Sula estava sentada na varanda de sua casa, de lá conseguia ver ao longe a luz da casa de Murilo, não era muito perto, mas podia ver entre as árvores, suspirava pensando em como chamaria a atenção dele, mas faltava pouco para fazer dezoito, em sua mente imaginava como seria estar com ele, nunca havia sentido essas coisas, mas queria Murilo e precisava fazer algo antes que Rita o notasse de fato.Sula era uma menina apaixonada, não tinha com quem conversar e suas ideias estava turvada, traçou alguns planos, mas se frustrava quando percebia que não dariam certo, então resolveu ser verdadeira e esperar que a sorte estivesse ao seu favor.Se sentiu desanimada, ouviu um barulho de galhos se quebrando e se assustou, mas seu coração logo se tranquilizou, quando viu a silhueta do homem que se aproximava, conheceria Murilo em qualquer lugar.Murilo:- Oi, sua mãe está?-Ela sorriu e chamou por Amira, ela saiu secando as mãos em um pano de prato, sorriu educadamente.Amira:- O que te trás até aqu
Sophia entrou na cozinha cantarolando, sua mente ainda vagava para as cenas vividas no dia anterior.Sophia:- Bom dia meninas, como estão?Rita:- Estou bem, e você parece bastante animada.Sophia:- Dormi bem e acordei assim, animada-Ela ficou vermelha e Rita riu imaginando que essa animação tinha a ver com Luiz.Sophia:-Tudo bem Sula?-Sula era sempre a primeira a responder, sempre uma presença marcante e alegre, mas hoje estava quieta, e amoada.Sula:- Só um pouco de dor de cabeça-Nesse momento bateram na porta da cozinha, uma porta de tela era somente a que estava fechada, para que a ventilação fosse suficiente, Murilo estava parado na porta, aguardava autorização para entrar, Rita percebeu que Sula ficou tensa, seus olhos cheios de águaRita:- O que você quer?Murilo:- Só trouxe alguns pratos deixados no galpão pelos homens ontem.Rita abriu a porta e pegou os pratos depois a fechou, Murilo sorriu achando que essa irritação era uma forma de interesse.Amira:- Vamos terminar o trabal
Luiz arregalou os olhos, caminhou na direção de Sophia, ela olhava para Mary, ali estava a loira peituda de seus sonhos, que agora pareciam pesadelos.Luiz:-Sophia, não pense nada erradoSophia:- Não estou pensando nada, ela apertava as caixas em suas mãos.Mary olhou Sophia dos pés a cabeça, achou a menina bastante sem graça, nada de maquiagem e sem joias, quem seria ela? Mary ajustou a postura e estendeu a mão a Sophia, pensando ser algum parente distante de Luiz.Mary:- Senhorita, sou Mary secretaria do escritório-Luiz se colocou na frente bloqueando Sophia, mas ela segurou a cintura dele e se colocou a sua frente, apertou a mão de Mary com firmezaSophia:- Prazer Senhorita Mary, sou ...-Ela vacilou sem saber o que dizer, o que ela era para Luiz?-Amiga do senhor Wood-Mary deu um sorriso brilhanteLuiz:- Saia- A voz dele a assustou e ela saiu sem olhar para trásSophia colocou as caixas sobre a mesa dele, apertava as mãos nervosamenteLuiz:- Mary é uma mulher muito sem noção, e não
Sophia acabou rindo assim como Luiz que gargalhava.Rita:- Qual a graça?Luiz:- Rita, você não existe- Até ela acabou rindo.Rita:- Sophia é muito boa, às vezes alguém precisa falar por ela-Sophia revirou os olhos.Sophia:-Obrigada Rita, mas não sou tão frágil assim-Rita parou e se virou para ela.Rita:-Sophia, você é a criatura mais doce e frágil que já conheci na vida-Sophia sorriu, mas aquilo fez com que ela pensasse, precisava se fortalecer, ou sempre seria a menina que precisava ser salva, queria lutar suas próprias batalhas.Luiz conduziu Sophia ao seu carro, deixando Rita e Murilo para trás, antes de dar partida no carro viu Tobias chegando ao prédioLuiz:- Só um minuto-Disse a Sophia, desceu e foram atras de Tobias, estranhou, pois ele estava parado nas escadas olhando para um ponto fixo, Luiz seguiu o olhar dele, apertou a testa prevendo a confusão, Tobias olhava para Rita, ela estava entrando no carro, mas assim que fechou a porta olhou para calçada e seu olhar cruzou com o
Sophia respirou fundo, seria uma montanha russa a sua vida ao lado de Luiz, nem mesmo tinha certeza se ficariam juntos para sempre, eram muitas mulheres, começou a pensar se ele, já havia dito que amava alguma delas, estava insegura, mas tentaria fazer com que aquilo desse certo, queria estar ao lado dele, mas não queria se perder no processo, não perderia mais nada em sua vida por ninguém.Repousou a cabeça no peito dele, ouviu seu coração acelerado, fechou os olhos, acreditaria em Luiz, e=isso só mudaria se ele desse motivos, um sorriso se formou.Luiz:- Um doce pelos seus pensamentosSophia:- Depende do doce-Sorria ainda de olhos fechados.Luiz:- Um chocolate pelos seus pensamentos-Sophia era louca por chocolate, então riuSophia:- Pensando o quento vou suportar dessa sua safadeza senhor WoodLuiz:- Minha intenção é ser safado apenas com você-Ela abriu os olhos e encontrou os dele-Sem pressa meu amor, tudo no seu tempo.Sophia se sentiu confortável com a fala dele, mas sabia que Lu
Pela manhã, Amira foi com o motorista fazer as compras de frutas e verduras que agora eram bem maiores, por isso eram feitas em uma fazenda vizinha, colhiam na hora por se tratar de Luiz, e o que faltava iam a um mercadão.Murilo voltava a cavalo, fazia uma ronda sempre depois do almoço, viu Sula sentada embaixo de uma árvore.Murilo:- Tudo bem com você, menina?-Viu quando ela secava as lágrimas.Sula:- Tudo, só pensando na vida.Murilo:- O que te deixou tão triste?-Ele não desceu do cavalo, ela evitou olhar para ele devido aos olhos vermelhos.Sula:-Faço dezoito anos hoje, e ninguém se lembrou-Aquilo foi um choque para ele, achou que Sula era muito mais nova.Murilo:- Com certeza sua mãe está preparando alguma coisa para você, não fique assim.Sula:- Ela saiu para ás comprar, nem sei que hora volta.Murilo:- Vai ficar tudo bem menina-Ele deu a volta com o cavalo e foi para o estábulo.Sula estava triste, perdida em seus pensamentos, sua mãe havia esquecido, quando o pai era vivo, não
Sula está com raiva e totalmente frustrada, mas dá um sorriso quando vê que sua mãe deixou algumas sacolas em sua cama com um bilhete."Parte do seu presente, te amo filha"Sula nunca comprou roupas, usava o que lhe davam, os roupas da sua mãe, tinha vaidade, sim, mesmo dentro do inferno que vivia em sua casa era uma garota com sonhos, muitos deles eram simples, por isso se emocionou quando abriu as sacolas, uma calça jeans, uma camisa branca, um cinto e botas pretas.Tomou banho e se vestiu, era algo simples, mas as botas pretas eram algo que sempre quis ter, secou os cabelos apenas para que não molhasse suas roupas, deixou os cabelos soltou jogados por cima dos ombros, parecia uma peoa, riu para espelho, aplicou um gloss depois da maquiagem leve, que ressaltou sua beleza, saiu animada, quando se lembrou de que Murilo a estava esperando, bateu a porta nervosa.Depois de quase quarenta minutos, Murilo escuta o som da porta batendo, ainda estava do lado de fora do carro, se assustou ao
Luiz:-Que tal uma taça de vinho?-Sofia riu com animação.Sophia:-Só uma, não vai fazer mal-Luiz se levantou e pegou duas taças de vinho para eles, Sophia virou a metade da taça, Luiz havia escolhido um vinho doce, para que ela pudesse degustar.Luiz:-Vai devagar pequena, quanto mais doce mais rápido sobe-Ela sorriuSophia:-Estava com calor, mas vou tomar o restante devagar.-Ficaram sentados olhando a fogueira, Sophia com a cabeça no ombro de Luiz ouvia a viola e a cantoria animada dos homens, com as pernas cruzadas, ela balançava o pé no ritmo dá música, criando um balanço suave em seu corpo.Luiz:-Quer dançar?Sophia:-Não, quero ouvir a música-Ela passou os braços em volta dela, e balançavam juntos, Luiz riu dessa dinâmica, mas balançou com ela.Quem os via sentia a conexão que se formava entre o casal.Luiz:-O que acha de sair para jantar, amanhã-Sophia sempre tinha receio de sair, antes que ela pudesse ter pensamentos ruins, ele completou-Não existe perigo, eu estou monitorando tud