Se não tivesse que ir trabalhar Ulisses ia convidar Paula para passear pela cidade e namorar um pouco e poder passar uma tarde longe de tudo e todos, mas os compromissos eram muitos e ele precisava tomar medidas importante, mas que não ia faltar oportunidade para que esse dia chegasse, agora ele tinha certeza que amava Paula de um jeito que nem ele mesmo sabia como explicar. Lourenço e Angélica estavam em Pânico com a possibilidade de Paula não reconhecer que eles eram seus pais. — E agora o que vamos fazer? — perguntou Angélica. — Não sei, acho que Paula está chegando perto da verdade. — Isso não pode acontecer! — E o que vamos fazer? — perguntou Lourenço. — Não sei, ela parou de tomar os remédios e isso pode estar afetando a mente dela e a qualquer momento ela pode lembrar de tudo e nunca mais ela vai nos perdoar! — Isso não, eu não posso perder a minha filha pela segunda vez! — Disse Angélica. — Não adianta, nós esconder a ver
Lourenço pediu licença para o médico com a desculpa de que precisava conversar com a sua esposa em particular. — Que história é essa de dizer que ela é a nossa filha? — Disse Lourenço, irritado. — Não sabemos quem ela é, o que vamos dizer para os médicos que achamos um corpo jogado na mata quase sem vida, sem saber o que realmente aconteceu, podemos ser acusados de um crime! — Crime? Que crime? — Nós encontramos essa moça entre a vida e a morte, o que fizemos foi salvar a vida dela, nós não podíamos deixar ela morrer. — Sim, foi o que fizemos, mas o que isso pode se relacionar com um crime? — Angélica estava perdendo a paciência com tantas perguntas. — Será possível que você não entendeu que não se pode mexer no corpo sem autorização das autoridades, somente os soldados do corpo de bombeiros é que podem mover um corpo independente se estiver morto ou vivo! — Sim, mas a gente tentou ligar para as autoridades, mas não tivemos sucesso.
SEIS MESES DEPOIS…Após ter ficado seis meses em coma Luana teve uma melhora considerável saindo da UTI passando para um quarto especial que passaria por muitas baterias de exames e raio-x, e foi constatada que não havia mais risco e que os antibióticos fizeram efeito eliminando todos os coágulo de sangue sem a necessidade fazer uma cirurgia que poderia causar a morte, já que ela havia sofrido duas cirurgias para reconstruir o rosto desfigurado pelos graves ferimentos. Foi preciso ficar mais dois meses no hospital para os médicos terem a certeza de que ela não corria risco de vida. Os médicos chamaram Lourenço e Angélica para o consultório médico para dar o prognóstico final, e os cuidados que eles deveriam ter. Já que eles assumiram que eram os pais dela. — Então doutor, como está a nossa filha? — A princípio, o que podemos dizer é que no estado que ela chegou e como ela vai sair, foi um milagre! — O que vai acontecer de agora em diante? — Como assim? — P
Luana com a identidade de Paula estava fazendo maior sucesso na clínica onde trabalhava sem saber que Luana foi médica, embora não sendo em uma clínica particular e sim num hospital público até conhecer Ulisses. Tudo estava indo bem até Rodolfo descobrir que Lourenço escondia um segredo quando escutou as conversas de Angélica e Lourenço no escritório da empresa onde ele trabalhava. Após ser demitido por ser o responsável por criar intrigas entre Paula e Júlio ainda quando estava casada. Lourenço demitiu do cargo de diretor da clínica que foi homem de confiança de Lourenço que não fazia ideia o quanto Rodolfo era mau caráter. Tempos depois Rodolfo queria se vingar de Lourenço, então começou a perseguir em todos os lugares buscando alguma coisa para poder incriminá-lo de algum crime. Estava disposto a tudo para se vingar. Entrando dentro da empresa de Lourenço para tentar encontrar algo que incriminasse Lourenço, quando misteriosamente ouviu a conversa entre ele e Angélica que costumava
O segredo que Lourenço guardava estava levando à loucura. Não queria expor sua família num assunto do qual ele era o responsável por deixar vazar aquela conversa com a sua esposa Angélica. Foi muito imprudente ao comentar um assunto comprometedor onde as paredes têm ouvidos. O mal estava feito e não tinha como voltar atrás. Sofrer com as consequências dos seus atos. Quando chegou em casa, sua suposta filha percebeu que alguma coisa estava errada e ele não tinha saída a não ser criar uma história de que perdeu tudo no jogo de corrida de cavalo, entre outros vícios. Paula sempre foi a primeira a receber seu pai que ela passou acreditar que era. Angélica quando entrou na sala percebeu que havia uma discussão entre pai e filha. — Posso saber o que está acontecendo aqui? — perguntou Angélica. — Mãe! O papai quer que eu me case com Rodolfo! — Como, que é? — É isso mesmo, mamãe.— Angélica ficou calada e nem questionou o marido porque sabia que havia alguma coisa er
Paula de imediato percebeu que Lourenço e Angélica escondiam muita coisa, a primeira coisa que ela percebeu foi a cumplicidade entre o casal, já que estavam brigados por causa da história de Lourenço ter perdido no jogo. E agora estavam de boas, isso despertou suspeitas em Paula quando na verdade ela ainda estava muito magoada com Lourenço. — O que aconteceu papai? — Perguntou Paula olhando diretamente para Lourenço que com olhar estava julgando ele por algo mais grave. E Angélica percebeu que não podia deixar seu marido carregar aquele fardo desde que a encontraram quase morta. Quando Lourenço ia abrir a boca para revelar toda a verdade, Angélica se opôs. — Meu marido, deixe-me eu contar a verdade, você já carrega esse fardo sozinho, está na hora de eu participar dessa missão! — Você tem certeza? — Tenho meu marido, porque não aguento mais segurar esse segredo! — Paula só ficava observando atentamente no que eles queriam falar. — Então o que vocês tem
Paula ficou tonta com a revelação, aquele casal por qual ela tinha um enorme carinho na verdade não eram seus pais, tudo ficou confuso na sua mente, difícil assimilar, não podia julgar pelas atitudes deles, só não encontrava palavras para descrever a emoção que estava sentindo, gratidão por eles terem salvo a vida dela. E adotaram ela como filha mesmo sendo adulta, mesmo para compensar a dor que sentiam pela ausência da verdadeira filha que eles perderam. No momento mais difícil da vida deles foram capazes tomar aquela atitude arriscada em adotar uma estranha que poderia ser uma assassina, sem contar os riscos que correram de serem presos. Sem contar os gastos com as despesas do hospital. Mesmo que tivessem confundido as semelhanças com a filha que eles perderam! Eles estavam sofrendo chantagem por um psicopata, se Paula já odiava Rodolfo passou a odiar ainda mais. Pensando no prejuízo que Lourenço tivera para não expor a sua família, atitude nobre. — Então filha, o que vai fazer
Ulisses ficou espantado com interesse repentino de Neiva em querer falar com Paulo. “O que será que ela estava desconfiando por querer conhecer Paula?”. Pensava ele em silêncio. — Mas eu não vim só falar de Paula, e sim tenho algo importante para falar com vocês. — O que você tem de tão importante para nos falar? — Eu me sentia culpado por não ter ido junto com ela para Vacaria e que na volta resultou naquele trágico acidente, não me conformava com que aconteceu e muitas perguntas ficam martelando na minha cabeça. Luana sabia muito bem dirigir o carro. — O que você está querendo dizer? — Contratei um detetive para investigar e ele continua investigando, e as últimas notícias que ele trouxe me deixaram revoltado! — O que aconteceu de tão grave a ponto de te deixar revoltado? — Perguntou Carlos. — Na verdade, ela não perdeu o controle do carro, e sim ela foi assassinada! — Como assim? — O que você está querendo dizer? — O carro fo