Mali

- Malina desça imediatamente o seu pai e eu precisamos conversar com você!

- eu não quero ouvir vocês,eu não consigo acreditar que vocês fizeram isso comigo.

- tente nos entender,ele iria matar todos nós.

- eu não tenho culpa do papai dever sabe se lá quanto para esse homem eu só queria  poder viver a minha vida como uma garota normal...porque vocês me tiraram isso.- falei e  ficou tudo em silêncio,quando menos esperei o meu pai arrombou a porta e pegou no meu braço me puxando para o chão.

- pai me solta o senhor está me machucando!

- cale a boca sua ingrata!- disse e desferiu um tapa sobre o meu rosto.

- o senhor acabou com a minha vida e acha que eu sou à ingrata.- falo e ele me deu outro tapa,e a minha mãe nem tentou impedir.

- é uma ingrata sim,você acha que eu queria você aqui?- ele pergunta com os olhos cheios de ira.

- não Mário não conte à ela!- mamãe diz e eu sinceramente não estou entendendo nada.

- chega dessa bastardinha achar que ela pode decidir algo.

- o que como assim bastarda?- pergunto e ele sorri sem um pingo de remorso pelo que falou.

- é que a vadia da irmã da Anna que você pensa que é a sua mamãe,engravidou cedo e o seu vovô á matou a sangue frio,e mataria você se não fosse pela ingênua Anna que estava grávida mas perdeu o bebê e antes que sua mãezinha morresse pediu a Anna que ficasse com você a ovelhinha negra da família,e agora você acha que não tem nenhuma divida conosco se enxergue garota,nós criamos você e é assim que você agradece,você é uma vadia que nem a sua mãe de verdade que engravidou sem ter casado,não faça essa cara de choro ninguém terá peninha da pobre órfã e pense bem antes de fazer algo estúpido se não ele caçará toda a família inclusive a bastardinha.- disse cuspindo as palavras e eu não reconheço o homem que me criou,começo a chorar desesperadamente,pensando em como minha vida foi uma mentira.

- mãe isso é verdade?- pergunto e ela está com os olhos cheios d'água.

- sim filha eu não queria que você soubesse disso,não assim dessa forma me perdoe.- pediu se jogando no chão do meu lado.

- eu amo você mãe eu jamais à  culparia por isso.

- então você vai nos ajudar?- pergunta sorrindo.

- sim eu vou,tenho que agradecer vocês!

Uma porra que eu vou!

Termino de falar e ela me abraça e papai ou melhor esse homem saiu e logo em seguida minha  mãe também foi.

Espero mais alguns segundos e vou calada e com cuidado para ouvir o que eles estão dizendo.

- você acha mesmo que ela vai fazer isso Anna? - Mário pergunta e ela sorri friamente.

O que porra tá acontecendo!?

- é o mínimo que ela tem que fazer eu fiquei com ela apenas pela herança da Amélia fora isso,ela é totalmente descartável.- após ela dizer isso eu não quis ouvir mais nada,voltei para o meu quarto e senti uma pontada no meu coração que agora está em retalhos,eu só preciso sair daqui é só isso que eu preciso,eu vou dar um jeito de fugir,eu não vou pagar dívida de duas pessoas que só estão comigo por interesse,céus que nojo,que nojo eu queria tanto ter conhecido minha mãezinha,eu não sei o que esperar desses dois...

Eu só sei que aqui eu não fico! E não vou pagar para ver.














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