LYONEL
O clube estava particularmente agitado esta noite. Eu tinha frequentado quase todos os dias da semana passada e essa esperando encontrá-la, seis dias especificamente sem vê-la, será que ela não se apresenta no clube diariamente porque há algo que a impede? Um namorado talvez, mais que isso e se ela é casada com uma vida paralela a essa, marido e filhos, NÃO. Meu peito agora aperta com esse pensamento, recuso-me a imaginar isso, ela vai ser minha, tem que ser. Meu Deus, como posso desejar tanto uma mulher se só a vi uma vez? Nem a toquei, nem sei se ela notou a minha presença com a multidão de caras babando assistindo ela encenar.
Não me importo, algo nela me afetou, despertou algo adormecido aqui dentro, preciso tê-la e descobrir por que ela não sai da minha cabeça. Apanho meu habitual whiskey duplo, sento-me no meu lugar p
Jess um ano antesNão dormi nada bem noite passada, lógico hoje é o dia da minha estreia no clube. Por mais que Trevor esteja comigo em todos os momentos de preparação, sei que quando chegar a hora terei que abrir a porta vermelha a minha frente e encarar tudo sozinha.Meu coração está acelerado desde que comecei a me arrumar hoje. Não estou preparada para vaias e zombarias, se isso acontecer, não sei o que farei. Trevor me assegurou que estou totalmente pronta, há um ano treino para isso, mas agora agir como uma mulher poderosa e segura de si diante de um clube lotado, na maioria por homens, esperando uma beldade aparecer diante deles, eu não sei se tenho coragem para isso. Minhas pernas fraquejam de nervosismo. E isso de maneira nenhuma deve ser demonstrado perante eles, fraqueza, timidez e ne
Lyonel A semana mais longa e fatídica da minha vida, a mulher que habita meus pensamentos desde aquele beijo devasso me propôs um teste. Uma parte de mim deseja desesperadamente aceitar, mas o macho dominador que eu sou se recusa a fazer a vontade dela. Por mais que aquele corpo curvilíneo me assombre e o gosto de cereja de seus lábios seja inesquecível, não consigo me imaginar sendo controlado por nenhuma mulher, desejo com todas as minhas forças não ser assim, mas faz parte de mim. Entre uma reunião e outra, tento elaborar um plano para me aproximar dela e talvez descobrir onde ela mora, ou tentar o máximo contato para que ela me procure. Depois de muito pensar nisso, decido retornar ao papel de dominante que há tempos não desempenho, vou fazer uma cena naquele lugar, conversarei hoje mesmo com o barman que percebi ser quem decide as coisas por lá. Ainda não descobri como fazer para que Carmen me veja encenar, mas até qu
Acertei com meus escravos exatamente como queria o posicionamento do meu trono, disposto frente a uma distância de cinco metros do palco onde o meu desafiante se exibirá, não quero que ele perca nenhum detalhe de minha interação e nem eu quero perder suas reações a mim. Terminando de me arrumar em minha cabine, resolvi dispensar o sutiã, colei dois niple pasties[1] com enfeites pendurados nos mamilos e puxei para frente meus longos cabelos escondendo-os para que eu os mostre somente na hora que eu achar apropriado, um espartilho preto marcando minha cintura, uma calcinha um pouco menor que o normal, uma bota preta de vinil até as coxas, e minha máscara, uma legítima Domme. Quero que o Sr Dupontt não esqueça disso quando me olhar hoje, desfazer qualquer dúvida que um dia me submeterei a ele, a lembrancinha que lhe darei está comigo, pronta para exercer o papel principal nesse ato. Contemplo minha figura no espelho e aprovo
O famigerado testeCheguei à conclusão que preciso ceder, tomei a decisão de aceitar o teste que ela me propôs. Desde o episódio com a gravata, não voltamos a ter contato. Não por falta de esforço da minha parte, ela simplesmente me ignora, circula, desfila, encena, mas nem uma vez senti seu olhar em minha direção. Eu pensei que depois da minha cena as coisas seriam diferentes, mas a mulher é teimosa.Ela sempre dá a última resposta, foi o que ela fez devolvendo a minha própria gravata daquela maneira criativa, eu admito. Eu só não imaginava gostar tanto dessa ousadia dela. Saí furioso, mas de pau duro até em casa. E aqueles peitos, meu Deus sonhei várias noites com eles. Entretanto quando voltei aqui, ela simplesmente finge que eu não existo. Desprezo é pior que uma negativa. Mas isso que ela faz
O planoJá são duas quintas feiras que vou ao clube especialmente para vê-la, ou ao menos tentar, ela não se apresentou mais depois do meu teste e confesso que estou desapontado.Apenas circula pelo salão desfilando aquela bunda gostosa com os malditos escravos na coleira a tiracolo, ontem a vi sair da sua cabine particular e ir ao bar apanhar duas taças. “Duas” quem mais estava lá dentro? Quem era o escolhido sortudo? Fiquei possesso e não descobri quem era.Jurei que não retornaria, mas é impossível, o gosto dela não sai da minha boca. Sou um abobalhado mesmo em pensar que seria fácil ter essa mulher. Ontem enquanto desfilava pelo salão para chegar até o bar, eu a acompanhava feito um cachorrinho ansiando um afago, uma migalha de pão que fosse. Me desconheci. Meus olhos buscavam todos os seus movimentos,
A cafeteiraLYONELEstou ansioso agora, avisei ao John meu motorista, ainda ontem que iríamos sair mais cedo hoje, falei sobre o trajeto diferente antes de chegar na empresa, ele rapidamente traçou as coordenadas no seu GPS, fico muito satisfeito com a competência dele, primo pela excelência dos meus funcionários e John é meu homem de confiança, acertamos alguns detalhes finais agora pela manhã e saímos.O relógio marca um pouco mais das oito horas e o dia está nublado, porém abafado. Caprichei hoje na minha roupa quero que Carmen tenha uma boa impressão minha na luz do dia, vesti um terno grafite, com gravata da mesma cor e uma camisa azul claro, deixei de lado os tons escuros para não parecer tão intimidador. Preciso que ela aceite sair comigo, não aceito menos que isso hoje.Passei a noite praticamente em claro pe
A CARONA Jess Insisto que não preciso de carona para casa, mas assim que nos levantamos da mesa ouvimos o início de um aguaceiro do lado de fora, maldita hora para uma chuva! Ele me olha com um olhar presunçoso parecendo adivinhar o meu pensamento. — Bem, acho que você terá que voltar atrás e aceitar a minha oferta afinal — Reviro os olhos percebendo o quanto estou encurralada nesse momento, Deus! O senhor podia deixar passar essa, hein! — Ok, uma carona não é ruim, obrigada. Ele abre a porta da cafeteria e aponta para rua. — Aquela SUV preta ali em frente é o nosso carro. Agarra minha mão em um movimento rápido e não consigo deixar de notar como é grande, minha mão some no seu aperto e é tão quente, a sensação faz meu corpo responder. Me arrasta em uma corridinha até o meio fio onde abre a porta traseira do carro e eu entro com ele entrando l
O PasseioNão sei por que estou tão nervosa escolhendo uma roupa para sair com ele, não é nenhum encontro é somente a paga pela carona. Mas que merda! Tô nervosa.Queria uma roupa que disfarçasse meu quadril avantajado e meus seios fartos, mas não encontro nada assim, e com o calor que está fazendo não posso usar um abrigo folgado. E minhas outras roupas, bem, ultimamente andei fazendo algumas mudanças em meu guarda-roupa, vasculhando dentro dele só há decotes ou roupas curtas demais, o que eu faço?Não quero que ele tenha a impressão errada, que estou me jogando louca por ele, concordo que pode ser o mais belo espécime masculino que meus olhos tiveram o prazer de apreciar, mas não quer dizer que vá acontecer nada além de um passeio despretensioso.Porque quando ele perceber que não sou