CAPÍTULO 42 Sophia Clark/Taylor — Arthur... — o homem não me ouvia... os seus olhos eram matadores, pareciam mais escuros, talvez sombrios, me olhava com desejo, as suas mãos eram firmes me segurando naquela mesa. Eu estava sentada na beira, com firmeza puxou as minhas pernas de uma vez, as abrindo com pressa, gana, domínio... os olhos não se moviam dos meus e vi que eu já estava com dificuldade de respirar, precisava afastar aquele homem antes que eu caísse nessa tentadora cena de filme. — Arthur... — Você vai gemer o meu nome logo, logo, ruivinha... mas vai ser de prazer, e hoje não consigo me controlar... — puxou o meu cabelo me encarando mais, e o deixei me guiar com aquela mão filha da mãe, que me excitou. — Você prometeu se controlar... — eu disse ofegante, e ele desceu o nariz no meu decote, e passou a língua no vale dos seios, me desafiando. — Isso foi antes de você me provocar... nem me deixou dormir lembrando des
CAPÍTULO 43 Arthur Taylor Droga, ela mudou comigo... eu exagerei e mostrei parte de mim pra ela, que ela ainda não estava preparada para conhecer, e tenho medo de tê-la machucado, Sophia não é do tipo que posso tratar assim e sair, simplesmente ignorei tudo e fizemos sexo, mas ela deixou claro que não estamos bem. Passei o resto do dia trabalhando perto dela, e ela parecia um túmulo, não dizia nada... eu a olhava o tempo todo, e ela me ignorou totalmente. Quando chegamos em casa, da cozinha eu ouvi que o celular dela tocou, e fiquei atento. Mas, foi menos de dois segundos, para eu correr para a sala, porquê ela gritava no celular. — Isso não é verdade, se acalma mãe... — xxxxxxx — Não vai denunciar ninguém, ok? Eu já disse... — me aproximei dela com mímicas perguntando o que estava acontecendo. — Samantha... — sussurrou. — Contou muitas mentiras pra ela, e agora a minha mãe quer te denunciar... — estendi a mão para
CAPÍTULO 44 Sophia Clark/Taylor Arthur não veio no quarto, me deixou descansar... mas, descansar como? Se a minha mente se nega a deixar de pensar e trabalhar inúmeros pontos de vista diferentes e saídas que eu poderia utilizar para o que eu estou passando. Já não tenho problemas suficiente? Agora tenho mais isso para resolver. A noite foi muito longa e por mais que eu tenha pensado, não cheguei a nenhuma decisão. Em nenhum momento Arthur falou o que eu queria ter ouvido, ele falou muitas coisas, e inclusive que gosta de mim, mas eu não sinto que ele realmente me ame, acredito que tenha se acostumado com a minha presença na casa e na cama dele, não comigo em si, e isso me deixa com muitas dúvidas para qual caminho seguir. É claro que não é justo o que a minha irmã fez, por mais que eu concorde e saiba que o que o Arthur fez realmente foi contra a minha própria vontade, já saímos desta fase e estamos seguindo um novo roteiro na nossa história, que
CAPÍTULO 45 Arthur Taylor Eu não acreditei que isso pudesse realmente acontecer comigo. Quando vi que ficaria preso, parece que muita ferida foi reaberta dentro de mim... me lembrei de muito do que vivi, e me desesperei. Eu parecia ter voltado no tempo, principalmente no dia em que o Don Pieter me deixou essa cicatriz no rosto. O dia da minha derrota, dia que não pude salvar a minha mãe, e essa marca no rosto me faz lembrar. Assim que chegamos na delegacia, o delegado começou a me encher de perguntas, e o pior é que a maioria delas, eu não sabia a resposta... não sei explicar porque trouxe a ruivinha embora, ou porquê me casei com ela, e o pior é que já havia uma ordem de prisão, então no mínimo essa noite, eu permaneceria ali. Enquanto me interrogaram a minha ruiva chegou com o Yuri, e fez um esparramo. — Isso é tudo mentira, eu e ele estamos casados! — falou assim que entrou, e me assustei quando colocou as duas mãos no meu rosto e me beijou.
CAPÍTULO 46 Sophia Clark/Taylor Eu não acreditei quando percebi que estava com as mãos no rosto dele, e ele quis que eu a deixasse lá. Para mim foi incrível, principalmente pelo fato de saber que isso seja algo que ele esteja passando por cima, e por mim. Eu não entendo quais são os motivos dele não me deixar tocar lá, mas o respeito... e se ele não quis que eu tirasse e eu não tirei a mão. Dava para notar a inquietação e agitação do corpo dele. Ele estava gostando daquilo, e isso é muito bom. Continuamos ali parados por um tempo, sentindo e aproveitando o momento, mas infelizmente não podíamos demorar muito, pois, em breve o carcereiro viria e me pediria para ir embora. Mas dessa vez ele resolveu me surpreender outra vez. — Eu fui ferido pelo próprio Don, eu tinha dezessete anos quando isso aconteceu... — Arthur, não precisa contar o que não quiser... — colocou os dedos na minha boca, e acariciou de leve o meu lábio, mas o tirou
CAPÍTULO 47 Sophia Clark Taylor Foi difícil para mim conseguir enxergar o chão onde eu estava pisando depois que saí de lá. O meu corpo e as minhas pernas não estavam ajudando a controlar a imensa emoção que eu estava sentindo. O que tanto aquele homem guarda dentro de si? Poucas coisas que ele me contou e eu já percebo que ele guardou coisas demais para si mesmo, e o fato de não compartilhar com alguém, o fez tirar conclusões erradas sobre as suas escolhas e a sua vida. Agora sim posso dizer que eu realmente gostaria de estar com ele, gostaria de ter tempo suficiente para ouvi-lo gostaria de poder entender mais sobre quem ele é, e também queria que ele me conhecesse. As coisas entre nós... aconteceram de forma atravessada, mas nem por isso eu digo que me arrependo, e sou tão louca ao ponto de que se eu soubesse hoje, que aquele documento era de casamento... eu teria me casado outra vez com ele, só para descobrir o que esse sentimento iria fazer comi
CAPÍTULO 48 Arthur Taylor Me senti vazio outra vez, assim que a minha ruivinha saiu. Mas, me atrevo a dizer que me sinto melhor em ter contado algumas coisas a ela, e ter sentido a sua mão num lugar tão íntimo pra mim, acho que aquela lembrança vou guardar pra sempre na minha memória. . Voltei para a cela, e logo vieram me informar que eu seria transferido para Buenos Aires, e o caso seria analisado pelo delegado de lá, mas não me informaram o motivo. Me preocupei com a Sophia, pois agora eu ficaria mais longe dela, e as coisas complicariam. Eu não sei o que aconteceu, mas o Yuri apareceu e mudou as coisas, e quando eles me chamaram para recebê-lo já era noite, e não fui transferido. Com o advogado... — Yuri! Como estão as coisas? — Eu dei um jeito meu amigo, tá me devendo uma! — sentou na cadeira a minha frente. — Mas, como? — Eu consegui antecipar o resultado do corpo de delito da sua esposa. Eles pr
CAPÍTULO 49 Sophia Clark Taylor Apressei os passos, aquela estrada parecia não ter fim e já estava começando a escurecer. Alguns carros passavam, e até buzinas eu ouvi, o que me apavorou um pouco. O motorista não se enganou, e logo fiquei aliviada quando vi a rodoviária. Tinha uns negócios esquisitos e grandes, que vi pessoas usando para conversar no telefone, e me aproximei para tentar entender, eu precisava tentar falar com alguém. — Como funciona esse negócio? — apontei para o treco grande. — O orelhão? — aquela moça simpática me perguntou. — Sim, acho que sim... — estranhei o nome do negócio. — Você compra um cartão, e coloca aqui, então é só discar o número que deseja falar... — Puxa, não lembro do número... preciso gravar isso logo! — Precisa de ajuda? — Eu preciso ir para Buenos Aires, qual o ônibus? — Hoje não tem mais, sinto muito... — Sério? — Sim! Tem um que faz conexão, mas você