Foi até o estranho, ajudando o mesmo a chegar até a cama, que por sorte era bem grande.
Serena percebeu que ele estava mais quente e tremendo.
- Nossa sua febre aumentou, vou te dar outro remédio.
- Me ajuda anjo, preciso ver minha mãe mais uma vez, por favor anjo....
O homem falou com um fio de voz.
Rápido a moça buscou um remédio dando para ele. Tudo que podia lembrar sobre como baixar a febre ela foi fazendo, enquanto escutava o barulho da tempestade lá fora.
Depois de mais de uma hora, ela percebeu que a temperatura do homem deitado semi nu na cama havia abaixado.
Ela então foi até a cozinha prepara uma sopa, ela precisava, e sabia que ele também.
Da cozinha ficou observando o homem na cama.
Apesar de abatido, barba grande escondendo seu rosto, testa inchada, cabelos bagunçados, ele era um homem bonito.
Não era o primeiro homem que via semi nú, sempre estava na piscina, vendo os amigos de seus irmãos andando por lá apenas de sunga, homens com musculos trabalhados na academia, já havia ido mais de uma vez com a mãe e as cunhadas nos chamados clubes das mulheres, lá o palco era sempre cheio de homens lindos.
Então por que esse homem, mexia com ela, logo ela, que nunca viu um corpo além da anatomia humana, sem provocar nada em seu sistema.
Serena achava que era diferente de outras mulheres. chegou procurar alguns médicos.Ela nunca sentiu desejo por alguém. Seja homem ou mulher.Mas olhando aquele homem, desde o momento em que o viu pela primeira vez, sentiu algo estranho em seu corpo.Já havia beijado algumas bocas, mas nunca quis realmente beijar ou ser beijada, fazia por que todos faziam, e por não sentir nada nunca fez mais de trocar alguns beijos, chegando assim aos vinte e três anos ainda virgem.Porém aquela boca que lhe chamava de anjo, essa ela queria provar, aquele corpo de mais de um metro e noventa, com certeza ela queria tocar, beijar. A mão no seu ombro ela queria sentir passeando por todo seu corpo.Não podia acreditar, logo ela.Algumas lembranças traumáticas começaram a aparecer em sua mente.Lembrança on"Você precisa beijar o RÔmulo, o aluno novo. dizia o tempo todo sua prima Fabricy. Todos de nossa turma já beijaram, menos você. As outras meninas estam falando que tenho uma prima geladeira. Serena se
Apesar de tudo de novo que aquele estranho lhe causava, ela sabia que precisava colocar a cabeça no lugar, ele ainda precisava de ajuda, e um homem daquele com certeza era comprometido, e se não tivesse um relacionamento sério, seria daqueles que tem várias mulheres maravilhosas para ir com ele para cama.Mulheres maravilhosas, esse pensamento doeu no peito de Serena, pois ele era lindo, certamente gostava de mulheres como as grandes modelos e atrizes, altas, loiras, perfeitas em tudo, ela se achava uma moça comum, sem nada que chamasse atenção, por isso nem procurava andar com roupas provocantes, optando sempre pelo conforte e básico.Quando voltou ele estava sentado na cama, com as costas na cabiceira da cama, o cobertor cobria apenas de sua cintura para baixo, assim seu abnomem e barriga bem definidos estava expostos fazendo a moça engolir seco, e um formigamento se apoderar de seu corpo.Os olhos dele, de um azul cor do céu, eram frios, estavam fixos em um ponto, ela se perdeu naq
Quando sentiu que estava sozinho no banheiro, Liam tirou sua cueca e ligou o chuveiro, deixando que a água gelada acalmasse o tesão que estava sentindo por uma mulher que nem conseguia ver, mas que desde o momento em que ela o resgatou ele senti necessidade de estar perto.Ele estava confuso, as dúvidas eram muitas em sua cabeça, a principal, como saiu de um cruzeiro na áfrica do Sul e parou em uma parte distante da Dinamarca.Tentou lembrar de algo, e em sua cabeça apenas recordou de uma jantar.LEMBRAÇAS ONO cruzeiro estava em seu terceiro dia, ele acomponhou sua mãe Lisandra, pois agora eram apenas eles, seu pai havia morrido a dois anos atrás em um acidente de carro, seus irmãos mais velho Leon e Luan, gêmeos identicos faleceram um ano após a morte do pai, roubo seguido de morte, nunca acharam os ladrões assassinos.Sua mãe mantia sua força apoiado nele, seu caçula, que muito cedo começou a seguir o exemplo do pai nos negócios de família. Por esse motivo estava nesse cruzeiro, j
Liam saiu do banheiro com dificuldade, sua nova realidade, estar cego, limitava seus passos, porém como alguém que sempre foi determinado, ele não se deixou abater, se sua nova condição era ser cego ele iria se adaptar.Sentindo o cheiro da sopa ele foi colocando sua mão a frente do corpo e caminhou um passo de cada vez, em silêncio, até que foi percebido por Serena.-Você deve estar com fome, espero que goste da sopa que fiz.Ela foi falando enquanto foi a seu encontro ajudando a chegar a pequen mesa.-Eu quero tentar fazer isso sozinho, se irei ficar cego para sempre preciso aprender a me virar sozinho.-Acho isso importante, mas vamos com calma, as primeiras colheradas você vai ter que aceitar que eu lhe ajude.Dessa forma, a moça se posicionou atrás dele, guiando sua mão para conhecer o ambiente onde estava, mostrando onde estava os pães, a colher, o prato, guardanapo.-A sopa que preparei tem carne bovina, cenoura, mandioquinha e cheiro verde.-Obrigado por me ajudar meu anjo.A
Serena acordou, mas ficou quieta, observando a figura ao seu lado. Ele parecia tranquilo, ela ficou olhando cada detalhe de seu rosto, sobrancelhas grossas, rosto firme másculo, e a boca, ela chegou a salivar imaginando como deveria ser bom provar essa boca. — Se você continuar-me olhando assim vou esquecer que sou uma cavalheiro Serena. A moça ficou assustada, ele estava cego e ainda de olhos fechados, como iria saber se ela estava olhando para ele. — Não estou olhando nada... Ela fez disse sem muita firmeza, fazendo com que o rapaz gargalhasse com alegria. — Bom dia meu anjo. Acho que nunca dormi tão bem. E você pode olhar o quanto quiser e o que quiser em mim. Falou de modo provocador a última parte. Serena ficou corada no mesmo momento. Nunca ninguém havia falado com ela daquela forma. — Vou fazer o nosso café. — Você poderia me arrumar um cabo para poder andar pelo ambiente. — Vou pegar o cabo da vassoura. Ela tirou a vassoura do cabo, entregando o cabo para ele, falou
Liam nunca havia pensado na morte do seu pai e irmãos, como algo ligado, na época da morte do pai toda a família fez terapia, onde entenderam que não deveriam ficar procurando culpados ou motivos para a morte, isso só traria mais dor, assim, nunca foi feita uma investigação mais profunda, a perecia colocou a morte como falha nos freios do carro, sem mais nem uma explicação. Na morte dos irmãos foi um motorista bêbado que fugiu do local, segundo testemunhas. Agora o seu sequestro? Foi quando ele lembrou das palavras do sequestrador, falando em herança, família. Ele pensava em tudo isso com o rosto sério, fazendo com que Serena ficasse preocupada. — Liam, tudo bem com você? Não quis preocupa-lo. — Não preocupou meu anjo. Mas sim viu a situação de fora, isso as vezes e bom para esclarecer algumas coisas. -Como assim? — Na morte do meu pai, não aconteceu investigação mais profunda, problema mecânico e pronto. Nunca imaginamos que poderia ter sido propositado. O meu pai era uma pes
Serena ficou preocupada com a afirmação de Liam, mas disfarçou pedindo licença para organizar a cozinha. Por um momento as palavras foram varridas do chalé, apenas o barulho da chuva forte lá fora era ouvido, fazendo lembrar que estavam isolados naquele lugar. Cada um preso nos seus pensamentos. Liam, lembrou da sua mãe, mulher que ele admirava é muito, o amor da sua mãe e o seu pai era inspiração para ele, amava ouvir ela contar como os dois se encontraram. A sua mãe era formada em economia, mas ao contrário dos seus irmãos resolveu fazer o seu estágio e tentar trabalhar numa empresa de segurança tecnologica, conseguiu o estágio trabalhando diretamente com o diretor, um senhor simpático que logo apresentou a moça para sua esposa, dizendo que era a futura nora deles. O filho do empresário estava numa viagem de negócios que levou mais de dois meses. A sua mãe conhecia esse filho do casal apenas pelas fotos que viu no escritório, a esposa do empresário começou a conviver com ela como
Serena ficou olhando para o rapaz que sorria para ela, ela lembrou das palavras da sua mãe. "Você não se entregou a ninguém ainda por que não achou o cara certo, quando isso acontecer, o seu corpo vai falar por você." Sorriu também lembrando dos conselhos do pai. "Quando achar o cara que te der t***o, você trate de t****r com ele, sem nem um pudor, pode ser um desconhecido na balada, vai lá e deixa o t***o falar mais alto, sem pensar no amanhã. Claro se o cara for bom e fazer-te g***r gostoso pode repetir." Sem pensar no amanhã, porque ali na sua frente estava o primeiro homem com que ela pensou em beijar e t****r. Com isso na cabeça ela foi se aproximando do rapaz, que não podia ver os seus movimentos, mas sentia a sua presença mais perto, então ele sentiu os lábios dela tocar os seus, de forma calma e tímida. Um calor surgiu no corpo do rapaz, que com calma levou a sua mão até a nuca da moça, aprofundando o beijo, a outra mão ele provocou o corpo dela, apertando a sua cintura, pu