VALESKA SUHAIAo passar pelas portas giratórias do hotel fui agraciada com a visão do Dylan encostado em seu carro, lindo de morrer, em um terno cinza, camisa branca e gravata rosa, uma perdição, não me canso de admirar sua beleza e seu jeito CEO de ser, o verdadeiro homem com H. Julguei ser melhor não o questionar sobre o seu sumiço, queria aproveitar ao máximo a nossa noite, depois tocaria no assunto. Meu marido abriu um enorme sorriso e veio ao meu encontro, beijou meus lábios e me conduziu para o carro. O motorista abriu a porta para que eu entrasse, Dylan entrou em seguida. O sorriso permanecia em seu belo rosto, ele perguntou como foi o meu dia, beijava meu rosto, meu pescoço, estava difícil de conversar com ele me beijando daquele jeito, em vários momentos em vez de sair palavras, saiam gemidos que eu tentava sufocar por conta do motorista.Andamos por volta de uns vinte minutos e chegamos a um edifício muito bonito, todo espelhado, ali mesmo, na Barra, o qual parecia ser um ho
VALESKA PARKERCristian chegou com Catatarine trazendo alegria para o nosso lar, fiquei muito feliz em vê-lo, Dylan então, sorria à-toa ao lado do seu irmão e confidente. Sol ficou radiante ao ver seu filho caçula que a trata com todo carinho do mundo. Cristian e Cat foram para suíte dele matar as saudades enquanto eu organizava os últimos detalhes da nossa resenha.— Val.— O que foi amor?— Sobe aqui, preciso falar com você. Dylan gritou do topo da escada.— Sol, já terminamos aqui vai para o seu quarto descansar, vou aproveitar e fazer o mesmo, marcamos para às dez horas, ainda temos muito tempo.— Está bom, minha menina, vou pedir ao porteiro para me avisar quando os funcionários do buffet chegarem. A beijei e subi.Assim que abri a porta fui surpreendida pelo Dylan que fechou a porta e me empresou nela colocando meus braços acima da minha cabeça, colou sua boca na minha exigindo um beijo cheio de desejo, já era o descanso, o insaciável atacava de novo, nada de reclamar, gosto e
VALESKA PARKER A primeira coisa que fiz quando cheguei no Flat foi desligar o celular, durante todo o trajeto as ligações se alternavam entre minhas amigas e do Dylan que eu simplesmente ignorei, estava muito chateada com ele, dizer que eu estava me exibindo para outros homens, foi demais, uma falta de respeito comigo, o mesmo que me chamar de prostituta. Minha vontade é conversar mais uma vez com ele, o perdoar, sei o quanto ele é ciumento e possessivo, porém, dessa vez ele foi longe demais me constrangeu na frente das pessoas. Um homem alto e forte como ele, com os braços cruzados cuspindo palavras grosseiras mesmo eu sendo carinhosa, foi péssimo, terrível, não queria discutir, ainda mais em público, contudo, foi inevitável. O pior foi perceber que éramos alvo de muitos olhares, mediante a todo triste cenário precisava me afastar, eu não merecia aquilo, muito menos meus amigos. Saí em disparada com ele em meu encalço, mas consegui um táxi antes que ele me alcançasse, seria suicídi
DYLAN PARKEREstou muito puto tive que me segurar na reunião para não quebrar a cara daquele filho da puta que estava cantando minha mulher na minha frente, não podia colocar tudo a perder, havia muito dinheiro em jogo e a vida de muitas famílias, e também se eu tomasse alguma atitude irracional Val não perdoaria. Sai da sala de reuniões com o Cristian e vi o filho da puta perguntando pela Val a minha secretária, quando ia falar poucas e boas para ele Cristian interferiu.— Ficou alguma coisa pendente, senhor Bitencourt?— Não, só queria me despedir da senhora Parker, ela saiu da reunião e não retornou. — Pode deixar que assim que minha esposa retornar digo que mandou lembranças, ele assentiu com a cabeça e foi embora. Entrei na minha sala explodindo de raiva. — De onde a Val conhece esse idiota?— Não sei, depois você pergunta para ela. Você está de parabéns, se comportou muito bem.— Vai pra puta que pariu Cristian, fiz um enorme esforço para não quebrar a cara daquele filho da pu
VALESKA PARKERCom a aproximação do julgamento de Charlotte minha aflição aumentou, sinto que algo nada bom irá acontecer, é uma sensação ruim que se faz cada vez mais presente. Sei que meu esposo, meu cunhado e nossos amigos julgam ser coisa da minha cabeça por conta de tudo que passei nas mãos dela, porém, esse sentimento ferve dentro de mim, do fundo do meu coração desejo que eles estejam certos.Hoje é o dia de fecharmos uma página, o dia do julgamento, orei intensamente pedindo a Deus que Charlotte seja condenada e suma de vez de nossas vidas. Dylan e Cristian estão muito nervosos, por mais que ela não preste é mãe deles, não deve ser nada fácil ter que enfrentar toda essa situação. Charlotte será julgada pelo furto, ameaça, injúria racial, chantagem e estrupo de vulnerável por ter me dopado e exposto a minha nudez. Segundo doutor Marcio Valentim que é o meu advogado, a maioria das penas dará poucos anos de reclusão e como Charlotte não tem antecedentes criminais deve pegar no má
Charlotte Onel ParkerComo odeio a sonsa da Valeska, por sua causa que fui julgada e condenada. Se Dylan não tivesse se apaixonado por essa favelada, minha vida estaria perfeita, nunca que eles iriam descobrir as minhas artimanhas. Não passa um dia em que eu planeje me vingar daquela negra imunda, a odeio com todas as minhas forças.Tudo que fiz para a prejudicar e separar ela do meu filho, foi nada em comparação ao desprezo, raiva e asco que tenho por esse ser, infelizmente não consegui fazer Dylan ficar longe dela, realmente não sei o que aquele idiota viu nessa coisinha sem sal. Para piorar ele a fez de sua esposa, é inacreditável como ele está cego.Se meus queridos filhos acham que vai ficar por isso mesmo tudo o que eles me fizeram passar, estão completamente enganados, passei dois anos me fingindo de morta para planejar cada detalhe da minha vingança. A primeira que vou atingir vai ser a favelada, com isso me vingo dela e do Dylan, ao mesmo tempo, desta vez vou atingir o seu po
DYLAN PARKERFiquei consternado, a notícia sobre a fuga de Charlotte me paralisou, o barulho de algo caindo no chão e Cristian correndo em minha direção, me tiraram do meu estado, olhei pra trás e vi que a Val havia desmaiado, me desesperei, a coloquei em meus braços e gritei para que Cristian chamasse uma ambulância, havia sangue em sua cabeça, creio que foi devido à queda. O socorro levou quinze minutos para chegar, estava a ponto de leva-la tamanho minha preocupação por ela estar desacordada. Me bateu um desespero. Constantemente Cristian pedia desculpas, entendo que ele foi pego de surpresa como todos nós, nem ele, muito menos eu, poderia imaginar que a Val desmaiaria. Saber que Charlotte está livre nos emite um alerta, ela é perigosa e com certeza se vingar está em seus planos. Mais uma vez minha esposa estava certa, sua intuição nunca falha, a dias que ela não estava bem, previa que algo de ruim estava por vir e infelizmente ela tinha toda razão.Quando chegamos no hospital ime
DYLAN PARKERFicamos sabendo por fontes seguras que Charlotte está no Brasil, Cristian me aconselhou não contar para Val, concordei, ela não ficou bem quando soube de sua fuga, foi parar no hospital, imagine ficar ciente que a mulher que me colocou no mundo está por perto? Com certeza ficaria em pânico, mas não sei como seu corpo reagiria, julguei ser melhor poupa-la e redobrar sua segurança.Contratei uma equipe particular para saber do paradeiro de Charlotte, mesmo com os bens bloqueados ela deve ter um caixa dois que está financiando sua fuga. Robert nos ofereceu ajuda ele é dono de algumas boates e do Clube para Mulheres, conhece muitas pessoas influentes que estarão cuidando da nossa segurança e buscando informações do paradeiro de Charlotte.Passou um mês desde que Charlotte fugiu e não temos nenhuma notícia, tenho evitado tocar no assunto perto da Val, estamos levando a vida normalmente todos os dias, vamos juntos a empresa e no final de semana as meninas sempre inventam alguma