PV Marylin DarlinghtonContive a vontade de olhar para os lados à procura do rosto conhecido de William, mantive firme meu olhar em frente enquanto apertava a mão de René contra a minha.Seguimos em direção à caminhonete estacionada de Ulisses e Aquiles, como virou uma rotina a cada duas semanas René vir para a cidade, eles sempre combinavam um dia específico para não haver desencontros. Observei o rosto de Aquiles sorridente em nossa direção ao me ver, mas logo Ulisses o conteve, não podíamos demonstrar afeto dessa forma em público, se William estivesse os vigiando desconfiaria. — É bom revê-la sereia — falou Ulisses, sorri. — Digo o mesmo para os dois — falei, fazendo Aquiles sorrir em minha direção. — Você vai na minha moto, te devo um passeio — disse, pegando minha mão e me puxando, dei uma olhada rápida em René que sorriu e segui Aquiles até sua moto. Subi e o abracei. — Saudades de você sereia — falou Aquiles antes de ligar o motor e sair pelas ruas de Atenas.PV René Carv
PV René Carvalier — Auvergne. — Escutei a voz profissional de Othon do outro lado da linha, trazendo-me uma saudade que mantive guardada bem no fundo do meu peito junto com as lembranças. — Othon, sou eu, René — falei, e ouvi algo cair do outro lado, junto com um silêncio, vindo seguido de barulho de papéis caindo, janelas sendo fechadas e em seguida a voz de Othon emocionada. — René... eu não acredito é você mesmo? — indagou, ficando novamente em silêncio. — Acredito que já tenha verificado o DDD, e a não ser que tenha outro amigo escondido na Grécia, acho que realmente sou eu — falei, fazendo-o rir. — É realmente você e não o chapado de drogas que ajudei a fugir da Clínica Psiquiátrica — comentou com um suspiro aliviado. — Eu fui à sua procura na ilha depois que sua esposa descobriu para onde você tinha ido, quando ela me disse que você tinha morrido eu não acreditei e fui atrás, não o achei, mas isso não me fez acreditar que você tinha morrido, nunca acreditei nessa hipótese
PVMarylin DarlinghtonOlhei para René, ele parecia surpreso, nunca havíamos conversado sobre o porquê eu fiquei realmente ao lado de William até o fatídico dia que decidi desistir e fugir. — Eu sinto muito por não ter contado sobre isso, René, mas todos esses meses fiquei pensando se minha fuga tinha tido o efeito que eu queria que tivesse. Que longe eu mantivesse meu pai a salvo, ele sabe se cuidar e tem um monte de homens leais a ele ao seu lado, que levariam um tiro por ele se necessário por tanto que eu ficasse longe. Também sou uma amante da natureza, tenho alguns problemas com aranhas, mas até elas eu já salvei uma ou duas vezes — falei, lembrando-me da vez que tirei uma aranha ruiva de dentro da privada, qualquer outra pessoa teria tentado dar descarga. Eu não. Fui corajosa o suficiente para dar um jeito de colocá-la em um pote e soltá-la. — Uma vez eu resgatei um filhote de crocodilo e coloquei ele na banheira, estava muito calor e o pequeno rio que havia se formado havia de
PV René Carvalier — De quanto tempo você está, Mary? — perguntou Othon para Mary, enquanto esperávamos o piloto taxiar pela pista. — Eu não sei exatamente, mas o médico acha que estou entre 6 e 8 semanas — falou olhando pela janela, onde ainda conseguíamos ver Ulisses, Aquiles e Ágata, eles trouxeram as poucas coisas que deixamos na casa, e vieram se despedir com a promessa que retornaríamos para ter o bebê aqui na Grécia. — Dessa vez sou completamente a favor do relacionamento — falou Othon trazendo a atenção de Mary, agradeci a ele com uma troca de olhares. Deixar a Grécia, a ilha para trás era trilhar o caminho para encarar William frente a frente, assim como toda a bagagem que foi deixada quando Mary o deixou no altar. — Conquistei você quando descobriu que eu pulei em um barco em movimento — Mary brincou com ele. — Exatamente, sabe a probabilidade de aquele salto terminar de forma trágica? — Não tenho ideia — respondeu Mary sorrindo. — Eu também não, mas com certeza era
PV Raymond DarlinghtonEsperava ansiosamente o elevador subir lentamente todos os andares até a cobertura, até levar-me à minha filha.Escutar sua voz no celular fez meu coração bater tão forte e rápido contra o peito que quase não consegui ouvir as palavras que sua voz doce dizia, mas desde que peguei o avião da Austrália para a Riviera, as palavras repetiam em minha mente.“Venha me ver papai, estou em Nice e estou com saudades.”Ela me mandou o endereço de onde estava e não me disse mais nada, o que deixava minha imaginação livre para criar todas as possíveis situações que a fizeram sair do castelo e do porquê de ter retornado para Riviera.Respirei fundo, assim que as portas do elevador se abriram e segui para o hall de entrada, parei em frente à porta e bati duas vezes. Ouvi duas vozes masculinas, toquei minha arma na cintura. Se William estivesse com Mary não pensaria duas vezes em atirar, ele não tocaria mais na minha filha, só por cima do meu cadáver.A porta se abriu, e surgi
PV René Carvalier2 meses depois...Olhei para o longo vestido preto de Mary, analisando-o de cima a baixo. Havia duas aberturas, cada uma em um lado da perna, seguido de um decote que ia até um pouco abaixo dos seus seios, um decote em V que deixava seus seios agora maiores ainda mais atraentes, seu cabelo longo e vermelho estava todo para frente em seu ombro esquerdo, deixando-a ainda mais sensual, seu vestido era justo o suficiente para sua barriga de 4 meses ser notada, nosso pequeno bebê crescia mais a cada dia e Mary ficava ainda mais encantadora, como a sereia que ela era. Ela parecia pronta para o que estávamos prestes a fazer, mais pronta do que eu inclusive, seu rosto sério e determinado me mostrava isso. Ajudei-a a descer da limusine e nós dois paramos para encarar o tapete vermelho estendido pela escada da entrada da enorme mansão dos Carvalier, onde a festa de gala, tradição da minha família e da de Othon onde uniam todos os advogados de alto nível, promotores e juízes, a
PV Marylin Darlinghton A porta foi trancada, e todos nos encaravam. — René precisa nos explicar o que está acontecendo, como você pode estar aqui? — falou o pai dele. — E por que apareceu dessa forma, porque não em uma reunião de família de forma íntima? E quem é ela? — falou o pai dele, trazendo seu olhar avaliativo em minha direção, ele desceu até minha barriga. — Ela está grávida? Ela sabe dos seus problemas? — perguntou, senti a mão do René apertar a minha, e toquei seu braço trazendo seu olhar para mim. Sorri levemente. Precisávamos fazer isso, tínhamos escolhido essa forma de aparecer por um motivo muito importante. Desviei meu olhar para a mulher morena, com um corpo definido, seus seios pulavam do tecido de couro justo demais para ela. — Eu não consegui pensar em uma forma melhor do que uma aparição pública para informar que eu estou vivo, vai ser bom para os negócios, sei que muitos clientes fechavam contratos apenas comigo, bom agora eles têm um motivo para voltar par
PV René Carvalier4 meses depois…Olhei para Francine à minha frente, estávamos apenas nós dois no meu escritório, hoje era o dia em que deixaria tudo para trás finalmente, Mary estava me esperando em casa com as malas prontas para partimos para a Grécia, onde Ulisses, Aquiles e Ágata nos esperavam com tudo pronto para termos a pequena Daphne, esse era o nome da nossa pequena. Daphne, obviamente fui eu que escolhi, porque eu sabia que ela seria ruiva como a mãe e que provavelmente teria os olhos dela também, eu sentia que terei duas cabelos de fogo para fazerem meus dias intensos e felizes, Mary estava entusiasmada com o divórcio, e saber que William partiu para longe, fez algo se libertar de dentro da minha Sereia, e ela voltou a ser como Raymond gostava de dizer, um cavalo selvagem. Desviei meu olhar do porta-retrato de Mary que tinha em cima da mesa, e toquei meu colarinho, perto de onde a escuta dos federais estava presa, nunca imaginei que chegaria a essa situação, mas quando a i