Prefácio.Quase não acreditei quando ganhei esse exemplar de presente. Agora eu tenho um título, mas ainda não tenho nenhuma conquista para te contar. Então, querido livro dos sonhos, eu vou me apresentar para você. Meu nome é Anne Lisboa, tenho doze anos e uma irmã caçula, a Valéria Lisboa. Atualmente somos órfãs de pai e mãe algo bem triste, mas não pretendo colocar esse fato aqui, porque esse é o espaço dos meus sonhos e não das minhas tristezas. Enfim, moramos com minha tia-avó Olinda Lisboa desde o ocorrido, a pessoinha que me deu você e espero contar futuras conquistas em breve, por enquanto, me contenho em tê-lo para mim.Anne Lisboa - 26 de março de 2001.— O que está lendo? — A voz de Erick me faz fechar o livro imediatamente e o meu coração bate erroneamente. Eu o encaro me sentindo uma invasora dos seus segredos. Contudo, não dá para esconder o que estou fazendo aqui e decido erguer o livro para mostrar-lhe a capa. Seu olhar escrutínio fita o livro por alguns segundos e em
— Ainda não escolhemos.— Eu posso escolher? — Ska se anima.— Não, eu escolho. — Jade rebate.— Que tal escolhermos juntos? — Erick sugere.— Quando vamos saber o sexo do bebê?— O ultrassom é amanhã.— Podemos faltar aula para assistir o exame?— Por favor!— Eu não sei, o que acha, Eva? — Faço um suspense para essa resposta.— Deixe-me ver... hum... É claro que siiiimmmm!— Yes! — Elas comemoram.— Mas hoje terão que ir para escola, então já para a mesa tomar café da manhã. — As meninas correm para a mesa, porém, Erick ergue o seu corpo, envolve a minha cintura e me beija demoradamente.— Obrigado por ser essa mãe tão amorosa e atenciosa! — Envolvo o seu pescoço e o olho bem dentro dos olhos.— É um prazer ser a mãe dos seus filhos, senhor Ventura! — Nossa, ele abre um sorriso tão lindo.— Eu te amo, futura senhora Ventura!— Falando em futuro, precisamos ver o quarto do bebê.— Amanhã descobriremos essa sementinha escondida aí dentro, então teremos uma ideia do que fazer.***No d
Leitura da Eva.Capítulo 2 O início da minha vida real.Escrever um livro não é a coisa mais fácil desse mundo. Às vezes me pergunto como os escritores conseguem ter tanta imaginação e escrever histórias com tamanha facilidade. Ainda mais quando o título fala de Sonhos e Conquistas, e quando nada de bom aconteceu na minha vida ao longo dos meses. Pior ainda, quando você é a protagonista principal dessa história e o mundo inteiro precisa girar ao seu redor. Enfim, já tem algum tempo que não escrevo uma palavra, mas eu cresci, não sou mais aquela adolescente de mente infantil, sonhadora e sem experiência, e já não sinto mais a intensidade da dor da perda. Agora estou na faculdade, bem longe de casa, dos meus amigos e das pessoas que amo. E por que estou escrevendo após cinco longos anos? É fato, a faculdade com certeza me ajudará a escrever uma nova história para a minha nova vida de garota responsável, e para um bom começo, esbarrei fortemente em um rapaz no meu primeiro dia de aula a
Capítulo 30 Minhas conquistas são o meu tudo.Durante o período do curso de psicologia aprendi que os sonhos não se conquistam, eles são construídos pouco a pouco, tijolo por tijolo, até que ele se torne tão grande e tão alto que pareça inalcançável. Mas acredite, ele está bem ao seu alcance. Foi assim a cada dia de aula, a cada trabalho entregue e em cada nota recebida e exatamente hoje estou colhendo os frutos. O vestido perolado em cima da cama e os saltos altos brancos me diz que essa é a minha noite e que irei brilhar como uma linda estrela cadente ao receber o meu diploma. E ter Erick comigo nessa noite será mais que um prêmio, porque esse garoto de sorriso fácil se tornou o meu tudo, e de alguma forma o meu amante, o meu porto seguro. Ah, e tenho mais um motivo especial para sorrir. Valéria e tia Olinda vieram me prestigiar. O chato é que ambas não gostaram do Erick é tudo porque segundo elas, ele é pobre e eu nunca vou crescer ao seu lado. Não é o que eu vejo, tão pouco o que
Apesar da vida confortável e do poder aquisitivo que temos, Eva adora estar na cozinha e eu amo vê-la trabalhando ali. Ela interage com os empregados da casa como se eles fossem os seus amigos e faz questão de escolher o cardápio todos os dias, além de ajudar a fazê-lo também. E eu? Ah, eu amo deixá-la constrangida, de ver aquele lindo tom avermelhado em suas bochechas, ou quando esconde o seu rosto em meu peito e rio quando ela pede para desaparecer como mágica. E tudo isso apenas por beijá-la diante de todos e principalmente, por desejá-la e tocá-la não importa como, nem quando ou onde. Em minha defesa, eu sou um homem perdidamente apaixonado, que passa horas longe da sua amada futura esposa e mãe dos meus filhos, e que anseia reprimir essa saudade louca o quanto antes. Portanto, assim que chego em nossa nova casa, deixo cuidadosamente a minha maleta em cima de um sofá na sala de visitas e sorrateiramente vou para a ampla cozinha. Uma cozinheira logo percebe a minha presença, mas nã
— Parado aí! — Ele solta um berro autoritário e um grito feminino faz um eco pela casa imediatamente. Resolvo acender a luz e surpreendentemente encontro a minha cunhada parada bem no centro da sala pálida e trêmula.— E-Erick?! — Ela gagueja.— Valéria? Mas, o que você está fazendo aqui? — interrogo-a. A mulher respira fundo e balbucia algumas vezes até soltar um:— Ah, meu Deus, que susto! — Ela abre um sorriso trêmulo. — E-eu só precisava pegar algo que havia me esquecido. — Imediatamente meus olhos fitam as suas mãos vazias.— Como entrou nessa casa?— Ah, pois é, eu ainda tenho as chaves da casa, então...— Encontrou o que estava procurando?— O quê? — Ela parece confusa.— Disse que veio buscar algo.— Ah! - Ela solta um riso sonoro. Valéria está nervosa, eu sei que sim, mas, por quê?— Pois é, eu não o encontrei. Acho que me enganei. Devo ter deixado em outro lugar. — Seus olhos correm de mim para o homem que agora mantém a sua arma abaixada. — Me Desculpe por essa invasão, que
Dois meses depois...— Erick, o que você pensa que está fazendo aqui? — Escuto mamãe resmungar, abrindo apenas uma brechinha da porta do quarto. Mexo-me para ir até a porta, mas Lídia me faz virar no banco acolchoado, de frente para o espelho outra vez. Fito com ansiedade o vestido simples, de mancas compridas e cor de creme, de um tom bem suave, e fecho os olhos em seguida para ela retocar a minha maquiagem.— Eu preciso falar com a Eva. — Ele diz.— Que conversa é essa, homem? Você não pode ver a noiva antes do casamento. Não sabe que isso dá azar?— Sinto muito, dona Laura, mas depois de tudo que a Eva e eu passamos duvido que o azar se atreva a chegar a qualquer centímetro de nós dois. Agora, se a senhora me der licença! — Ele força a abertura na porta e passa por ela ofegante. Seus olhos ávidos procuram os meus através do reflexo do espelho. Imediatamente me levanto do banco e ofego com o vislumbre do meu noivo vestido com um conjunto de terno escuro, com os primeiros botões da c
alguns meses...Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! Eu nem acredito que chegamos até aqui. O vislumbre de dois bolos temáticos com oito velinhas no seu topo no centro de uma mesa retangular com toda sorte de doces e enfeites coloridos. E atrás dela, estão as gêmeas radiantes aguardando o momento certo de apagá-las. Acho que alcancei o ponto alto da minha felicidade. Os gêmeos estão a um passo de estar nos meus braços e o mais engraçado é que eles chegarão justamente no mesmo mês que as meninas nasceram. Elas estão tão ansiosas por esse dia. Uma ansiedade que as fez participar de cada detalhe da preparação para a sua chegada. O tema dinossauros foi o tema que escolheram para o quarto de Ethan e Anton e as cores verde e branco também foi uma escolha delas. O mais apaixonante foi assistir o pai montar cada móvel e prateleira. Não importava o seu cansaço, ou o dia cheio e exaustivo, ele fez questão de montá-los. E para finalizar, as três mulhere