- Eu... Nunca lhe pedi nada... A não ser os chocolates.
- Me desculpe... – Ele pôs a mão livre sobre meus ombros.
- Tudo bem... – Falei, ainda chateada.
- Vendo você discutir com seu pai ao telefone me fez perceber que nosso tempo está passando, não é mesmo?
Assenti, com um gesto de cabeça, as palavras morrendo nos meus lábios.
- Que porra! – Ele praguejou alto.
- Acha que vale a pena brigarmos por cerveja e espumante? Por que me julga, se nem me conhece?
Ele tocou meu rosto com o polegar:
- Porque eu sou um idiota e você me faz ficar completamente nervoso e confuso. Sei que somos diferentes e ainda tento entender como conseguimos criar uma conexão tão forte e um sentimento tão profundo, sendo que não temos quase nada em comum.
- Se queremos fazer isto dar certo, é preciso começar por não
A pergunta me pegou de surpresa, mas eu sabia que precisava falar mais sobre mim.- Nós... Vamos tentar encontrar suas coisas? Ou voltar para casa?- Para casa? – ele riu sarcasticamente – Quem dera fosse “nossa casa”. Esta frase doeu pra caralho. Porque sei que amanhã estaremos separados e talvez nunca mais nos encontremos novamente.- Não... Isso não vai acontecer. Vamos voltar... E conversar... E aproveitar nossas últimas horas neste paraíso...- Em casa... – Ele balançou a cabeça e sorriu tristemente.- Em casa. – Repeti, tentando parecer confiante.Ele me ajudou a subir na moto e colocou nossos capacetes, desistindo oficialmente de encontrar seus pertences. Eu no lugar dele estaria mais preocupada, o que não parecia ser o caso de Charles.Sentindo o vento morno de encontro a nós, a estrada completamente deserta, tendo a lua cheia dando um espetáculo gratuito e as estrelas em volta, como se estivessem a aplaudir, senti as lágrimas descendo pelos meus olhos, sem serem convidadas, m
Gemi alto e tentei me concentrar para não gozar. Não sabia qual era a brincadeira, mas era difícil de cumprir a regra.- Posso gozar?- Mas... Eu nem comecei. Mudando as regras do jogo, garotinha! Você vai gozar três vezes. Agora... Quando eu enfiar minha língua na sua boceta gostosa... E depois com meu pau dentro de você.Sim, eu gozei só com as palavras safadas dele e seu dedo na minha boceta, sobre a calcinha. Arqueei o corpo trêmulo, sentindo cada centímetro do meu dele contrair-se de prazer.- “El cantante”... Você está acabando comigo. – Confessei, ofegante.Ele sorriu e desceu até a renda da minha calcinha, lambendo minha extensão sob o tecido. Peguei a tequila que estava ao meu lado e bebi, deixando o líquido escorrer pela minha boca.Charles abriu minhas pernas e a visão que eu tinha quando olhava para frente era simplesmente esplêndida: um par de olhos verdes me encarando enquanto a língua explorava cada centímetro da minha intimidade.- Tira esta porra logo! – Gritei, ansio
- Eu quero nadar no mar antes de partir. – Falei.- Seu pedido é uma ordem, minha garotinha! – Charles me pegou no colo, levando-me para dentro do quarto.- Vou ficar mal-acostumada, “el cantante”. Não sei se recebi tanto colo assim nem quando eu era bebê. – Exagerei.- Você é a minha garotinha... De mais ninguém, entendeu? Por isso só eu posso lhe dar colo... E beijos. – Me encheu de beijos pelo rosto, contemplando a boca, o nariz, a bochecha e os olhos.Ele ainda me segurava em seus braços e seu olhar era sério.- Eu entendi. E juro que não quero ninguém além de você, “el cantante”.Os lábios dele encontraram os meus, doces, suaves, nossas línguas dançando como uma canção romântica. Quando o beijo acabou, falei:- Vou acabar com as suas fãs que cruzare
- Espera... Isso não é o suficiente. Eu quero mais... Aqui. – Ele me ofereceu o outro lado do pescoço.- Acha que eu fiz certo?- Não sei se fez certo, mas eu gostei...Sorri e beijei levemente o pescoço dele, acariciando a pele com a língua, descendo próximo de seu ombro, onde mordi antes de chupar a pele. Notei a pele de Charles arrepiar-se.- Sabrina, se não formos embora agora, eu não respondo por mim...Eu o encarei e teria dito “não responda por você, então”. Mas sabia que se não chegasse exatamente no horário marcado com meu pai, ele faria tudo que ameaçou.- Vamos, “el cantante”. – Suspirei, pegando a mão dele.E assim deixamos a casa de praia.Quando partimos, demorei a parar de olhar para trás. Era como se deixasse parte de mim naquele lugar.Na metade d
Jordan Rockfeller levantou-se, com o olhar frio e incriminador:- “Porra”? De onde você aprendeu este palavreado? Com quem estava, Sabrina?Dei um passo para trás, colocando o papel úmido de volta no bolso.- Não reconheço você com esta roupa... – ele aproximou-se e tocou meus cabelos, colocando para trás – Vou matar quem fez isso com você.Não precisei perguntar do que se tratava, pois sabia que eram as marcas no meu pescoço.- Foi com meu consentimento. – Tentei acalmá-lo.- O que está havendo com você, menina?Vi minha mãe descendo as escadas rapidamente, quase correndo. Os cabelos estavam soltos e dava para notar que vestiu um robe apressadamente.- Sabrina...- Mãe!Tentei ir em direção a ela, mas meu pai me conteve, pegando-me pelo braço:
Ele riu sarcasticamente:- Não bastou o tapa... Vou ter que pôr pimenta na sua boca... É isso?- Jordan... Está parecendo uma criança. – Minha mãe criticou.- Ela está fora de controle, Calissa... Fora de controle.- Pai, eu não vou voltar para Colin. Este casamento não vai mais acontecer. – Garanti.O olhar dele foi cruel.- Sabrina, eu juro por tudo que é mais sagrado que eu não tive nada com Colin... Nunca. Foi só aquela noite. – Mariane garantiu.- O que me diz disso, papai? – Perguntei.- Eu digo que ele não foi tão ruim como você pensa. Volto a dizer que qualquer pessoa pode cometer um deslize vez ou outra.Eu ri ironicamente:- Eis meu deslize. – Retirei os cabelos do pescoço, mostrando os chupões.Ele levantou furioso e minha mãe se pôs entre
Deitei na cama e peguei o papel praticamente destruído de dentro do bolso da jaqueta:- Como você pôde ser tão burro, “el cantante”?Olhei para o lustre pendendo maravilhosamente sobre mim. Retirei o colar dado pela senhora Monaghan cuidadosamente e pus ao lado da cama.E se Charles tivesse me dado a jaqueta de propósito para não me rever? Talvez não quisesse o meu número e aquilo fosse apenas uma desculpa para isso.Eu ri dos meus próprios pensamentos. Foi intenso demais... Não foi só sexo... Foi paixão, foi amor. E era para toda vida.Senti as lágrimas escorrendo novamente, com o simples pensamento de não o encontrar novamente:- Não fica assim, sua idiota. Sabe muito bem onde achá-lo.Me dirigi ao banheiro e assim que me deparei com a imagem no espelho fiquei paralisada. Realmente meu pai deve ter ficado preocup
- Ok. – Ela foi diretamente para o telefone.Peguei meu celular, que eu não via desde o dia antes do casamento. Estava quase sem bateria. E tinha 102 ligações de Colin. Sim... Ele tentou falar comigo 102 vezes. E acabou com a bateria do meu celular. Imprestável filho da puta e destruidor de baterias.Cinco ligações da mãe dele e uma do pai. Algumas do meu pai, minha mãe, Mariane. Nenhuma de Tay, Lina, Dill ou Tefy. Acho que no fundo eu sempre soube que elas não eram minhas amigas e estavam ao meu lado simplesmente pelos benefícios que isso trazia.As conhecia desde o Ensino Médio. Não as procurei e sim o contrário. Sempre que o nome Rockfeller era pronunciado, era como se todas as portas e possibilidades se abrissem. E elas tentaram se aproveitar disso. E usufruíram por um bom tempo de passeios caros, ingressos cortesia, visitas a camarins de artistas internac