Capítulo 4

Felipe

Após sair da sala de reuniões, Gustavo nos convidou para permanecer esse tempo em sua casa, mas nem Caio nem eu aceitamos.

Se fossem apenas alguns dias, tudo bem, mas não gostaria de ter que me hospedar por meses na casa de alguém, mesmo que seja meu sócio e que nossos pais se conheçam desde sempre.

Agradecemos o convite, nos despedimos e descemos para o estacionamento .

Entramos no carro em direção ao hotel, e no caminho Caio perguntou:

— O que você tem cara? Parece estar meio distante… Aconteceu alguma coisa?

— Não. Só não esperava ter que ficar aqui tanto tempo. — Reclamei por estar insatisfeito.

— Eu também não, mas já que não tem outro jeito… Vamos tomar alguma coisa à noite para ver se você se anima um pouco.

Na verdade ele tem razão, não vai adiantar ficar mal humorado porque não resolverá nada, então decidi aceitar.

— Ok! Vamos…

Chegamos no hotel e seguimos cada um para seu quarto.

Entrei e ainda bem contrariado, decidi que o melhor era dormir um pouco.

Acordei pouco mais das 15:00 horas, sem fome e o humor não tinha melhorado nada.

Não almocei e coloquei um filme para tentar assistir.

Passei o resto da tarde assim e perto das 21:00 horas, comecei a me arrumar...

Tomei banho e vesti uma calça jeans clara desfiada no joelho, uma camiseta branca e um tênis também branco com detalhes verdes, coloquei um boné e enviei uma mensagem para Caio avisando que estava descendo para o estacionamento e logo ele me encontrou.

Fomos para uma boate e ao chegar pegamos dois uísques e fomos para o camarote.

De longe vi uma loira dançando na pista e ela se parecia muito com aquela do elevador. Estava acompanhada de uma outra, de cabelos escuros e juntas, dançavam atraindo vários olhares para elas.

— O que está olhando? — Caio perguntou ao me ver concentrado.

— Elas! — Sinalizei com a cabeça e dei um gole na bebida.

— Você nem disfarça, né? Pelo visto a mulher do elevador te deixou mesmo alucinado, porque essa daí é a cara dela! — Comentou indignado e o pior é que eu nem posso negar… elas se parecem mesmo.

— Para de pegar no meu pé e me ajuda a observar se elas estão acompanhadas. — Pronunciei e ele apenas balançou a cabeça, como se não tivesse gostado da ideia.

Passaram-se alguns minutos e como ninguém se aproximou das duas, pegamos outra bebida e fomos até lá.

Nos aproximamos e perguntamos se podíamos dançar com elas e como as duas toparam, permanecemos ali por um tempo até que elas disseram que iam ao banheiro.

Aproveitamos para descansar um pouco e nesse tempo, pude raciocinar melhor e Caio tem razão. Não posso ficar pensando em uma mulher que só vi uma vez na vida por apenas alguns segundos! Agora ela deve estar com o namorado e eu aqui me iludindo. Vou aproveitar o momento e curtir com essa gata que está me dando mole.

As duas retornaram, então Hanna e eu fomos pegar mais algumas bebidas e quando voltamos Caio estava aos beijos com Pâmela.

— É, pelo visto ele já se entenderam… — Comuniquei olhando em direção aos dois e ela seguiu meu olhar.

— Parece que sim! Agora só falta nós… — Proferiu aproximando-se de minha boca e eu a beijei.

Saímos dali os quatro juntos e fomos para o hotel. Caio foi para seu quarto com Pâmela e eu para o meu com Hanna.

Já havíamos bebido bastante, mas ao entrar, perguntei se ela queria beber mais alguma coisa, mas não obtive resposta. Sua única reação foi segurar em meu pescoço e me beijar novamente e sem pensar duas vezes, correspondi.

Apesar de ter decidido não pensar mais naquela loira, foi impossível.

Fizemos um sexo quente, embora eu tenha que confessar que não fiquei muito satisfeito. A culpa não foi dela! Ela fez tudo que eu pedi… eu que tentei compará-la com alguém que não sei nem se um dia irei conhecer.

Nós acabamos dormindo juntos e ao amanhecer tomei banho e a levei para casa.

Voltei ao hotel, tomei meu café da manhã, me arrumei e fui chamar Caio para ir trabalhar.

Bati na porta e quando ele abriu tentei entrar mas ele me barrou. Ergui a cabeça e olhei por cima dele, vi algumas roupas jogadas no chão e então soube que ele ainda estava com Pâmela.

— Cara, o que você tá fazendo? Nós temos que trabalhar. — Falei ainda sem acreditar e ele me mandou calar a boca.

— Vai para empresa de táxi e deixa o carro que eu vou levar a Pâmela para casa. Onde está a Hanna? — Perguntou olhando no corredor.

— Na casa dela já faz tempo! — Minha resposta o deixou confuso.

— Como assim vocês não ficaram?

— Ficamos, mas eu não estou à procura de nada sério. Já dispensei e você deveria fazer o mesmo. — Aconselhei e ele riu debochando.

— Eu não estou à espera de nenhum amor platônico não… Agora dá licença que eu ainda tenho algumas coisas para fazer antes de trabalhar. — O filho da püta além de zombar da minha cara, ainda me expulsou.

— Depois não fala que eu não avisei… — Foi minha vez de ironizar e em seguida saí dali.

Segui para a empresa de táxi e Rebeca, a secretária de Gustavo, já havia separado uma sala para mim e uma para Caio. Ela também me avisou que já está tudo pronto para receber nossas secretárias . Agradeci, entrei em minha sala e liguei para o meu pai.

Após explicar tudo a ele, abri meu computador e comecei a trabalhar.

...

Tive um dia tranquilo, a única surpresa foi que Caio já trocou o telefone com Pâmela. Definitivamente ele está ficando louco! Se bem que eu não posso falar muito, afinal não tiro uma desconhecida da cabeça.

Cheguei em meu quarto, me servi uma dose e sentei na sacada para respirar um pouco. Eu me recuso a acreditar que tenho que ficar tanto tempo aqui e por mais que eu tente, não consigo parar de pensar nela.

Alguns minutos depois fui tomar banho e pedi meu jantar no quarto. Estou muito cansado e pretendo dormir cedo hoje.

Após jantar deitei e fui mexer um pouco no celular...

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