Parte 2...O celular de Lorenzo começou a tocar e com um som de insatisfação, ele verificou quem era. Não era o irmão, mas sua assistente pessoal. Ele atendeu e ergueu o dedo indicando a ela que aguardasse. — O que houve, Camila?Ele se afastou devagar indo para a varanda lá fora e puxou a porta de vidro um pouco para ter privacidade para falar. Juliana ficou sem jeito, mexendo no cabelo que tinha ficado desarrumado com o beijo e sentou de volta no sofá, mas na ponta, já esperando que ele voltasse para lhe dizer que iria embora sozinha.O viu caminhando de cabeça baixa, concentrado no assunto que falava. Ouviu que era Camila. Ela a conhecia um pouco. Era uma das três assistentes dele.Ficou balançando a perna nervosa, mordendo o lábio e pensando se Gutto estaria lá embaixo esperando por ela. Iria pedir a Lorenzo que chamasse um táxi para ela. Não poderia continuar ali.Após uns cinco minutos de espera ele retornou para perto dela e sua cara não era nada boa. Pelo contrário. Isso ativ
Parte 3...— E por que está me dizendo isso, Lorenzo?— É que se sua participação no golpe dado na empresa, for confirmada... - ele fez um som fino entre os dentes — Acho melhor você começar a se acostumar a ser apelidada, a não ser que seja boa de briga.Por um instante ela ficou boquiaberta, mas aos poucos sua mente começou a pegar de novo, raciocinando o que ele lhe dizia, ainda sem sentido, mas vindo dele, tudo era possível.— Espera... - ela ergueu a mão — Você está falando sobre o que, Lorenzo? Golpe na empresa? - mexeu a cabeça inquieta e agora curiosa — Que golpe é esse?Ele deu uma risadinha cínica, andou até o sofá e sentou no encosto de braço.— Não vá me dizer que você não sabe do que está acontecendo por lá? - ele cruzou os braços — Os funcionários estão todos a ponto de explodir de nervosismo, correndo de um lado para outro com pastas, gravações, documentos... E você não sabe de nada? - riu mexendo os ombros.— Se eu soubesse, não estaria lhe perguntando. Ele puxou o ar
Parte 4...Não era puritana, nem fresca. Apenas não queria ir para a cama sem estar mesmo sentindo que era o certo. Queria se entregar sentindo que não iria se arrepender depois, fosse quem fosse o escolhido para sua primeira vez.— Eu... - respirou fundo para se controlar — Se me der um tempo, vou verificar se essa informação procede e então...— Não vou lhe dar nada - disse alto — Camila já tem os dados e daqui a pouco vai chegar aqui com polícia. Vou fazer a denúncia diretamente ao departamento de fraudes.Ela arregalou os olhos. Não podia ser presa. Não tinha feito nada, não merecia isso. Ele tinha que dar a ela o benefício da dúvida antes de sujar seu nome.Quando ia falar ele se aproximou dela com uma expressão pesada, de modo agressivo e ela recuou de costas, batendo as pernas contra o sofá e caindo sentada de vez. Lorenzo continuou indo para cima dela, que por medo, ergueu as mãos e fez uma cara de dor, o que o fez parar.— O que é isso? - ele falou irritado — O que pensa faze
Parte 1...Juliana não tinha ideia do que estava se metendo, mas já que estava na lama, por assim dizer, que se afundasse logo de uma vez. Talvez viajar até que fosse bom agora, porque poderia se afastar da confusão que ainda iria aumentar.A essa altura a irmã já deveria estar em contato com os pais, inventando algo para sair de vítima como sempre fez, desde pequena. E não seria surpresa que os pais ficassem ao seu lado.Sua garganta estava travada. Até queria falar, mas não estava com ânimo para tal coisa. Só pensava em como iria se livrar e logo desse dinheiro em seu nome. Ficou sentada, apertando os dedos e repassando os últimos meses ao lado de Gutto. Realmente, ele lhe deu alguns documentos para assinar e ela deveria ler cada um, mas ele sempre estava presente, desviando sua atenção enquanto ela apenas ia passando de folha em folha.Isso foi um grande erro que se comprovava agora. Gutto tinha desviado dinheiro da empresa e pela conversa de Lorenzo ao telefone, estava tudo em um
Parte 2...— Quem tem que ter cuidado com o que diz e faz, é você - ele ergueu a sobrancelha debochado — Até que a polícia termine a investigação para chegar a mais culpados, você vai ficar comigo para evitar que fuja ou que avise aos seus cúmplices.— Lorenzo... - ela fechou os olhos irritada e respirou fundo duas vezes para se acalmar — Eu não tenho cúmplices de nada e nem pretendo fugir, já que sou inocente nas acusações.— Eh... - ele fez um gesto de pouco caso com a boca.— E eu não vou transar com você - ela disse quase gritando, depois lembrou da empregada por perto — Não ache que vou me prostituir, só porque você e seu irmão me envolveram em uma canalhice sem tamanho. Você que resolva com ele.— Ah, mas eu vou resolver mesmo - ele riu alto — E enquanto isso, nós vamos nos divertir - abriu os braços — Não é nada demais, é apenas sexo, em troca de não te colocar na cadeia.Juliana jamais imaginou que um homem pudesse ser tão canalha a esse ponto, mas via agora que estava enganad
Parte 3...— Não pode apenas me processar, vai precisar provar que estou envolvida nessa sujeira.— Ah, mas eu tenho provas, minha querida - ele foi até o barzinho e abriu o frigobar, pegando uma garrafinha — Agora mesmo, Camila está com dois oficiais que são da área de fraudes e outros tipos de golpes financeiros - abriu a garrafinha — Pelo que ela me disse, até agora já acharam cinco documentos de movimentação financeira em seu nome - virou o conteúdo todo de uma vez — Então, creio que isso já é prova suficiente de que você está envolvida até o pescoço... Além é claro, de que vocês são noivos e trabalham juntos - sorriu de modo frio — Você está bem encrencada, Juliana. Muito mesmo.Ouvir isso causou um arrepio frio em seu corpo e uma sensação enorme de abandono. Aí já foi demais para ela. Cobriu o rosto com as mãos e deixou que o choro preso viesse.Lorenzo odiava choro feminino. Sempre achou que nada mais era do que uma tática para atingir um objetivo e para se dar bem quando estiv
Parte 4...— Por que fala essas coisas para mim? É muito ousado.— Porque eu sou assim, eu sou dominante, eu gosto de deixar claro que quem manda sou eu... E você me provoca - olhou para os seios dela — Seu jeitinho fechado me atrai, me faz imaginar o que você esconde aí embaixo - tocou o decote da blusa embaixo do terninho.— Você é indecente - ela rebateu.— Que seja - deu de ombros — Eu sou real, sou um homem de valor e não um moleque, como meu irmão. Não entendo o que você viu nele.Bem, nisso ele estava certo. Nem ela entendia bem porque tinha deixado essa relação com Gutto ir adiante. Os dois não tinham nada em comum. Apenas foi acontecendo. Talvez pela rotina ou pelo modo como ele se impôs em sua vida.— Eu vou com você - ela abaixou a cabeça.— Eu quero mais - ele murmurou ao seu ouvido.— Isso é prostituição, Lorenzo - apertou os lábios.— Não... - ele riu baixinho — Eu só quero um pouco de prazer - alisou o braço dela — Você me deixa intrigado e se for preciso usar a chance
Parte 3... — Não pode apenas me processar, vai precisar provar que estou envolvida nessa sujeira. — Ah, mas eu tenho provas, minha querida - ele foi até o barzinho e abriu o frigobar, pegando uma garrafinha — Agora mesmo, Camila está com dois oficiais que são da área de fraudes e outros tipos de golpes financeiros - abriu a garrafinha — Pelo que ela me disse, até agora já acharam cinco documentos de movimentação financeira em seu nome - virou o conteúdo todo de uma vez — Então, creio que isso já é prova suficiente de que você está envolvida até o pescoço... Além é claro, de que vocês são noivos e trabalham juntos - sorriu de modo frio — Você está bem encrencada, Juiana. Muito mesmo. Ouvir isso causou um arrepio frio em seu corpo e uma sensação enorme de abandono. Aí já foi demais para ela. Cobriu o rosto com as mãos e deixou que o choro preso viesse. Lorenzo odiava choro feminino. Sempre achou que nada mais era do que uma tática para atingir um objetivo e para se dar bem quando est