Evan usava uma camisa polo, a qual era justa o suficiente para marcar seus músculos, uma calça jeans rasgada na coxa, e um tênis olímpicos, estava lindo. Desde que o vira teve vontade de pular nos braços e transar com ele. Já namoravam há semanas, no entanto só agora ele sentira a certeza de que queria dar esse passo.
Evan era uma pessoa doce e especial, não queria estar com ele para esquecer Daniel ou suprir uma carência, queria ter algum sentimento digno por ele, e naquele momento ainda que fosse algo bem incipiente, começara a lhe corresponder, como não iria? Ele o apoiava; cuidava, divertia e sobretudo amava todo tempo.
Naquela semana mesmo, passou todo sábado fazendo hora extra para ter folga na quarta; que no caso era hoje, só para poder levá-lo no cinema e assistir a última sessão de "Invocaçã
"Me encontre hoje, a meia noite, em frente à ValerieAss:Daniel" Anthony encontrara aquele bilhete em sua caixa de correio naquela manhã, e desde então todo o equilíbrio que havia conquistado veio abaixo. Estava satisfeito com o rumo que sua vida estava tomando. Evan era um bom namorado, e o fazia feliz; era um sentimento terno e suave, lindo. Ter Evan por perto fazia com que Anthony sentisse paz, lhe dava segurança; apoio e o fazia rir, sem contar o quão lindo ele era. Não havia motivos para querer ir até Daniel, chegava a fazer semanas que não pensava nele, era um assunto resolvido. No entanto havia um sentimento indesejável o qual residia em seu peito, por mais que ele tentasse apagar ou ignorar, permanecia ali, e com o tempo percebera que cada vez ficava maior e mais
Ele tentava ignorar o que havia acontecido, no entanto aquele sentimento permanecia crescendo dentro dele, e ele não sabia se conseguia viver como se o beijo que Daniel lhe dera nunca tivesse acontecido. Uma parte sua queria deixar tudo, enfrentar a todos; até mesmo a Su que não aprovara a sua recaída, no fim das contas o amor era tudo que importava não é mesmo? Entretanto Anthony também se importava com os sentimentos dos outros, e não podia magoar Evan. Amava a Evan também, ainda que não da mesma forma que a Daniel, como não o iria amar? Ele era doce, fiel, atencioso e lindo, ele tinha a Impressão que se conseguisse esquecer a Daniel iria passar a vida inteira com Evan; pois ele o fazia feliz. No entanto não conseguia esquecer; sentia falta de Daniel como um peixe sente da água, queria estar nos braços
Daniel sentia-se corajoso naquela manhã, durante o beijo ele teve certeza que Anthony ainda o amava, ele o havia dito com seus lábios, ainda que sem palavras. "E se havia amor existia esperança" sussurrava para si mesmo enquanto caminhava até a casa de seu amado, tocou a campainha e esperou a resposta, no entanto tudo o que conseguiu foi o silêncio. Discou o número de Anthony, entretanto o celular do mesmo encontrava-se desligado. Não havia nada realmente anormal naquela situação, talvez Anthony tivesse ido a um lugar e seu celular havia descarregado, mas havia algo dentro de Daniel dizendo que tinha algo a mais naquela situação, algo estava realmente errado, como um sexto sentido ou alguma certeza que não podemos explicar, mas temos. Movido a isso Daniel começou a vasculhar as redes sociais de Anthony, proc
"Onde está Anthony?" Essa pergunta assombrava a todos, Su e Daniel ligaram para todos os hospitais e delegacias, Inclusive já haviam registrado uma queixa, e publicado a foto do mesmo nas redes sociais pedindo para caso alguém tivesse informações entrassem em contato. Já estavam a dois dias sem notícias, Elisa chorava desesperada na sala de estar, o arrependimento de ter passado tanto tempo longe de seu filho, julgando-o ao invés de amar, Rodrigo a abraçava e apoiava, perdeu tudo para seu preconceito, até mesmo o homem que amava, sempre se gabara de ser inteligente agora percebeu que agiu como a maior das burras. Todos eles tinham um medo em comum: a homofobia. Anthony havia saído para um dia de aula, deu um beijo na bochecha de Su, e havia combinado de dormir na casa de Daniel assim que a aula acabasse. Entretanto horas depois ning
-Porquê?-Perguntou Anthony com lágrimas nos olhos, e decepção no peito.-Amor.-Disse Patty com naturalidade para o espanto de Anthony.-Há uma linha muito tênue entre o amor e ódio Tini.-Ela puxou uma cadeira, e sentou-se na sua frente, como uma vilã clássica acendeu um cigarro e tragou.-Você ultrapassou essa linha comigo.-Concluiu com uma expressão sombria. Anthony estava ali a alguns dias, mas naquele momento passara a questionar se não estava alucinando. Lembrou-se dos momentos que ele e Patty compartilharam juntos, e se perguntou como havia deixado as coisas chegarem naquele ponto.-Me perdoe se eu fiz você criar expectativas, me perdoe se eu te magoei.-Anthony não tentou resistir quando as lágrimas começaram a sair de seus olhos.-Eu sempre te amei como um irmão, nunca iria querer te ferir.-Aquela frase fi
Anthony respirou fundo e sentiu o ar brincando em seus pulmões, era lindo e gratificante, viver para ele havia se tornado uma conquista. Quase um mês depois de todo o ocorrido ele seguia tentando perdoar Patty; sinceramente chegou a lamentar que ela tivesse tido aquele trágico fim, e eventualmente se perguntava se poderia ter feito algo para que as coisas pudessem ter sido diferentes, no entanto sempre concluia que sua amiga estava doente a muito tempo; e que nada poderia ter feito. As vezes alguma lembrança de Patty vinha a sua memória, ele soltava um sorriso e chorava em sequência, agradecia a Deus por ter Daniel sempre perto, pois ele o apoiava e lhe dava força para seguir. O amor realmente era lindo, fazia com que até os momentos difíceis soassem bonitos. Era bom, estar com Daniel era simplesmente bom, eventualmente brigavam,
Evan ainda estava com seu coração partido, no entanto não doía mais, havia simplesmente se acostumado com o vazio que Anthony lhe deixara. Estava em outro lugar e tocava sua vida em paz, gostava de lecionar naquela escola e da equipe; além de que podia viver perto de sua irmã, Úrsula, sentia tanta dela e de seus sobrinhos, Lucas e Henrique, após a perda de seus pais essa era única família que ele tinha e agradecia a Deus por se amarem tanto. Pode parecer estranho, mas não sentia falta de amor, sentia medo. Após ser abandonado pelo homem que amava não conseguiu sentir raiva ou ódio, apenas se fechara em seu mundo e sofreu, por amar e não ser correspondido. Quando sentiu Anthony se afastando; teve vontade de abraçar o mesmo com todas as suas forças e não deixar que ele desse um passo para longe dele, mas não o fez, seria inútil tentar fazê-lo ficar, pois seu coração já havia partido: o corpo era apenas consequência. &nb
Evan chegou a sentir medo, de estar sendo perseguido por algum maníaco ou coisa do tipo, mas agora ao ver o segundo bombom embrulhado em sua porta com um pequeno bilhete; percebeu que no fim se tratara de um real admirador. Evan gostava da sensação de ser admirado, quem não gosta no fim? Entretanto algo o incomodava, de alguma forma isso despertara nele um repentino desejo de viver um romance, mesmo dizendo a si me que o amor só servia para machucar."Pegue minha mãoTome minha vida inteira tambémPor eu não conseguir evitarMe apaixonar por você." Ele leu ao pequeno bilhete com um sorriso nos lábios, o bombom recheado com cereja tinha um sabor suave; o qual combinava perfeitamente com o tom inocente da canção do Elvis Presley, será que em algum lugar poderia existir um sentimento tão puro? "Bobagem" pensou antes de ser acordado de seus devaneios por