— Está bem. — Disse Alpha Ulric. — Terminamos por hoje. Vamos. Os trigêmeos e Thea foram embora.— Quero praticar meu Dom um pouco. — Disse Thea.— Onde você quer fazer isso? — Alaric disse.— Na floresta, eu acho. — Disse Thea.— É, vamos começar por lá. — Disse Zoe na sua mente.— É, na floresta. — Disse Thea.— Está bem, vamos lá. — Disse Kai.Eles foram para a floresta. Thea sentou, limpou sua mente e tentou conectar seus sentimentos com a área ao redor para ver o que conseguia sentir. Ela sentia a Terra, a vida dentro dela, minhocas revirando a terra, insetos rastejando, plantas crescendo, árvores buscando luz do sol e enfiando suas raízes na Terra.Animais se moviam pela floresta, pássaros pousavam nos galhos, esquilos escalavam por toda parte, coelhos pulavam para lá e para cá. A terra estava em harmonia. Tudo estava em paz.Ela sentiu os trigêmeos e os quatro guardas da equipe Delta. Eles também estavam em harmonia com o ambiente. Sentiu mais longe, e havia patrulheiros andan
Eles sentiram o cheiro da excitação dela. Não havia dúvida de que os futuros Alfas sabiam que ela os queria, e isso era proibido.Thea, a filha do Beta, treinava todas as manhãs com os trigêmeos idênticos Alaric, Conri e Kai, os futuros Alfas da alcateia deles, Novo Amanhecer.Naquela manhã, Thea estava prestes a prender Kai quando Conri e Alaric agarraram seus braços por trás e a seguraram firme.— Vamos lá, Kai! — Disse Alaric. — Equilibramos a luta para você.— O que é isso? — Disse Thea. Ela tentou soltar os braços do aperto deles, seu rabo de cavalo de cabelos castanhos balançando de um lado para o outro.— Você não nos sentiu atrás de você? — perguntou Conri.— Eu pensei que vocês estavam observando, não tramando. — Ela continuou a lutar contra o aperto deles. — Não é justo. Os meninos ganham força e músculos quando entram na puberdade. As meninas ganham peitos. São inúteis!Os olhos azuis cristalinos de Kai foram para o peito dela e escureceram. — Eu não acho que peitos
Thea correu para a escola. Ela não podia correr o risco de encontrar os trigêmeos na casa da alcateia. Ela foi ao vestiário feminino para tomar um banho.O que havia de errado com ela? Ela nunca ficou excitada enquanto treinava antes. Ela sempre foi profissional. Ela guardava isso para o seu tempo a sós.Sim, os trigêmeos estavam ficando mais musculosos desde que entraram na puberdade, e agora podiam realmente prendê-la, e sim, ela secretamente gostava disso. O segredo era a palavra-chave. Ela queria que seus futuros Alfas ficassem mais poderosos. Ela também queria que eles estivessem em cima dela. Esse era o verdadeiro motivo pelo qual às vezes eles conseguiam prendê-la. Thea permitia. Eles não deveriam saber nada disso. Ninguém deveria.Ela deveria ser a próxima Beta, a Beta deles. Ela não podia complicar esse relacionamento bajulando-os. Uma Beta não podia estar apaixonada por seus Alfas. Ela nunca conseguiria a posição se agisse como uma cadelinha apaixonada ao redor deles ou se
Ficar naquela escola era constrangedor. Eles tinham todas as aulas juntos, exceto uma, e Thea fez o seu melhor para evitar os trigêmeos o dia todo. Todos podiam perceber que algo estava errado. Normalmente, eles eram inseparáveis. Kai geralmente tinha o braço sobre os ombros dela. Alaric sempre oferecia o braço a ela quando caminhavam porque ela frequentemente não prestava atenção para onde estava indo. Conri segurava a barra da camisa dela para mantê-la por perto. Hoje, ela os ignorou, saiu de cada aula assim que o sinal tocou, não andou com eles a lugar algum e se certificou de que havia bastante espaço entre eles.Thea geralmente era bem-humorada e contente, mas passou o dia abatida. Em vez de almoçar na mesa como de costume, ela foi para a biblioteca para ficar sozinha e pensar.Poderia ela ser culpada por se sentir atraída pelos trigêmeos? Todos os queriam. Eles eram Alfas. Eles exalavam poder e sensualidade: altos, cabelos escuros, olhos azuis cristalinos, rostos lindamente esc
Alaric ainda estava abraçando Thea quando ela acordou.— Está pronta para o treino matinal? — A voz de Alaric, rouca de sono, ressoou pelo corpo dela, acordando-a da maneira mais doce. Ela desejava poder acordar daquela maneira todas as manhãs. Então ela percebeu o que ele disse.— Não quero ir hoje. Não posso. — Ela precisava de um dia de folga. Talvez uma semana. Um ano. O tempo que fosse necessário para entender o que estava acontecendo com ela.— Thea, você pode, e não há motivo para não ir.— Por favor, não me obrigue...— Thea, você vai. Te vejo lá fora em quinze minutos, ok?Ela sabia que tinha que obedecer a ele.— Sim, Alfa.— Ei, não é isso... Eu não quis dizer isso. — Disse Alaric. — Você sabe que pode dizer não para nós, certo? Thea, por favor. Não quero que você sinta que tem que fazer algo que não queira.— Então por que está me obrigando a ir treinar?— Porque você ama treinar. Não vou deixar você jogar isso fora por causa de um mal-entendido. Você não é as
Os trigêmeos e Thea foram para seus quartos tomar banho e trocar de roupa.Assim que ficou sozinha, Thea surtou. Ela não tinha certeza do que havia acabado de acontecer. Talvez fosse um sonho. Não seria a primeira vez.Os trigêmeos estavam esperando por ela quando ela saiu do quarto. Todos estavam de banho tomado e com roupas limpas. Thea admirou a vista por um momento. A forma como os jeans pendiam de seus quadris. A maneira como as camisetas se esticavam sobre seus peitos largos e musculosos. O jeito como seus rostos idênticos se iluminavam quando a viam. Ela sempre sabia quem era quem, mas para a maioria das pessoas, o cabelo era a única maneira de distingui-los.Com seu longo cabelo recém-penteado, Alaric se inclinou para um beijo rápido. Ela corou, e ele segurou sua mão. Não era um sonho.Conri passou a mão pelos longos cabelos ondulados dele e a beijou também. — Você nunca vai se livrar de nós agora. — Disse ele. Ele colocou a mão em volta do quadril dela, enganchando um de
Depois da escola, os trigêmeos e Thea foram ao campo para liderar o treinamento da alcateia. Eles se dividiram em quatro grupos diferentes e fizeram exercícios. Quando se reuniram novamente para o condicionamento físico, os trigêmeos abraçaram e beijaram Thea, ignorando todos os outros no campo.— Uau. — Disse um dos garotos mais novos. — Isso é uma nova parte do treinamento? Ele puxou sua namorada e a beijou. Outras pessoas começaram a fazer comentários e perguntas: — Eles finalmente estão juntos?— O que isso significa?Kai relutantemente a soltou, mas pegou sua mão. Conri tinha o braço em volta da cintura dela, e Alaric segurava sua outra mão.— Thea é nossa. — Os trigêmeos disseram em uníssono. Ela corou. — E nós somos dela. Quer acrescentar algo? — Eles olharam para ela. Ela balançou a cabeça. Os trigêmeos pararam por um momento e olharam cada pessoa nos olhos, verificando se havia algum desafio ao que acabaram de anunciar. Não houve desafios. Todos estavam felizes p
O treino matinal se transformou em uma sessão de amassos. Eles chegaram ao campo, mas Kai a levou ao chão, e depois disso não fizeram nenhum treinamento. — Poderíamos muito bem ter ficado na cama. — Disse Thea.Outro dia na escola, as pessoas ainda sussurravam. Thea adorava a sensação dos trigêmeos abraçando-a e beijando-a, mas estava aterrorizada com a ideia de que isso não duraria. Ela não queria se deixar apaixonar por eles para depois ser arrancada deles.Depois do sino final, os trigêmeos a cercaram em seu armário e tentaram beijá-la. — Tenho que ir para o ensaio geral do Show de Talentos. — Disse ela, afastando-os. Eles fizeram beicinho. — Vejo vocês mais tarde.Ela saiu correndo antes que pudessem impedi-la.Thea se encontrou com todas as meninas do último ano de sua alcateia. Elas fariam uma performance juntas. Thea sempre se esforçava para fazer amizade e incluir todos em sua alcateia. Ela se certificava de que ninguém se sentisse excluído. Ela sempre dizia: —