Na penumbra suave que acometia a floresta ao entardecer, Santos e Hellen avançavam por um caminho coberto de folhas outonais, o céu acima deles tingido com os últimos toques do pôr do sol. Conversavam com um tom suave, os passos ritmados marcando o compasso de suas palavras. Cada árvore que passavam parecia escutar, as sombras crescendo mais longas e profundas ao redor delas.Santos, com a sabedoria de anos enfrentando adversidades, ouvia Hellen desabafar sobre as pressões e os desafios de sua posição como Suprema Luna. Ele oferecia não só ouvidos, mas conselhos ponderados, tentando guiar a jovem loba através do labirinto emocional que ela enfrentava.“Você e Luke vão encontrar um caminho juntos,” Santos afirmou, a voz robusta e certa contra o crescer dos sons noturnos da floresta. “O amor dele por você é claro e verdadeiro, como a luz da lua em uma noite clara. É só uma questão de tempo e paciência.”Hellen absorvia suas palavras, o coração batendo com uma mistura de esperança e medo
Na pequena cozinha da cabana, a tensão entre Luke e Hellen era palpável. O ar estava pesado com a promessa de algo mais profundo e incontrolável. Quando seus lábios finalmente se encontraram, foi como um estopim que acendeu um fogo ardente. O beijo começou suave, exploratório, mas rapidamente se aprofundou. As línguas deles dançavam uma com a outra, em um ritmo intenso e apaixonado, explorando e reivindicando.Luke pressionou Hellen contra o balcão da pia que estava atrás dela, sua mão segurando firme sua cintura enquanto a outra se enroscava em seus cabelos. Seus corpos se colaram, a pressão entre eles aumentando o desejo. Ele mordiscou o lábio inferior dela, puxando-o levemente, provocando um gemido suave de Hellen que ecoou pelo pequeno espaço.Os dedos de Hellen encontraram o caminho para os cabelos de Luke, puxando-os com força, o que apenas aumentou a intensidade do beijo. Seus corpos estavam quentes, quase febris, cada toque, cada movimento alimentando o desejo crescente entre
Na sede dos vampiros, a tensão era palpável no ar enquanto Edgar enfrentava o conselho. A sala, geralmente reservada para ocasiões solenes, estava repleta de antigos e respeitados membros do conselho vampiro, cada um com séculos de experiência e uma presença intimidadora. As paredes de pedra, adornadas com tapeçarias que retratavam a história vampiresca, pareciam absorver o peso das palavras trocadas ali dentro.Edgar, de pé no centro da sala, com sua postura imponente e olhar determinado, enfrentava o mar de olhares inquisitivos e muitas vezes críticos. Ele sabia que, apesar de sua posição como rei, a aceitação de sua nova companheira não seria um processo simples ou descomplicado. A notícia de que Gloria, uma loba com uma rara condição de cura, tinha se tornado sua companheira de segunda chance e agora rainha dos vampiros, não havia sido recebida com entusiasmo.Os murmúrios entre os mais antigos eram audíveis. "Uma loba," resmungava um deles, o desgosto evidente em sua voz. "E aind
Edgar estava no banheiro, observando Glória com olhos que brilhavam com uma tonalidade vermelha intensa. Ela se movia desajeitadamente, tentando se livrar da roupa, e ele não conseguia desviar o olhar. Cada movimento dela parecia hipnotizá-lo mais, intensificando o desejo ardente que sentia.Ele ligou a torneira da banheira, decidindo que um banho rápido não seria suficiente. A água começou a encher a banheira, criando um ambiente acolhedor e quente. Naquele momento, nem mesmo a imagem de Ravena morta conseguia atormentá-lo; sua mente estava completamente dominada pelo desejo por Glória.Sem desviar o olhar dela, Edgar começou a se despir, cada peça de roupa caindo ao chão com um senso de urgência. Quando estava completamente nu, entrou na banheira, a água quente envolvendo seu corpo. Ele estendeu as mãos em um convite mudo para Glória, que agora também estava nua.Ela hesitou por um momento, seus olhos encontrando os dele, antes de aceitar o convite e entrar na banheira. Edgar se pos
Gloria emergiu do banheiro ainda envolta na nuvem de calor e intimidade que compartilhara com Edgar, mas a atmosfera mudou drasticamente quando ela o encontrou no armário, suas mãos trêmulas vasculhando freneticamente pelas prateleiras agora despidas das roupas de Ravena. Antes que pudesse compreender a situação, Edgar, consumido por uma tempestade de emoções conflitantes, se virou abruptamente, seu rosto uma máscara de dor e fúria.Agarrando-a pelo pescoço, a voz de Edgar era um rosnado rouco, quase inumano, impulsionado pelo desespero e pela perda. “Onde estão as coisas de Ravena? Pela deusa, juro que vou te matar se não me disser agora!” A ameaça era visceral, carregada de um luto não resolvido que o tornava irreconhecível para Gloria.Tremendo sob o aperto de Edgar, Gloria conseguiu murmurar através de lábios trêmulos:“Foi levada para um quarto vazio... por favor...” A realidade da situação a atingiu como um golpe — ela estava nas mãos de alguém que amava profundamente, mas que e
Na escuridão confortante da floresta, Gloria caminhava sem destino, seus pés descalços mal sentindo o toque das folhas caídas e galhos quebrados que marcavam seu caminho solitário. A lua, uma testemunha silenciosa em meio à copa das árvores, lançava um brilho suave que mal tocava sua figura trêmula. Em sua mente, um turbilhão de pensamentos e emoções se chocavam, cada um mais doloroso que o outro.Fisicamente ferida e emocionalmente dilacerada, Gloria sentia a presença de sua loba interior, mas apenas como um eco distante de choramingos e lamentos. A conexão que normalmente compartilhava com sua forma animal parecia tênue, quase inexistente naquele momento de profunda tristeza e isolamento. Ela não tinha forças para se transformar, cada tentativa anterior resultando em uma dor aguda que só ampliava seu sofrimento.Perdida em pensamentos, Gloria mal percebia para onde seus pés a levavam. A rejeição e humilhação que sofrera nas mãos de Edgar a marcaram profundamente, deixando-a sem sabe
Na floresta sombria que cercava o território de Forks, a luz crepuscular mal penetrava o denso emaranhado de árvores, lançando sombras longas e ameaçadoras pelo chão coberto de folhas. Gloria, embora abalada e fisicamente exausta, continuava sua caminhada errante, sem destino, perdida em pensamentos turbulentos e emocionalmente esgotada pela recente confrontação com Edgar. Inadvertidamente, ela se aproximou da fronteira de Forks, percebendo apenas quando viu uma fogueira distante.Seu coração palpitava com uma mistura de medo e adrenalina ao espiar a fogueira por entre a vegetação espessa. Recuando lentamente, ela tentava não fazer barulho, ciente de que qualquer ruído poderia denunciar sua presença. Os sons da floresta, antes um mero fundo sonoro, agora pareciam amplificados, cada estalo e sussurro elevando sua tensão ao máximo.Enquanto isso, na casa dos vampiros, a atmosfera era igualmente carregada. Edgar enfrentava o olhar acusatório de Lucios, cujas palavras cortantes revelavam
Na escuridão da noite, a floresta ao redor da mansão dos vampiros se transformava num palco de sombras e mistérios. Edgar, o rei vampiro, enfrentava uma tempestade interna de emoções enquanto a realização do perigo iminente que assolava Gloria dominava seu ser. As sensações de pânico e urgência não eram suas, mas sim de sua companheira, o que o impulsionava numa corrida contra o tempo. Ele estava tão enredado no conflito emocional causado pelas memórias de Ravena que só agora compreendia que o medo palpável e a ansiedade que sentia vinham através do vínculo místico que compartilhava com Gloria.Edgar soltou um rugido furioso, uma expressão física do caos que rugia em seu interior. O som reverberou pelas paredes do grande hall, capturando a atenção de Lucios, seu fiel amigo e conselheiro. Com os olhos brilhando num tom vermelho sangue, Edgar confrontou Lucios, exigindo saber onde estava Gloria."Onde está Gloria?" A voz de Edgar era um trovão no silêncio tenso que se seguiu.Lucios, pe