O lobo de Xavier morreu de manhã cedo. Thea estava acordada. Ela não queria incomodar os trigêmeos, então deitou em seus braços enquanto dormiam, chorando. Sabia que não era Zoe morrendo, mas parecia que era. Perguntou várias vezes se Zoe ainda estava lá.Mesmo ouvindo seu pai gritar todos os crimes hediondos que Xavier cometeu, ela sentiu a necessidade de ir lá confortar ele enquanto ele morria lentamente em agonia. Se perguntou se ele se arrependia de alguma das suas ações. Ele não parecia se arrepender ontem quando a atacou.Ela sabia que ele não poderia conseguir o poder de um Alfa. Ele destruía tudo que tocava. Mas a perda de qualquer vida era triste. A vida era preciosa. Que desperdício.Thea precisava saber por que ele era mau. Sempre foi mau ou se tornou mau? Como as pessoas decidem que querem machucar os outros? Ou elas nascem assim? Ela não queria acreditar nisso. Ela precisava falar com Xavier antes que ele morresse.Alaric acordou primeiro, e ela fez uma cara de corajos
Depois da última aula, Thea e os trigêmeos foram com Garret Knight até sua matilha. Seu pai, Alpha Knight, os encontrou do lado de fora. Ele os escoltou até o estrado, onde Xavier estava sentado amarrado ao poste prateado. Quanto mais Thea se aproximava dele, mais intensa a dor se tornava.Os trigêmeos se afastaram do estrado com os Knights, mantendo eles ocupados enquanto Thea se sentou na frente de Xavier. Os buracos onde seus caninos costumavam estar ainda estavam escorrendo sangue. Nunca iriam sarar. Havia rastros de sangue, seco e fresco, por todo o seu corpo. — Xavier? — Thea disse, reprimindo sua repulsa.Xavier levantou a cabeça e olhou para Thea. Ele estava magro. Tinha olheiras e a pele amarelada. — Veio ver seu trabalho? — Xavier disse e tossiu.— Preciso saber por que você trata as pessoas como se elas não importassem. — Disse Thea.— Sou um Alfa. Pego o que eu quero. — E o que os outros querem não importa? — Thea disse.— Por que importaria? — Sempre pensou a
Quando chegaram de volta a New Dawn, Alpha Ulric chamou Thea e os trigêmeos para seu escritório. Um homem de aparência muito séria da equipe Delta estava lá com ele.— É Liam, certo? — Thea pensou.— Sim. Ele é o chefe da equipe Delta. — Kai pensou para ela.— Você acha que ele está chateado por eu ter usado o Tom de comando Alfa nele por acidente? — Talvez esteja surpreso. Só isso. — Como você está, Thea? — Alpha Ulric disse.— Melhor. Tem sido menos intenso desde que o lobo de Xavier morreu. — Disse Thea.— Contei a Liam sobre o que sua loba disse. — Disse Alpha Ulric. — Liam tem algumas ideais. — Ele se virou para Liam.— Não identificamos ninguém seguindo Thea para ou em Campo Grande no último fim de semana. — Disse Liam. — Não há novos ninhos nas terras da matilha. Parece que a loba dela estava certa sobre a ameaça ter acabado por enquanto. — Parece uma coisa boa. — Disse Conri.— Sim. É só uma questão de tempo até que comece de novo. — Disse Alpha Ulric. — Os Dons das Deusas
— Está bem. — Disse Alpha Ulric. — Terminamos por hoje. Vamos. Os trigêmeos e Thea foram embora.— Quero praticar meu Dom um pouco. — Disse Thea.— Onde você quer fazer isso? — Alaric disse.— Na floresta, eu acho. — Disse Thea.— É, vamos começar por lá. — Disse Zoe na sua mente.— É, na floresta. — Disse Thea.— Está bem, vamos lá. — Disse Kai.Eles foram para a floresta. Thea sentou, limpou sua mente e tentou conectar seus sentimentos com a área ao redor para ver o que conseguia sentir. Ela sentia a Terra, a vida dentro dela, minhocas revirando a terra, insetos rastejando, plantas crescendo, árvores buscando luz do sol e enfiando suas raízes na Terra.Animais se moviam pela floresta, pássaros pousavam nos galhos, esquilos escalavam por toda parte, coelhos pulavam para lá e para cá. A terra estava em harmonia. Tudo estava em paz.Ela sentiu os trigêmeos e os quatro guardas da equipe Delta. Eles também estavam em harmonia com o ambiente. Sentiu mais longe, e havia patrulheiros andan
Eles sentiram o cheiro da excitação dela. Não havia dúvida de que os futuros Alfas sabiam que ela os queria, e isso era proibido.Thea, a filha do Beta, treinava todas as manhãs com os trigêmeos idênticos Alaric, Conri e Kai, os futuros Alfas da alcateia deles, Novo Amanhecer.Naquela manhã, Thea estava prestes a prender Kai quando Conri e Alaric agarraram seus braços por trás e a seguraram firme.— Vamos lá, Kai! — Disse Alaric. — Equilibramos a luta para você.— O que é isso? — Disse Thea. Ela tentou soltar os braços do aperto deles, seu rabo de cavalo de cabelos castanhos balançando de um lado para o outro.— Você não nos sentiu atrás de você? — perguntou Conri.— Eu pensei que vocês estavam observando, não tramando. — Ela continuou a lutar contra o aperto deles. — Não é justo. Os meninos ganham força e músculos quando entram na puberdade. As meninas ganham peitos. São inúteis!Os olhos azuis cristalinos de Kai foram para o peito dela e escureceram. — Eu não acho que peitos
Thea correu para a escola. Ela não podia correr o risco de encontrar os trigêmeos na casa da alcateia. Ela foi ao vestiário feminino para tomar um banho.O que havia de errado com ela? Ela nunca ficou excitada enquanto treinava antes. Ela sempre foi profissional. Ela guardava isso para o seu tempo a sós.Sim, os trigêmeos estavam ficando mais musculosos desde que entraram na puberdade, e agora podiam realmente prendê-la, e sim, ela secretamente gostava disso. O segredo era a palavra-chave. Ela queria que seus futuros Alfas ficassem mais poderosos. Ela também queria que eles estivessem em cima dela. Esse era o verdadeiro motivo pelo qual às vezes eles conseguiam prendê-la. Thea permitia. Eles não deveriam saber nada disso. Ninguém deveria.Ela deveria ser a próxima Beta, a Beta deles. Ela não podia complicar esse relacionamento bajulando-os. Uma Beta não podia estar apaixonada por seus Alfas. Ela nunca conseguiria a posição se agisse como uma cadelinha apaixonada ao redor deles ou se
Ficar naquela escola era constrangedor. Eles tinham todas as aulas juntos, exceto uma, e Thea fez o seu melhor para evitar os trigêmeos o dia todo. Todos podiam perceber que algo estava errado. Normalmente, eles eram inseparáveis. Kai geralmente tinha o braço sobre os ombros dela. Alaric sempre oferecia o braço a ela quando caminhavam porque ela frequentemente não prestava atenção para onde estava indo. Conri segurava a barra da camisa dela para mantê-la por perto. Hoje, ela os ignorou, saiu de cada aula assim que o sinal tocou, não andou com eles a lugar algum e se certificou de que havia bastante espaço entre eles.Thea geralmente era bem-humorada e contente, mas passou o dia abatida. Em vez de almoçar na mesa como de costume, ela foi para a biblioteca para ficar sozinha e pensar.Poderia ela ser culpada por se sentir atraída pelos trigêmeos? Todos os queriam. Eles eram Alfas. Eles exalavam poder e sensualidade: altos, cabelos escuros, olhos azuis cristalinos, rostos lindamente esc
Alaric ainda estava abraçando Thea quando ela acordou.— Está pronta para o treino matinal? — A voz de Alaric, rouca de sono, ressoou pelo corpo dela, acordando-a da maneira mais doce. Ela desejava poder acordar daquela maneira todas as manhãs. Então ela percebeu o que ele disse.— Não quero ir hoje. Não posso. — Ela precisava de um dia de folga. Talvez uma semana. Um ano. O tempo que fosse necessário para entender o que estava acontecendo com ela.— Thea, você pode, e não há motivo para não ir.— Por favor, não me obrigue...— Thea, você vai. Te vejo lá fora em quinze minutos, ok?Ela sabia que tinha que obedecer a ele.— Sim, Alfa.— Ei, não é isso... Eu não quis dizer isso. — Disse Alaric. — Você sabe que pode dizer não para nós, certo? Thea, por favor. Não quero que você sinta que tem que fazer algo que não queira.— Então por que está me obrigando a ir treinar?— Porque você ama treinar. Não vou deixar você jogar isso fora por causa de um mal-entendido. Você não é as