Uma semana depois...— Promete que vem me visitar outra vez? — peço abraçada a minha mãe e sem querer sair dos seus braços. Eu sabia que esse dia chegaria, que eles não ficariam aqui por muito tempo, mas é tão difícil deixá-los ir para longe de mim assim.— Voltarei o mais breve possível, minha bebê. — A frase carinhosamente faz abrir um sorriso pequeno e uma lágrima escapa no canto do meu olho. Respiro fundo e me afasto só um pouco para olhá-la. — Ficaremos no Rio só o tempo de resolver a aposentadoria do seu pai. — Um sorriso largo se abre no seu rosto lindo. — E parece que ele e Erick estão tramando algo.— Ah é, o quê?— Hugo ainda não me disse nada, mas o seu pai está bem animado com a ideia. — Diminuo os olhos, porém, dou de ombros logo em seguida.— Conhecendo o Erick como eu conheço, é algo muito bom. E se for para mantê-los perto de mim, eu vou amar o que quer que seja.— Eu digo o mesmo. — Rimos em cumplicidade igual duas adolescentes e voltamos a nos abraçar.— Vamos, menin
— Vocês só vão descobrir isso mais tarde, meninas curiosas. — Faço cócegas nas duas e o som que aprendi a amar de paixão reverbera por toda sala de jantar. — A propósito, essa mesa ficou muito linda! — declaro com entusiasmo na voz, referindo-me a linda toalha branca de renda, a louça de porcelana azul-celeste arrumada em seus devidos lugares, com seus talheres e taças fazendo um belo conjunto harmonioso. E bem no centro dela tem um vaso grande de vidro transparente com algumas tulipas que trouxemos do casarão. Mas, a verdade, é que por trás do meu elogio também existe uma fuga do nosso assunto real. As risadinhas e as palmas animadas me dizem que elas caíram na minha e isso me deixa mais tranquila.— O que vamos fazer agora, Eva? — Ska indaga e a garota é a empolgação em pessoa.— Bom, temos um cardápio muito variado para fazer para essa noite. Uma entrada, o prato principal e uma...— Sobremesa!!! — Elas gritam me fazendo rir.— Que tal irmos para a cozinha agora?— Siiimm!!! — Écha
— Ficou maluca?! — Lídia brada estarrecida. Ela está em pé bem na minha frente e suas mãos não param de se mexer. Um gesto de puro nervosismo. — Eva, eu não posso deixar você fazer essa loucura, o Logan pode te destruir!— Mas, eu preciso fazer...— Não, você não precisa! — Ela me corta com impaciência. — Por Deus, mulher e se você não estiver preparada?— Eu tenho que tentar, Lídia, não existe outro caminho. — Um par de olhos castanhos escuros se me encaram em fúria.— Tentar? Você está se ouvindo? O Logan não tenta, ele faz, criatura! Você mesma viu o que ele fez com os homens lá fora — rolo os olhos incomodada com a sua insistência.— Amiga, respira fundo e me escuta. O Logan jura que estou frágil, ele assistiu o meu choro, viu o meu corpo tremer e a minha voz vacilar. Eu tenho certeza de que ele acredita que a antiga Eva está firme e forte dentro de mim.— E não está? - Faço não com a cabeça.— Quando o vi em pé na minha frente eu quis muito bater nele, fazê-lo sentir cada dor que
— Por quê?— Eu já disse, você era minha mulher, droga! — ralha entre dentes. Ele está perdendo a paciência, mas eu preciso saber mais. Logan respira fundo, está tentando manter o seu autocontrole. Isso é bom, é muito bom. Ele está tentando pôr as coisas em pratos limpos, está acreditando realmente nesse recomeço. — Eu te falei que não suportava ter que dividi-la. Me incomodava ver aquelas pessoas te abraçando e te tocando sempre que podiam. Era frustrante vê-la sorrir para outras pessoas que não fosse eu e ter que aceitar todos aqueles abraços, e carinhos trocados. Você me pertencia, Eva. Não. Você me pertence, é minha e tudo que existe em você é meu. O seu sorriso, a sua beleza, os seus pensamentos. — Ele dá outro passo em minha direção e pela primeira vez o vejo hesitar. — Tudo em você me pertence, porra! — Assinto tão sutil que não sei se ele percebeu. — Acabou? Já podemos ir?— Ainda não.— Que merda, Eva, é melhor não me enrolar, ou eu...— Quem era a moça que morreu no meu luga
A felicidade está nas coisas mais simples da vida como o nascer do sol, o cantar dos pássaros, o balançar das copas das árvores e dançar. Uma pena que só percebemos isso quando estamos extremamente felizes. Caramba, estou sorrindo à toa e o tempo todo, dando bom dia para todo mundo, não importa quem seja e dançando até com a minha secretária. E tudo isso porque ela me disse a palavra que eu já esperava escutar – imagine se eu não esperasse? Acho que explodiria de emoção. Naquela noite eu dormi literalmente nas nuvens, não tinha como ser diferente. Eu vou me casar... de novo, porra e completamente apaixonado... de novo! Quem disse que o amor não bate uma segunda vez na sua porta? Esse homem com certeza não sabia nada sobre o amor. Porque eu amei com devoção a primeira vez, e na segunda, estou amando com paixão. Um amor diferente do outro, é fato, mas ainda assim é tão profundo, puro e intenso quanto. Eu te amo! Abro um sorriso cheio de dentes sempre que ela me diz isso para mim e porra
Com os planos de ir morar na nova casa tivemos a ideia de dispensar a maioria dos empregados e a equipe inteira de seguranças também. A mansão está completamente vazia e pensar que Eva está lá sozinha com aquele monstro está me consumindo, e as coisas que se passam dentro da minha cabeça não estão me acalmando. Eu sei que ela já tem meses de aulas de alta defesa, mas o que é uma mulher pequena e frágil perto de um homem alto demais e violento? Eu não quero, eu não posso imaginar a minha vida sem ela, ainda mais sabendo que agora carrega um filho meu no seu ventre. Respiro fundo quando entro finalmente no perímetro da mansão e o meu coração se aperta quando vejo os dois carros estacionados na frente da casa.— É melhor não ter tocado um dedo nela seu cafajeste, ou eu quebro a sua cara inteira! — rosno entre dentes e salto para dentro da casa. — Eva?! — grito pelo hall, explodindo de nervosismo. Deus, permita que eles estejam bem. Rogo logo em seguida. — Eva?! — Volto a gritar, invadind
Lençóis brancos. Tem lençóis brancos para todos os lados cobrindo todos os móveis da mansão Ventura. Chegou o grande dia. Penso. Enfim deixarei todo esse luxo para ir morar com a minha nova família na casa que tanto sonhei. Um sorriso satisfeito se abre quando olho para as caixas de papelão espalhadas por todo lugar. As meninas estão agitadas e ansiosas para mais essa nova aventura e o Erick... onde está o Erick?— Viu o seu pai? O carro chegará a qualquer momento — pergunto para as crianças que não param de subir e descer os degraus da escadaria.— Ele está no telefone mamãe, lá na varanda.— Ah! — digo e penso em ir ao seu encontro, quando o meu noivo entra na sala e os seus olhos lindos brilham ao encontrar os meus. — Acho que terminamos por aqui — falo para ele assim que envolvo o seu pescoço com os meus braços e inevitavelmente nos beijamos.— Tem uma caixa lá no porão que eu gostaria de levar, pode ir até o meu antigo quarto pegar a chave, enquanto termino aqui com o André? — El
Diferente do que eu esperava, encontro a minha nova casa cheia de pessoas queridas que amo e embora esteja frustrada, porque eu realmente queria aproveitar o meu momento família no meu primeiro dia nesse lugar, estou explodindo de felicidade de ter o meus pais de volta e com eles a Lia Fausto, minha amiga de tormentas. Sim, ela finalmente está aqui e claro que quase não sai do seu abraço. Deus, temos tanto para conversar, eu tenho tantas novidades para lhe contar, mas não agora com tanta gente aqui e para a minha surpresa, o tal Dalton também está aqui e a minha amiga Lídia está em uma conversa tão animada com esse sujeito que me pergunto desde quando eles se conhecem. Enfim, sobre essas visitas inesperadas, parece que eles têm algo especial para falar e nesse exato momento estou na cozinha finalizando uma belíssima tábua de frios. O meu pai se encarregou de levar algumas garrafas de vinho para a sala e algumas taças também. Dou o meu toque final na bandeja de petiscos e me preparo pa