ViolletaAntes mesmo de pôr o corpo totalmente para o lado de fora do carro, sinto uma queimação no peito, e olho para os lados vendo os soldados de Ettore acabando com os russos. Ele grita, se fazendo ouvir por cima do barulho que se instaura: — Gregory, pela esquerda! — Ouço-o dizer antes de atirar num dos russos mascarados. Ettore parece uma máquina de guerra, atirando como um militar nos inimigos, expondo-se sem medo à chuva de balas. Está tão concentrado que mal consegue me ver no meio da rua, paralisada.Sinto a dor de novo, só que mais intensa desta vez. Passo a mão pelas minhas costas onde a dor é mais forte e sinto arder, está molhado e pegajoso. Assustada percebo que é sangue. Levanto os olhos para ele, que desviou-se de seu alvo por apenas milésimos. Quando me viu sua expressão se transformou e nunca o vi correr tão rápido em minha direção.— Ettore, acho que… — Antes mesmo de terminar a frase já estou caindo de lado no colo dele, que me olha espantado ao mesmo tempo que m
VIOLLETA FERRARISEIS DIAS DEPOISMeus cabelos voam ao vento, sinto a brisa da manhã, estou em um campo com flores vermelhas por todos os lados, uma linda visão agradável aos olhos. Sinto uma paz extraordinária, poderia ficar aqui sempre, sem me preocupar com nada, será que estou no paraíso?De repente o céu escurece, as flores murcham, tudo ao meu redor vira trevas, sinto uma dor no peito, me falta o ar e tudo se apaga.— Doutor, batimentos acelerando! — Ouço alguém dizer, mas não consigo abrir meus olhos, sinto um cansaço imenso e caio, mais uma vez, no sono. — Podemos desentubar… Aos poucos vou abrindo meus olhos, com dificuldade por causa da claridade, mas me esforço para abri-los até que consigo. Ouço um barulho de máquinas ligadas, quando percebo onde estou, o barulho fica irregular, mais alto, vejo a porta sendo aberta e Sandra passar por ela. Minha garganta dói e está seca.Chegou até perto da cama, parecia feliz em me ver embora fosse minha confirmação de que ainda estava vi
VIOLLETA FERRARIChegando em casa, Bianca e Pietro estão à minha espera, mesmo sendo tudo tão louco, a recepção deles foi muito gentil e fico aliviada por não ver Ettore ali. Sinal de que ele ainda não havia retornado de sua viagem ao México, segundo o que me contou Sandra.Vamos todos imediatamente para a sala de jantar para almoçar e deixo as conversas alheias fluírem enquanto guardo meu silêncio. Pietro está de frente para mim bem concentrado em sua refeição, então pergunto:— Quando começam as minhas aulas?— Você mal se recuperou e já quer mexer com armas? — Pietro diz, com seu um sorriso espontâneo.— Fiquei seis dias desacordada por não saber como me defender, preciso começar o mais rápido possível.— Você tem razão, vou providenciar para que comece semana que vem, não se preocupe com isso por enquanto. A segurança foi reforçada em toda a casa.Dificultando ainda mais minha fuga. Russos desgraçados.Alegando cansaço, subo para o quarto fechando a porta atrás de mim. Finalmente
VIOLLETA FERRARIUMA SEMANA E MEIA DEPOIS.A cada dia que passa, vou avançando nas aulas com Stefano. Ele continua sendo paciente comigo mesmo que eu erre oito de dez tiros ainda. — Pense num rosto que você odeia e visualize essa pessoa tentando te matar, ajuda bastante a te motivar — recomendou ele e quase sorri com a ironia do conselho. Com Ettore em mente consegui finalmente acertar uma bala no coração do alvo. — Espero que a pessoa que imaginou não seja eu.Pela milésima vez eu pude abrir um sorriso divertido e orgulhoso. Stefano era um bom instrutor e estava se tornando um bom amigo apesar de eu sempre manter um pé atrás com todos ali. Ficava bem com os cabelos loiros amarrados para trás a fim de manter a visão limpa do alvo.Ele é bonito, atencioso e por algumas vezes cheguei a pensar se gostaria de tê-lo como marido numa realidade alternativa. Uma em que eu não ficasse apreensiva apenas por pensar nele chegando em casa e me obrigando a fazer sexo ou ter um filho.— Você não pa
ViolletaTento me manter forte, porém não tenho como não ficar desesperada, só de imaginar o que terei que fazer, meu coração fica apertado. Ettore me olha fixamente, e eu fico sem jeito, pois todos parecem perceber e saber o que acontecerá logo mais. Eles também me olham e eu quero apenas que o chão me engula.— É melhor irmos jantar!Agradeço mentalmente a Sandra, por quebrar o silêncio. Como de costume, Ettore se senta bem na ponta da mesa, e eu me sento ao seu lado por ser sua mulher. Estou me forçando a comer, meu corpo inteiro está tenso e espero que ele não fale comigo enquanto a refeição durar. Será que ele esqueceu daquela ideia idiota?— Então, meu filho, como foi lá?— Nada demais! Balas, falatório, ameaças… — Ele diz indiferente. — Pietro, depois conversaremos no escritório!— Tudo bem! Todos fazem suas refeições animadamente, comemorando mais uma batalha ganha, mais um território conquistado pela família, mais uma vitória da Ndrangheta, e eu continuo apreensiva, pois sei
ViolletaQuando me dou conta já estou me esfregando feito uma louca, em seu colo. Enquanto isso ele desliza suas mãos para dentro de minha calcinha, apertando meu bumbum com força, enquanto beija e chupa meu pescoço.Sinto arrepios por todo o meu corpo, ele me levanta em seus braços, me levando para a cama, me deita com delicadeza, distribuindo beijos por cada parte do meu corpo, quando retorna para cima, olha fixamente para minha boca e me surpreende com um beijo delicado, me levando para fora de órbita. Ele morde meus lábios, e vai deslizando sua língua até chegar em meus seios. Sinto, então sua língua quente molhar meu mamilo, fazendo movimentos circulares, o que me deixa em êxtase enquanto toca cada centímetro do meu corpo sensível. Quando penso que não poderia ficar melhor, ele desce até a parte mais quente do meu corpo, ainda coberta pela calcinha, e é aí que fico fora de mim, pois ele toca com precisão milimétrica minha boceta. Sem pensar, apenas sentindo, agarro firmemente o
Ettore FerrariChego em casa exausto depois daquelas semanas. Por conta de uma guerra por territórios em que os mexicanos pediram nossa ajuda, então fiz esse favor a eles. Até porque eu não poderia negar, eles eram responsáveis pela distribuição da maior parte da minha mercadoria na América do Norte e Central. O cartel mexicano era eficiente quando se tratava de expandir horizontes comerciais, eu não podia perder a oportunidade tanto quanto não poderia perder a chance de acabar com os chineses e influenciar diretamente o sucesso de alguns clãs da Bratva, principalmente o clã Petrov que tentava tomar os cartéis de mim há anos.Durante esse mês em que passei fora não existiu um maldito dia em que não pensasse em Violleta. Tive que me controlar muitas vezes para não ligar, pedindo para falar com ela. Cada vez que lembrava dela, minha vontade era de tomá-la em meus braços, devorá-la, enquanto sacio nossos desejos, pois sei que ela também me deseja, me quer tanto quanto eu a quero. Conheço
Ettore FerrariSaí de casa antes que Violleta acordasse, mas não deixei de admirar seu corpo nu sobre a cama. Pedi à mammà para avisá-la que hoje vamos para a festa do capo, sei que tudo tem seu preço, não sei qual será o dele, mas estou disposto a pagar.Quando estou terminando de assinar alguns papéis vejo a porta sendo aberta e Rebecca passando por ela com Carlota logo atrás.— Desculpe, sr. Ferrari, mas não tive como impedi-la! — Tudo bem, eu resolvo, pode se retirar. Rebecca faz a volta e senta-se em cima da mesa. Vejo pela sua cara que não está de bom humor. Já eu não posso dizer o mesmo, depois da noite maravilhosa que tive com Violleta não poderia ser de outra forma.— Vamos Rebecca, diga logo o que quer, mas já vou adiantando que não estou com tempo!— Pensei que você fosse passar no meu apartamento quando chegasse de viagem! — Ela fala, fazendo bico. Minha paciência com ela, que já não é das maiores, se esvai. Eu mereço mesmo!— Pensou errado. Não sou nada seu para ter alg