A sala estava imersa em uma quietude profunda, quebrada apenas pelo som do vento lá fora, que soprava com suavidade, fazendo as folhas das árvores dançarem como sombras através da janela. Velas, dispostas por todo o ambiente, criavam um jogo de luz e sombras, como se o próprio espaço fosse um reflexo da luta interna de Luna. Ela estava cercada por livros antigos, tomos de magia ancestral, e um grimório especial repousava sobre a mesa à sua frente. Esse livro, o último volume de um grimório misterioso, tinha sido entregue a ela por uma figura enigmática que havia cruzado seu caminho meses antes. A sensação de inquietação e excitação que a envolvia ao abrir aquelas páginas era indescritível. Algo naquele livro estava despertando nela uma energia que não parecia sua. A luz das velas refletia nas páginas amareladas, que pareciam quase pulsar com uma vida própria. Ela tocava as palavras escritas, cada uma delas reverberando em sua mente como se estivessem sendo gravadas em sua alma. As
O salão estava pesado, como se a cada respiração Emma estivesse sendo medida, avaliada. Alfas de diferentes alcatéias se reuniam em torno dela, com olhares penetrantes, alguns repletos de dúvida, outros de ceticismo. Ela sabia que o que estavam buscando ali não era apenas uma conversa amigável, mas uma oportunidade para questioná-la, testar sua autoridade e talvez até encontrar falhas. Eles queriam ver se ela, uma simples humana, era digna de estar ao lado do Supremo.Emma se mantinha calma, sua postura ereta e olhar confiante. A pressão era palpável, mas ela estava longe de ser a jovem frágil de antes. Ela era a Suprema agora, e todos ali precisavam entender isso.O primeiro a se manifestar foi Viktor, um alfa imponente, de olhar arrogante e atitude desafiadora. Ele vinha de uma alcatéia poderosa do norte e parecia gostar de ver o desconforto nos outros. “Você realmente acha que está à altura dele, Emma?” ele perguntou, a voz carregada de deboche. “A fêmea do Supremo... uma simples l
A noite parecia mais escura do que o normal, as estrelas obscurecidas por nuvens pesadas que carregavam uma tensão elétrica. No grande salão do castelo, apenas a luz suave das velas lançava sombras dançantes nas paredes, criando um ambiente intimista, quase carregado de mistério. Mia estava ali, sozinha com Derek, os dois à beira de uma decisão que parecia envolver o próprio destino. Ela sabia o que estava por vir, mas as palavras ainda pairavam no ar, não ditas, mas sentidas com uma intensidade avassaladora.Derek a observava, como se esperasse algo, mas ao mesmo tempo, parecesse esperar que ela falasse primeiro. O vínculo entre eles era inevitável, mas Mia ainda estava hesitante. Ela sabia o quanto isso mudaria suas vidas, o quanto isso mudaria a maneira como ela veria tudo ao seu redor. Ele estava esperando por ela, mas sua resistência era clara, quase palpável.“Eu não sei se posso fazer isso, Derek,” Mia disse finalmente, a voz baixa, trêmula, mas firme. Ela sentia o peso da deci
O salão estava repleto de luxo e brilho, com lustres de cristal iluminando os rostos ansiosos dos convidados. O piano tocava suavemente ao fundo, criando uma atmosfera de sofisticação e prestígio. Cada passo que Emma dava, as cabeças se viravam, os olhares se fixavam nela, aguardando seu próximo movimento. Ela sabia que aquela noite seria decisiva. Seria a prova de sua força, da sua capacidade de ser a Rainha dos Lobos e de todas as espéciesEmma olhou para o espelho com um suspiro. O vestido azul marinho, com bordados de prata e um decote delicado, se ajustava perfeitamente em seu corpo, evidenciando tanto sua feminilidade quanto sua autoridade. Seu cabelo, cuidadosamente preso em um coque alto, deixava à mostra seus ombros expostos, enquanto alguns fios caíam suavemente sobre seu rosto, um toque de rebeldia em meio à perfeição.— Está perfeita — disse Sophia, entrando na sala com um sorriso confiante. Ela observava a amiga com orgulho. — Não se esqueça, a noite é sua. Não apenas pel
O baile real continuava, a música ecoando suavemente pelo salão enquanto os convidados dançavam e conversavam, mas Emma sentia a tensão no ar. Sabia que não estava ali apenas para exibir sua autoridade como Rainha, mas para enfrentar desafios, muitos deles invisíveis, que se escondiam nas sombras da noite.À medida que os olhares se intensificavam, Emma se manteve firme, rodeada por Sophia e Bruno, que, como sempre, estavam ao seu lado, oferecendo apoio incondicional. Mas ela podia sentir algo estranho no ar, um pressentimento. Algo estava prestes a acontecer.Sophia, que estava próxima a ela, inclinou-se levemente e murmurou em seu ouvido:— Eles estão planejando algo. Precisa ter cuidado, Emma. Olhe para os grupos isolados ao redor do salão. Estão sussurrando.Emma deu uma olhada discreta em torno do salão, notando alguns alfas mais distantes que se observavam com olhares furtivos. Ela já sabia que havia aqueles que desejavam sua queda, mas até aquele momento, ela não tinha sentido
O vento uivava nas árvores da floresta, mas dentro da cabana, o silêncio era denso, cortado apenas pelo som das velas queimando lentamente. Henrique estava sentado em uma mesa de madeira escura, coberta por mapas, documentos e relatórios. Ele estudava com atenção as informações que haviam sido reunidas sobre os recentes movimentos do inimigo, seus passos, e qualquer possível pista que pudesse ajudar a antecipar suas ações.A tensão em seu peito era palpável. Ele sentia que algo estava prestes a acontecer, um movimento invisível que ele não conseguia identificar, mas que o instinto o alertava ser mais perigoso do que qualquer coisa já enfrentada até então.Foi quando o informante entrou, seu semblante sério, o rosto pálido de quem carregava uma notícia difícil de dar.— Henrique, você tem que ouvir isso. — O homem disse, sua voz carregada de medo. Ele sabia que o que estava prestes a revelar era grave.Henrique ergueu o olhar, seus olhos analisando o homem. A respiração do informante e
O corpo de Emma tremia enquanto caminhava pelo corredor escuro da fortaleza. Algo estava errado dentro dela. A pulsante energia de Selene, sua loba, se chocava violentamente contra a frieza calculista de Lilith, sua vampira interior. Era como se duas forças opostas lutassem pelo controle absoluto. O ar ao seu redor parecia eletrizado, e cada passo que dava parecia mais pesado."Você está hesitante, Emma," a voz de Lilith sussurrou em sua mente, fria como a noite. "Nós não podemos nos dar ao luxo de ser fracas.""Não sou fraca!" Emma retrucou mentalmente, cerrando os punhos."Então prove," Lilith provocou."Você só quer sangue. Isso não é força, é selvageria."Selene rugiu dentro dela. "Eu a protejo, Emma! Sempre protegi. Mas essa... essa parasita só quer te transformar em algo que não somos.""Parasita?" Lilith riu, sombria. "Eu sou o que a torna verdadeiramente poderosa. Quantas vezes a sua preciosa loba a conteve quando deveria destruir?"__Cale a boca Lith e deixe de sem psicopata
A noite caía como um manto sombrio sobre o reino, trazendo consigo um presságio de algo ruim. Emma sentia uma energia estranha no ar, uma perturbação que fazia seu sangue ferver. Lilith e Selene também sentiam, ressoando dentro dela com inquietação.Damian estava ocupado com seus comandantes, garantindo que as fronteiras estivessem seguras. Foi nesse momento que a emboscada aconteceu.Emma caminhava pelos jardins da fortaleza quando uma barreira de energia escarlate ergueu-se ao seu redor, impedindo-a de se mover. Feiticeiros encapuzados surgiram das sombras, recitando encantamentos em uma língua esquecida. O ar ficou pesado, repleto de magia antiga."O sangue da Suprema nos dará o poder eterno..." um deles murmurou, erguendo uma adaga negra.Emma riu com escárnio. "Vocês realmente acham que sou um sacrifício fácil?" Seus olhos brilharam em um misto de dourado e vermelho enquanto Lilith e Selene despertavam dentro dela.Selene on"Idiotas... Vamos matar todos eles!" A voz da entidade