Não posso ter juizo! Pensava Serena olhando o tempo chuvoso, atrás das janelas do chalé que havia alugado, em uma região quase deserta da Dinamarca, ela queria sucego, mas também queria conhecer a redondeza.
Diziam que por perto tinha várias ruinas de castelos abandonados, ela como arquiteta queria muito conhecer algum, porém, já ião três dias de suas férias apenas lendo livros antigos que encontrou no lugar, pois chovia lá fora, e o lugar não tinha internet, televisão, rádio, sinal de celular, nada, isolado como ela havia pedido.
Mas quando ia dando três da tarde o sol resolveu aparecer lindo, convidando para passear.
Ela colocou uma roupa para se proteger do frio, botas para enfrentar a lama, preparou uma mochila, pronta para uma longa caminhada, estava animada por sair um pouco do chalé.
Saiu andando, tendo como localização apenas uma pequena bússola.
Depois de uma hora de caminhada, avistou as ruinas de um antigo castelo.
Um sorriso surgiu no rosto de Serena, os passos ficaram até mais rápido, pronta para desvendar o local, porém um tiro fez com que congelasse no lugar, escutou gritos e ridas ao mesmo tempo.
O senso de sobrevivência gritou em sua cabeça, ela acabou se escondendo atrás de uma parede quebrada, onde pode ouvir:
-Cara você é louco, acaba de matar o médico. Agora o riquinho vai morrer, não vamos receber o valor do resgate? questionava um homem alto, que serena não conseguia ver o rosto.
-Larga de ser frouxo Laerte, você sabe que esse riquinho vale mais morto que vivo pra gente. A função do médico aqui era cuidar dos ferrimentos do Pablo, mas não tinha que ficar fazendo pergunta e ainda tentou soltar o riquinho.
-Realmente, mas acho que o riquinho precisa de ajuda, já tem dez dias que está aqui e ainda não voltou a enxergar ainda.
-Isso não tem nada haver com a gente, foi o povo dele que deu o veneno para ele, se vai deixar ele cego, não e comigo, até por que acredito que aquele povo não quer vivo.
Um barulho de chiado e ambos andaram para perto de uma van estacionada próxima, era uma rádio comunicador.
-Dimitri na escuta. Câmbio!
-Aqui e Leon, novas ordem para vocês, câmbio.
-Pode falar Leon, câmbio.
-Confirme se o pacote está realmente amarrado, abandonem ai e voltem com urgência. Peguem suas coisas no hotel o dinheiro já está na conta, também conseguimos o valor do resgate, ganho nas duas pontas. Mas como para não devolver o pacote recebemos mais, vamos deixa-lo ai. Saiam o quanto antes, em menos de duas horas vai passar um tempestade nessa região, previsão de temperaturas a baixo de zero, esse mala vai morrer ai, nunca irão encontra-lo, e com isso a nós também não, câmbio.
Os dois homem do lado do carro riram muito com a informação.
-Copiado Leon, vamos sair já, deixando a sujeira para trás, o riquinho vai virar picolé, kkkk, câmbio desligo.
-Vamos pegar o Pablo e sumir desse lugar deserto.
Logo Serena viu os dois homens trazendo um terceiro que parecia desacordado, colocando o mesmo na parte de trás da van.
Voltaram ela ouviu:
-Boas notícias mimado, você não vai mais comer a comida do Laerte, sua família pagou o resgate.
-A má notícia e que sua família também pagou para não devolvermos você, na verdade essa parte da família pagou bem mais, por isso você vai ficar aqui, nessas ruinas e vai morrer congelado, pois ninguém vira te ajudar, e como você tem tanta sorte está previsto mais tempestade e frio para esse in**** de lugar.
Mais gargalhadas eram ouvidas, Serena, se mantinha escondida e em total silêncio. Ouviu o barulho que pode perceber era de alguém apanhando.
-Isso foi por tentar fugir e fazer o Pablo se machucar. Ele esta bem amarrado Laerte.
-Sim, daqui só se um anjo vier te desamarrar riquinho.
Outras risadas, mas dessa vez já saindo de dentro da construção.
Os homem sairam, entrando no carro e indo embora.
Serena esperou que eles estivessem longe para decidir se entrava ou não na cosntrução.
-Pensa mulher, e se ainda houver alguém ai dentro? E se a pessoa sequestrada for uma criança? Mesmo sendo um adulto já a tempestade vai começar. E agora? Falaram que a pessoa está cega. Pensa Serena, o que você vai fazer?
Serena ficou com essas e outras perguntas em sua cabeça, mas quando o vento começou a ficar mais forte ela resolveu arriscar.
Tirando de sua mochila uma faca, estilo de caçador e foi entrando com muita atenção, olhando em tudo e tentando ouvir alguém.
Quando passou por uma das portas, precisou segurar seu grito, quando viu um homem vestido de branco caido no chão.
Ela chegou perto e viu um tiro na cabeça do homem, ele estava morto, foi quando lembrou da conversa dos homem.
Assim deixando o médico morto para trás ela continuou seus passos, atenta, foi quando ouviu gemidos de dor.
-Me ajude Deus! Se você exite deixe que consiga abraçar minha mãe mais uma vez.
Essas palavras deram coragem para que Serena entrasse no ultimo cómodo.
Serena entrou no lugar com cautela, mas logo viu um homem amarrado a parede, suas roupas sujas de terra e sangue, cabelo loiros bagunçado, barba grande suja, mas os olhos dele.Aqueles olhos tinham um misto de sentimentos, dor com esperança, frio e um calor sobre ela que fez seu corpo reagir de uma forma diferente de tudo que ela já havia vivido.-Me ajude anjo.Ela saiu de seu transe e se aproximou do rapaz, pegando rapidamente sua garrafinha de água, colocou na boca do estranho, que bebeu com dificuldade.Enquanto fazia esse gesto, ela percebeu que ele estava com febre.- Você precisa sair daqui, espero que não seja um homem mal.- Me ajude anjoFalou mais uma vez o estranho.Serena usando sua faca cortou as cordas, sempre tinha um kit médico para suas caminhadas.Limpou o rosto do homem, ficando ainda mais admirada.Ofereceu um analgésicos e mais água.- Você consegui andar?- Não sei, mas não consigo enxergar.Mesmo assustada, ela ajudou o estranho a se levantar.- Um anjo com che
Serena achava que era diferente de outras mulheres. chegou procurar alguns médicos.Ela nunca sentiu desejo por alguém. Seja homem ou mulher.Mas olhando aquele homem, desde o momento em que o viu pela primeira vez, sentiu algo estranho em seu corpo.Já havia beijado algumas bocas, mas nunca quis realmente beijar ou ser beijada, fazia por que todos faziam, e por não sentir nada nunca fez mais de trocar alguns beijos, chegando assim aos vinte e três anos ainda virgem.Porém aquela boca que lhe chamava de anjo, essa ela queria provar, aquele corpo de mais de um metro e noventa, com certeza ela queria tocar, beijar. A mão no seu ombro ela queria sentir passeando por todo seu corpo.Não podia acreditar, logo ela.Algumas lembranças traumáticas começaram a aparecer em sua mente.Lembrança on"Você precisa beijar o RÔmulo, o aluno novo. dizia o tempo todo sua prima Fabricy. Todos de nossa turma já beijaram, menos você. As outras meninas estam falando que tenho uma prima geladeira. Serena se
Apesar de tudo de novo que aquele estranho lhe causava, ela sabia que precisava colocar a cabeça no lugar, ele ainda precisava de ajuda, e um homem daquele com certeza era comprometido, e se não tivesse um relacionamento sério, seria daqueles que tem várias mulheres maravilhosas para ir com ele para cama.Mulheres maravilhosas, esse pensamento doeu no peito de Serena, pois ele era lindo, certamente gostava de mulheres como as grandes modelos e atrizes, altas, loiras, perfeitas em tudo, ela se achava uma moça comum, sem nada que chamasse atenção, por isso nem procurava andar com roupas provocantes, optando sempre pelo conforte e básico.Quando voltou ele estava sentado na cama, com as costas na cabiceira da cama, o cobertor cobria apenas de sua cintura para baixo, assim seu abnomem e barriga bem definidos estava expostos fazendo a moça engolir seco, e um formigamento se apoderar de seu corpo.Os olhos dele, de um azul cor do céu, eram frios, estavam fixos em um ponto, ela se perdeu naq
Quando sentiu que estava sozinho no banheiro, Liam tirou sua cueca e ligou o chuveiro, deixando que a água gelada acalmasse o tesão que estava sentindo por uma mulher que nem conseguia ver, mas que desde o momento em que ela o resgatou ele senti necessidade de estar perto.Ele estava confuso, as dúvidas eram muitas em sua cabeça, a principal, como saiu de um cruzeiro na áfrica do Sul e parou em uma parte distante da Dinamarca.Tentou lembrar de algo, e em sua cabeça apenas recordou de uma jantar.LEMBRAÇAS ONO cruzeiro estava em seu terceiro dia, ele acomponhou sua mãe Lisandra, pois agora eram apenas eles, seu pai havia morrido a dois anos atrás em um acidente de carro, seus irmãos mais velho Leon e Luan, gêmeos identicos faleceram um ano após a morte do pai, roubo seguido de morte, nunca acharam os ladrões assassinos.Sua mãe mantia sua força apoiado nele, seu caçula, que muito cedo começou a seguir o exemplo do pai nos negócios de família. Por esse motivo estava nesse cruzeiro, j
Liam saiu do banheiro com dificuldade, sua nova realidade, estar cego, limitava seus passos, porém como alguém que sempre foi determinado, ele não se deixou abater, se sua nova condição era ser cego ele iria se adaptar.Sentindo o cheiro da sopa ele foi colocando sua mão a frente do corpo e caminhou um passo de cada vez, em silêncio, até que foi percebido por Serena.-Você deve estar com fome, espero que goste da sopa que fiz.Ela foi falando enquanto foi a seu encontro ajudando a chegar a pequen mesa.-Eu quero tentar fazer isso sozinho, se irei ficar cego para sempre preciso aprender a me virar sozinho.-Acho isso importante, mas vamos com calma, as primeiras colheradas você vai ter que aceitar que eu lhe ajude.Dessa forma, a moça se posicionou atrás dele, guiando sua mão para conhecer o ambiente onde estava, mostrando onde estava os pães, a colher, o prato, guardanapo.-A sopa que preparei tem carne bovina, cenoura, mandioquinha e cheiro verde.-Obrigado por me ajudar meu anjo.A
Serena acordou, mas ficou quieta, observando a figura ao seu lado. Ele parecia tranquilo, ela ficou olhando cada detalhe de seu rosto, sobrancelhas grossas, rosto firme másculo, e a boca, ela chegou a salivar imaginando como deveria ser bom provar essa boca. — Se você continuar-me olhando assim vou esquecer que sou uma cavalheiro Serena. A moça ficou assustada, ele estava cego e ainda de olhos fechados, como iria saber se ela estava olhando para ele. — Não estou olhando nada... Ela fez disse sem muita firmeza, fazendo com que o rapaz gargalhasse com alegria. — Bom dia meu anjo. Acho que nunca dormi tão bem. E você pode olhar o quanto quiser e o que quiser em mim. Falou de modo provocador a última parte. Serena ficou corada no mesmo momento. Nunca ninguém havia falado com ela daquela forma. — Vou fazer o nosso café. — Você poderia me arrumar um cabo para poder andar pelo ambiente. — Vou pegar o cabo da vassoura. Ela tirou a vassoura do cabo, entregando o cabo para ele, falou
Liam nunca havia pensado na morte do seu pai e irmãos, como algo ligado, na época da morte do pai toda a família fez terapia, onde entenderam que não deveriam ficar procurando culpados ou motivos para a morte, isso só traria mais dor, assim, nunca foi feita uma investigação mais profunda, a perecia colocou a morte como falha nos freios do carro, sem mais nem uma explicação. Na morte dos irmãos foi um motorista bêbado que fugiu do local, segundo testemunhas. Agora o seu sequestro? Foi quando ele lembrou das palavras do sequestrador, falando em herança, família. Ele pensava em tudo isso com o rosto sério, fazendo com que Serena ficasse preocupada. — Liam, tudo bem com você? Não quis preocupa-lo. — Não preocupou meu anjo. Mas sim viu a situação de fora, isso as vezes e bom para esclarecer algumas coisas. -Como assim? — Na morte do meu pai, não aconteceu investigação mais profunda, problema mecânico e pronto. Nunca imaginamos que poderia ter sido propositado. O meu pai era uma pes
Serena ficou preocupada com a afirmação de Liam, mas disfarçou pedindo licença para organizar a cozinha. Por um momento as palavras foram varridas do chalé, apenas o barulho da chuva forte lá fora era ouvido, fazendo lembrar que estavam isolados naquele lugar. Cada um preso nos seus pensamentos. Liam, lembrou da sua mãe, mulher que ele admirava é muito, o amor da sua mãe e o seu pai era inspiração para ele, amava ouvir ela contar como os dois se encontraram. A sua mãe era formada em economia, mas ao contrário dos seus irmãos resolveu fazer o seu estágio e tentar trabalhar numa empresa de segurança tecnologica, conseguiu o estágio trabalhando diretamente com o diretor, um senhor simpático que logo apresentou a moça para sua esposa, dizendo que era a futura nora deles. O filho do empresário estava numa viagem de negócios que levou mais de dois meses. A sua mãe conhecia esse filho do casal apenas pelas fotos que viu no escritório, a esposa do empresário começou a conviver com ela como