Por um momento Paula se calou sem entender porque aquela palavra confiar em mim despertou interesse em querer saber mais a respeito de Luana. E mais espantada ficou quando ouviu aquele nome Verônica. — Não sei porque tenho a sensação de que já ouvi falar dessa tal Verônica! — Como assim? — Perguntou espantada Maria. — Às vezes tenho um lapso de memória do que já vivi nessa mansão. — Deixando Maria mais intrigada. Quando veio ao encontro delas, Jéssica, que saiu correndo para os braços de Paula que imediatamente retribuiu com o mesmo gesto abraçando forte Jéssica provocando uma emoção estranha em Paula. Que dissera: — Que saudade minha filha! — Filha? — Disse Maria espantada com a cena que ela viu diversas vezes quando Luana abraçava a filha da mesma forma quando voltava de viagem com seu marido, que costumavam viajar muito pela Europa e Estados Unidos e outros países e Maria tomava conta de Jéssica. Até mesmo Paula estranhou que aquela palavra filha tenha saído da sua própria boca
Misteriosamente Paula ficou abalada com a notícia, se perguntando: “Como assim assassinada?”. Sentiu falta de ar sem entender porquê?E Ulisses percebeu que ela estava pálida e pediu para que ela se sentasse e ele foi buscar um copo d'água. Após ela beber água, se sentia melhor. — Aconteceu alguma coisa? — Perguntou Ulisses. — Não sei explicar, de repente quando me disse que sua esposa foi assassinada senti uma dor no peito sem entender porque. — É muito estranho você se sentir assim, é como se ela fosse alguém importante na sua vida? — Na verdade, quando me relatava o que aconteceu com ela eu tive a sensação de que vi toda a cena, o carro descendo a uma ladeira abaixo caindo dentro do rio em uma forte correnteza levando o carro. Eu vi o rosto dela ensanguentado. — E o que mais você viu? — Perguntou ansioso Ulisses. — Eu vejo ela tirando o cinto e com uma mão no volante, está desesperada gritando por socorro. Depois não vejo nada.
Quando ouviu aquela palavra que Ulisses gostaria de casar de verdade, Paula sentiu uma cratera se abrindo abaixo dos seus pés. Justamente ela que não pensava em se casar justamente agora. A convivência com Ulisses mudou radicalmente sua opinião. — Porque está querendo casar comigo? — Querendo ainda não sei se é bem isso! — Agora sou eu que não está entendendo? — Como eu disse: depois que você apareceu na minha vida tudo mudou, não sinto mais aquela solidão que eu sentia antes. Eu me sentia um miserável que perdeu todo sentido da vida. Teve momentos que eu quis me matar, mas aí tinha que pensar na minha filha e nos meus pais e meus sogros que tem em mim como filho. — Seus sogros não colocaram a culpa em você pela morte de sua esposa? — E porque eles fariam isso? — Isso é normal, a maioria dos sogros agem com a emoção por não se conformar com a morte da filha, então jogam frustrações em alguém mais próximo. — Não, eles sempre foram
Paula ficou espantada com a reação de Ulisses quando ouviu aquela palavra “o que?”.E o clima que era de excitação tornou-se em frustração. Ela saiu do escritório entre lágrimas sem entender porque ele agiu daquela forma, ela teve vontade de jogar tudo para o alto e sair daquela mansão maldita. Uma dor no peito, que fez ela sentir falta de ar sem entender porque estava se sentindo tão vulnerável. Arrependida por ter se deixado levar pelos encantos de Ulisses, ela subiu até seu quarto e fechou a porta deitando sobre a cama, não querendo conversar com ninguém, de amor e carinho por Ulisses virou ódio. Ela se deu conta que estava sendo usada por ele para esquecer a falecida esposa Luana. Uma raiva se instalou dentro dela que a única forma de poder extravasar, então começou a socar o travesseiro com toda raiva para descarregar o que sentia, diversos sentimentos se misturavam. Ódio, desejo, paixão, amor e arrependimento. Por ter se deixado levar pelos encantos de Ulisses, não era essa a in
Quem Ulisses estava amando? Paula ou Luana? Ele jurou que não ia mais fazer comparação. É possível duas mulheres serem iguais? Agir da mesma forma na hora de fazer amor? Embora Paula fosse mais ousada com instinto mais selvagem do que Luana, que era mais tímida por ser educada assim pelo conceito da sociedade? Os beijos ardentes eram igual as carícias também. Ulisses preferiu não lembrar mais do passado. A primeira coisa que ele pretendia fazer era pedir ela em casamento e deixar de ser um marido de mentirinha e ser um marido fiel e apaixonado. Agora ele podia dizer que estava livre dos fantasmas do passado. Quando casados com Luana, eles viviam um costume conservador, gostavam de sair em festas sociais, porque como um homem de negócios, Ulisses precisava ter uma postura de um homem sério e conservador. Agora com Paula não estava mais com vontade de viver aquela vida chata de ter que dar satisfação a todos da sociedade que adoram julgar pelas aparências. Com Paula tudo estava sendo d
Após ele estar pronto para ir ao trabalho, algo que Paula fez deixou ele mais confuso quando ela se despediu dando um beijo na língua dele e quando ele virou as costas ela deu uma palmada no bumbum dele, algo que só Luana fazia. E mais uma vez ele teve que segurar a vontade em comentar esse assunto de que só Luana fazia. Foi para ao trabalho feliz e radiante, agora ele tinha certeza que amava Paula de forma mais intensa, embora algumas coisas estavam deixando ele intrigado com que Paula agia igual a Luana e isso estava deixando ele assustado como se o espírito da Luana estivesse possuído o corpo de Paula! Porque duas mulheres não podem agir igual uma da outra com os mesmos gestos, coisa peculiar e bem particular que só Luana fazia quando ele saía para o trabalho em que ela batia no bumbum dele. Uma brincadeira saudável, e isso ele sabia e como Paula poderia saber que Luana fazia? E quando ela passou a camisa sendo que Paula nunca fez antes na vida. E gravata, como ela sabia arrumar b
Se não tivesse que ir trabalhar Ulisses ia convidar Paula para passear pela cidade e namorar um pouco e poder passar uma tarde longe de tudo e todos, mas os compromissos eram muitos e ele precisava tomar medidas importante, mas que não ia faltar oportunidade para que esse dia chegasse, agora ele tinha certeza que amava Paula de um jeito que nem ele mesmo sabia como explicar. Lourenço e Angélica estavam em Pânico com a possibilidade de Paula não reconhecer que eles eram seus pais. — E agora o que vamos fazer? — perguntou Angélica. — Não sei, acho que Paula está chegando perto da verdade. — Isso não pode acontecer! — E o que vamos fazer? — perguntou Lourenço. — Não sei, ela parou de tomar os remédios e isso pode estar afetando a mente dela e a qualquer momento ela pode lembrar de tudo e nunca mais ela vai nos perdoar! — Isso não, eu não posso perder a minha filha pela segunda vez! — Disse Angélica. — Não adianta, nós esconder a ver
Lourenço pediu licença para o médico com a desculpa de que precisava conversar com a sua esposa em particular. — Que história é essa de dizer que ela é a nossa filha? — Disse Lourenço, irritado. — Não sabemos quem ela é, o que vamos dizer para os médicos que achamos um corpo jogado na mata quase sem vida, sem saber o que realmente aconteceu, podemos ser acusados de um crime! — Crime? Que crime? — Nós encontramos essa moça entre a vida e a morte, o que fizemos foi salvar a vida dela, nós não podíamos deixar ela morrer. — Sim, foi o que fizemos, mas o que isso pode se relacionar com um crime? — Angélica estava perdendo a paciência com tantas perguntas. — Será possível que você não entendeu que não se pode mexer no corpo sem autorização das autoridades, somente os soldados do corpo de bombeiros é que podem mover um corpo independente se estiver morto ou vivo! — Sim, mas a gente tentou ligar para as autoridades, mas não tivemos sucesso.