Rafael sorri e bate no ombro do amigo.“Calma, que ela está mudando. Devagar, vocês estão se acertando.” Rafael tenta mudar os pensamentos de Leonardo.“Vim trazer a lista dos convidados para você. Já deve ter visto que todos confirmaram a presença na inauguração. E como vai ser cedo, tem o passeio pelo resort, onde vão conhecer a ilha. Vamos ter os carrinhos de passeio por terra e depois teremos o coquetel.” Leonardo, pega a folha para ver.“Você colocou o nome da imprensa que vai cobrir o coquetel?” “Sim, teremos três revistas que vão estar presente e será feito um vídeo por um profissional, que será editado e após ser aprovado, podemos colocar no site de propaganda.” Leonardo lê e entrega a ele.“Espero não ter problemas desta vez. Pois logo depois da inauguração será Natal. A vila está sendo projetada para termos um natal tranquilo e em família. Estive com o organizador. Todo o projeto está pronto. E contratei a firma que começa a enfeitar tudo esta semana.” Rafael sorri.“Eu
Alice, está empolgada e não percebe o rosto sério de Plínio. Eles chegam à clínica e todos estão esperando o horário de Aurora. Ainda falta, meia hora para ser atendida. Valdo, que conhece bem Plínio, percebe sua expressão. Valdo o chama em um canto. “Diga logo o que tem, você está preocupado.” Plínio conta o que aconteceu. “Mas o que Catarina foi buscar?”“Eu não sei, só o que Leonardo me falou.” Rafael está ao lado de Aurora, mas percebeu os dois conversando no canto. Ele levanta e Aurora diz.“Já era para Catarina e Leonardo estarem aqui.” Rafael faz um carinho no rosto dela. “Já devem estar chegando. Vou conversar com Valdo e Plínio, fique aqui com Alice e Madalena.” Aurora dá um beijo nele antes que saia. Rafael chega perto deles.“O que está acontecendo?” Eles se olham e ficam sem saber o que falar.“Eu conheço um pouco os dois, então não me esconda nada.” Plínio olha para onde está Aurora. Valdo diz.“É melhor contar a Rafael.” Plínio então conta a ele. Rafael acha
Mesmo lutando muito, eles conseguem segurar Leonardo.“Desculpe senhor. Mas não podemos permitir que entre de novo.” Leonardo tenta se soltar a qualquer custo. Mas eles conseguem prender ele. Os bombeiros chegam e percebem a situação. A polícia encosta também. Eles fecham tudo. O comandante dos bombeiros e da polícia vêem a luta de Leonardo com os seguranças. Eles se aproximam e fazem perguntas. Leonardo grita o nome de Catarina desesperado. Um dos seguranças tenta explicar o que aconteceu. Um paramédico, se aproxima e diz.“É o marido?” Perguntou, pois ouviu um pouco a explicação. Sendo confirmado, ele chama um enfermeiro e fala ao ouvido dele. Leonardo grita para soltarem ele. “Segurem ele, preciso que ele se acalme, assim ele não consegue ajudar.” O enfermeiro, aplica uma dose de calmante em Leonardo. “Me soltem! Tire isso! Não quero tomar nada. Catarinaaaa!” Leonardo grita desesperado. O remédio é de efeito rápido e Leonardo fica sentado no chão. O telefone dele toc
Madalena também. Rafael fala para o amigo. “Vamos trocar de roupa, depois, vamos procurar. Ela pode não estar no rio.” Leonardo vai com ele e Rafael o ajuda a se trocar. Plínio pede que o médico ajude Alice e Madalena. Elas são levadas a ambulância. Rafael volta com Leonardo. Ele chama os seguranças. “Andem em volta, mas com muita atenção a qualquer detalhe, verifique como o carro foi parar no rio, alguma pista tem que ter. Quero que vasculhem tudo.” Os seguranças vão fazer o que foi pedido. Enquanto isso, uma equipe de mergulho vasculha o rio. Leonardo, levanta e fica olhando para a frente. Rafael toca no braço dele. “Ela prometeu não me deixar. Fez a promessa de todos os dias me perturbar. Fala que isso é mentira, Rafa! Que estou tendo um dos meus pesadelos.” Rafael se engasga e só aperta a mão. Leonardo vira e fica de frente para o amigo.“Me acorde, pelo amor de Deus!” Rafael abraça ele.“Vamos encontrar Catarina, mas preciso de você.” Leonardo chora no ombro dele.“E
Leonardo fica esperançoso. Rafael sorri.“Isso, Leo, ela pode estar aqui fora, e quanto mais rápido procurar é melhor.”“O senhor tem algo dela, que tenha o cheiro?” Leonardo volta ao carro para procurar. Alice e Madalena vão até ele.“O que vão fazer?” “Tenho que encontrar algo de Catarina, eles vão procurar por terra e os cães precisam de algo, que tenha o cheiro dela.” Leonardo procura por todo o carro. Madalena corre até o carro de Valdo. Ela volta com uma bolsa.“Aqui, Leonardo. É a roupa que ela usou antes de trabalhar. Ela saiu tão rápido que deixou, no escritório, eu peguei para levar.” Leonardo pega e abre a bolsa. Ele pega a blusa dela e entrega ao policial. “Ela usou hoje de manhã.” O policial, pega e leva até onde estão os homens dele. São quatro cachorros de busca. Cada um, tem a seu lado seu parceiro. Eles colocam para cheirarem. O policial fala. “Afastem todos, qualquer cheiro pode atrapalhar. Deixem que eles sintam só o dela.” Eles se afastam e ficam esper
Rafael passa o recado. Eles veem a maca chegando. Catarina tem os cabelos todo bagunçados e eles a colocaram no oxigênio. Plínio fala com Alice.“Vamos amor, eles vão levar ela para a clínica.” Alice corre e entra no carro. Ela chora e ri.“Graças a Deus, Plínio, encontraram minha filha.” Valdo e Madalena também vão atrás deles. Leonardo e Rafael ficam até colocarem ela na ambulância. Leonardo quer ir junto.“Melhor não senhor, vamos adiantar alguns procedimentos. E a ambulância é pequena.” Rafael puxa Leonardo. Ele, enquanto leva o amigo, avisou os seguranças. “Levem o carro, de Leonardo. E depois vamos conversar.” Rafael entra no carro e segue a ambulância de perto. Como é noite, o trânsito está livre. A polícia acompanha eles também. Quando param em frente a clínica, já tem vários médicos esperando. Imediatamente levam Catarina para a sala de emergência. Leonardo e Rafael entram correndo e não conseguem vê-la antes. Leonardo, encosta na porta chorando. Uma enfermeira
Alice olha Aurora dormindo. Rafael está sentado ao lado dela. Um filme passa em sua cabeça. “Catarina, quando ainda criança, chega em casa com a amiguinha. Aurora era uma garota tímida e quietinha. Ela demorou a se abrir. Aurora acompanhava Catarina por todo canto. Madalena, com seu jeito maternal, foi conquistando sua confiança devagar. Com o tempo, ela se mostrou uma garotinha que só precisava de carinho e atenção. As duas meninas eram inseparáveis. Durante as férias, Catarina e Aurora, estavam sempre juntas. Foi quando ela perdeu a família. Mesmo sendo criança, a pessoa que ela procurou, foi Catarina. Madalena já tinha se apegado a ela. Alice, percebendo o apego das duas, não permitiu que Aurora fosse levada para um orfanato. Foi em conversa, que perguntou se ela gostaria de morar com elas. Catarina foi a que mais ficou ansiosa. Ela sempre foi muito imperativa. Aurora era a mais tranquila. Alice procurou saber o que precisava para adotar Aurora. Por ela já ter uma certa
Plínio, beija a testa dela.“Eu tenho certeza, que não teria uma família melhor, para cuidar dela.” Alice sorri. “E hoje, estamos aqui. Esperando notícias de Catarina e aguardando Aurora acordar.” Leonardo, está com a cabeça deitada no sofá, Valdo e Madalena, estão quietos esperando. Rafael, ao lado de Aurora, está pensativo fazendo carinho na mão dela. A médica, entra e vai examinar Aurora. Todos ficam de pé. Eles ficam em silêncio enquanto Aurora, é examinada. Depois ela sorri e olha para eles.“Foi feito todos os exames. Ela está bem, só tem uns arranhões, deve ser na hora em que rolou na encosta. E a pancada, não foi grave. Pode ter batido, quando caiu.” Todos respiram aliviados.“Quando vamos poder vê-la?” Leonardo perguntou ansioso. “Breve, estamos cuidando da limpeza pessoal dela. Já arrumei o quarto ao lado. Assim podem ficar juntos. Tem uma porta, que liga ao outro quarto. Mais tarde, eu volto com todos os exames. E com ela. Agora, preciso acordar Aurora.” Rafael diz.