Na escuridão da noite, a floresta ao redor da mansão dos vampiros se transformava num palco de sombras e mistérios. Edgar, o rei vampiro, enfrentava uma tempestade interna de emoções enquanto a realização do perigo iminente que assolava Gloria dominava seu ser. As sensações de pânico e urgência não eram suas, mas sim de sua companheira, o que o impulsionava numa corrida contra o tempo. Ele estava tão enredado no conflito emocional causado pelas memórias de Ravena que só agora compreendia que o medo palpável e a ansiedade que sentia vinham através do vínculo místico que compartilhava com Gloria.Edgar soltou um rugido furioso, uma expressão física do caos que rugia em seu interior. O som reverberou pelas paredes do grande hall, capturando a atenção de Lucios, seu fiel amigo e conselheiro. Com os olhos brilhando num tom vermelho sangue, Edgar confrontou Lucios, exigindo saber onde estava Gloria."Onde está Gloria?" A voz de Edgar era um trovão no silêncio tenso que se seguiu.Lucios, pe
Na densa escuridão da floresta, Gloria se encontrava em um estado de terror e desespero absoluto. A brutalidade de seu ataque foi seguida por uma cena quase surreal, onde a crueldade e a fera selvagem se fundiam na figura do líder dos lobos desonestos. Com suas garras ferozes afundadas na carne de Gloria, ele havia marcado não apenas seu corpo, mas também sua alma com o terror. A jovem, ensanguentada e ferida, jazia no chão frio da floresta, a dor dominando cada fibra de seu ser.O líder, transformando-se de volta à sua forma humana, exibia uma aparência repugnante. Seu cabelo estava emaranhado e sujo, grudado ao rosto por suor e sujeira, e seus olhos, que deveriam ser a janela da alma, apenas mostravam um abismo de maldade. Sua risada era baixa e cruel, ecoando sinistramente entre as árvores enquanto se ajoelhava ao lado de Gloria.“Fique quietinha, você vai gostar,” ele sussurrava com uma voz grotesca, cheia de malícia e intenção sombria. As palavras eram como veneno, injetando mais
Na escuridão da floresta, a urgência e o pânico se misturavam no ar. Hellen, após reassumir rapidamente sua forma humana, correu em direção a Gloria, que jazia no chão, envolta em dor e desespero. A cena era desoladora, com a terra sob elas tingida pelo sangue que continuava a fluir da perna ferida de Gloria.Hellen envolveu Gloria em um abraço apertado, tentando oferecer algum conforto. "Vai ficar tudo bem, eu estou aqui," sussurrou ela, enquanto as lágrimas de Gloria molhavam seu ombro.Gloria, com a voz entrecortada por soluços, conseguiu murmurar, "Eu pensei... eu pensei que ia morrer, Hellen."À distância, Edgar observava, paralisado pelo choque e pela culpa que lhe consumiam. Cada grito de Gloria era como uma facada em seu coração, remoendo-o por dentro. "Eu deveria ter estado lá," ele murmurou para si mesmo, sua voz carregada de remorso.Lucios, percebendo a inércia de Edgar, aproximou-se e deu-lhe um empurrão suave. "Edgar, ela precisa de você agora," disse ele, sua voz um mis
Alguns dias depois, na escuridão silenciosa das profundezas da floresta, onde a luz do sol raramente penetrava, uma caverna escondida abrigava uma das mais temidas criaturas de Forks: Severus, o Sacerdote Negro. A caverna estava iluminada por tochas cujas chamas dançavam de forma irregular, lançando sombras grotescas nas paredes rochosas. O ar era denso com o cheiro de sangue e ervas queimadas, uma mistura que parecia impregnar o ambiente com uma sensação de malevolência palpável.Liana, uma jovem loba vermelha de dezoito anos, estava acorrentada a uma rocha no centro da caverna. Seus olhos, outrora cheios de vida, agora refletiam medo e desespero. Seus pais, ambos lobos vermelhos, haviam trazido a família para Forks na esperança de encontrar proteção contra ameaças como Severus. Mas Liana, em um ato de rebeldia juvenil, havia fugido uma noite para voltar à sua cidade natal e reencontrar seu namorado. Ela nunca chegou ao seu destino. Severus a encontrou, atraído pelo poder inato de se
A caverna estava desmoronando ao redor de Liana, mas o destino decidiu que sua chama não se extinguiria tão cedo. Enquanto os escombros caíam, ela conseguiu se proteger em um pequeno espaço entre as rochas que formaram uma espécie de refúgio. Embora ferida e exausta, Liana respirava, o som do colapso da caverna ecoando ao seu redor.Ela estava presa, com o corpo dolorido e a mente atordoada. O tempo passou devagar, e a escuridão absoluta se tornou sua única companhia. Cada batida de seu coração parecia um trovão em meio ao silêncio, e ela sabia que sobreviver dependeria de sua força e resiliência. A chama dentro dela, a mesma que havia frustrado os planos de Severus, continuava a arder, agora mais forte do que nunca.Longe dali, Severus caminhava pela floresta, a mente fervilhando de frustração e uma sombria alegria. Embora seu esconderijo estivesse perdido e seu ritual interrompido, ele sabia que estava mais perto de alcançar seu objetivo do que jamais estivera. Ele tinha um novo pla
Em Forks, a manhã estava coberta por uma névoa fina que parecia nunca se dissipar completamente. Lucios, um vampiro de porte elegante e semblante eternamente jovem, caminhava com passos precisos em direção à casa de Glória. Ele sentia uma crescente irritação que parecia se intensificar a cada dia. Desde que Glória se recusara a ver Edgar, o rei vampiro, Lucios fora designado como mensageiro, uma tarefa que ele considerava abaixo de sua dignidade."Outro dia, outra visita inútil," murmurou Lucios para si mesmo, ajustando o casaco impecável enquanto caminhava. Ele estava agitado, um nervosismo incomum correndo por suas veias mortas. Algo na floresta ao redor de Forks o chamava, uma sensação persistente que ele não conseguia ignorar.Conforme se aproximava da orla da floresta, a sensação de ser chamado se intensificava. Seus passos tornaram-se mais rápidos, sua mente já começando a se esquecer da missão de ver Glória. A floresta parecia sussurrar para ele, cada folha tremulando ao vento
Edgar não conseguia se conformar. Já faziam dias que Gloria estava refugiada na matilha de Santos, e apesar das várias tentativas, ela se recusava a falar com ele. Cada encontro era um desastre, um teatro de absurdos que terminava sempre com Gloria expulsando-o aos gritos.Na primeira tentativa, Edgar decidiu que uma abordagem direta poderia ser a melhor opção. Chegou ao acampamento com uma bandeja de comida que ele mesmo havia preparado, esperando que o gesto de cozinhar algo para ela pudesse amolecer seu coração. Com passos hesitantes, aproximou-se da cabana onde Gloria estava hospedada. Ao vê-lo, porém, a expressão de Gloria transformou-se rapidamente de surpresa para raiva. Ela olhou para a bandeja de comida como se fosse um insulto."Você acha que pode me cozinhar uma refeição e tudo será perdoado?" ela gritou, jogando a bandeja no chão, espalhando comida por toda a entrada da cabana. Edgar, segurando o ímpeto de recolher os pedaços, apenas murmurou um pedido de desculpas e recuo
A luz suave do entardecer filtrava-se pelas janelas do quarto de hospital, criando padrões de sombras no chão. Liana estava deitada na cama, seus ferimentos tratados, mas ainda visivelmente exausta. Os minutos se transformaram em horas, e Lucios nunca se afastou do lado dela. Ele observava cada movimento, cada respiração, ansioso pelo momento em que ela finalmente abriria os olhos.Finalmente, um leve gemido escapou dos lábios de Liana e seus olhos começaram a se abrir lentamente. Lucios se inclinou para mais perto, segurando sua mão com ternura. Quando ela finalmente abriu os olhos completamente, um pânico absoluto refletiu em seu olhar."Cheguei tarde demais, meu Deus, tarde demais," Liana murmurou, sentando-se de repente na cama. Seu corpo estava tenso, e o medo em sua voz era palpável.Lucios tentou acalmá-la, colocando uma mão reconfortante em seu ombro:"Calma, você está segura agora," ele disse suavemente, sua voz carregada de preocupação. "Eu estou aqui, você está a salvo."Ma