Assim que cheguei na porta da igreja, as madrinhas foram entrando na ordem do ensaio, uma a uma. Mariane era a última da fila. Quando chegou a vez dela, minha irmã me encarou, incerta sobre o que fazer.
- Entre, minha irmã! – Falei, tentando dar um sorriso.
A parte boa de chorar de tristeza e raiva durante uma cerimônia de casamento é que todos achavam que as lágrimas eram de emoção e felicidade.
Mariane tomou seu lugar e entrou por último, seguindo pelo corredor com um belo tapete vermelho, que aguardava meus pés envoltos num lindo sapato rosa pink.
Meu pai deu-me seu braço, no qual segurei com minha mãe direita, aflita. O buquê tremulava na minha outra mão.
O antes emocionante e agora irônico som da orquestra municipal tocando e cantando “Ave Maria” iniciou assim que eu e J.R passamos pela porta principal.
A igreja catedral estava decorada lindamente, se é que precisava de flores para enfeitar um local que já era belo
- Claro... Imediatamente... – falei, deixando o altar – Continuem a cerimônia... Creio que a noiva pode ser substituída facilmente – gritei para ser ouvida por todos – É só substituir uma Rockfeller por outra. Aposto que Colin nem vai reparar a diferença.Levantei meu vestido e saí apressadamente, evitando despencar no meio do corredor. E então o sapato pink, que sequer seria visto, já marcava presença no tapete vermelho.Jamais, em toda a minha vida, imaginei deixar o meu noivo no altar. Especialmente pelo fato de ele ter me traído com minha própria irmã.Naquele momento, tudo que um dia achei sentir por Colin Monaghan se desfez por completo, como se nunca tivesse existido. Se eu queria vingança? Não. O mal já tinha sido feito e por sorte eu fui informada a tempo, antes de dar um dos passos mais importantes da minha vida em dire&
Beijei Charles imediatamente, como desejei desde o primeiro momento que o vi, ali, naquele mesmo lugar, afinando sua guitarra. Senti seus lábios consumindo os meus, o desejo tão forte e intenso quanto o que me atormentava nas últimas horas.Puxei seu pescoço ainda mais, sentindo sua língua exigente, pedindo passagem em cada canto da minha boca sedenta. Ele tinha um gosto inexplicável de quero mais, com se eu pudesse ficar ali para sempre naquele beijo. As mãos de Charles passeavam pelas minhas costas e nossos corpos estavam tão juntos que mais pareciam um só para quem nos visse de longe.Nem as palmas e gritos enlouquecidos nos fizeram parar. Aquele era o melhor beijo da minha vida. Minha língua entrou no interior da boca dele, explorando seu gosto, sentindo imediatamente seu membro endurecido dentro da calça.Eu não queria que aquele momento acabasse nunca. Era uma mistura de se
Ele abriu minhas pernas e deixou o vestido desenrolar sobre ele, cobrindo-o por completo. Fechei os olhos ao sentir sua língua na extensão da minha intimidade, enquanto um dedo apertava meu clitóris, fazendo-me gemer alto.- Me desculpe... – Falei imediatamente.- Por que desculpas? – a língua saboreou a umidade excessiva da minha boceta. – Só pode desculpar-se por demorar tantas horas para voltar... Por isso pede desculpas? – A língua entrou na minha cavidade profundamente, fazendo-me gemer novamente, sem conseguir conter-me.- Pelo... Gemido alto... – Falei, a voz quase não saindo.- Pode gemer o quanto quiser, garotinha. E gritar também... Aqui ninguém nos ouve... E eu confesso que estou a gostar dos seus gemidos... Verdadeiros, intensos.- Não viu nada... Foram contidos... Por muito tempo. – Me ouvi dizendo.- A visão daqui de
Charles pegou minha mão e foi em direção à porta, destrancando com a chave. Voltamos ao ambiente de música alta e fumaça de cigarros, regado à bebidas e pessoas que falavam todas ao mesmo tempo, quase gritando. Fomos até o bar e ele chamou um dos barman’s, falando algo no seu ouvido. O jovem rapaz sorriu e lhe entregou um chaveiro contendo algumas chaves, me observando curioso e sorridente.- Vamos! – Ele disse, me puxando entre a multidão.Enquanto eu o seguia, sentindo sua mão firme na minha, Charles foi cercado por algumas mulheres. Me aproximei dele, colocando a cabeça no seu ombro, enquanto enlaçava sua cintura, deixando claro que “eu” estava com ele.- Sua performance foi excelente hoje. – Uma delas disse, com voz languida.Eram mulheres bonitas e bem vestidas, as três beirando os trinta anos.- Obrigado. &ndas
Eu poderia ter dito não. Não sabia sequer para onde ele me levaria. Subiria naquela coisa assustadora e perigosa, que fazia um som horrível?Mas em vez de negar, peguei a mão dele e levantei a perna, tentando alcançar o outro lado do banco.Ele pôs o pé para trás, me mostrando uma espécie de pedal:- Você coloca o pé aqui... Se equilibra e põe a outra perna para o lado de cá.Subi no pedal, não conseguindo fazer o que ele explicou. Desci novamente, tentando entender como fazer aquilo.Charles desligou o motor e desceu. Foi até uma porta e entrou, voltando com um capacete:- Se importa se eu estragar o seu cabelo, senhorita? – O sorriso veio no canto dos lábios, debochado.- Já estragou o vestido que custou uma fortuna, feito por um estilista que será o mais famoso do país futuramente. Um cabelo n&ati
De repente, a estrada acabou e Charles seguiu caminho, subindo com a moto como que escalando um caminho mais íngreme. Fiquei ainda mais amedrontada e segurei-me com força a ele, temendo cairmos. Vez ou outra ele tinha que usar os pés para evitar a queda, enquanto as rodas derrapavam no chão por ora liso, ora pedregoso.Eu sabia que estávamos na praia, pois sentia o cheiro do mar e a brisa fresca. Mas não exatamente onde era, devido à escuridão.O caminho não era tão íngreme, mas as subidas leves na espécie de pedra arenosa eram assustadoras. Para minha surpresa, Charles não era só um bom cantor, mas também um ótimo motorista de motocicleta... Além de outras “cositas” que ele “mandava bem”.Ele desligou a moto e avistei a enorme casa, construída na pedra, de frente para o mar. Não estava iluminada, mas dava para perceber o quanto era imponente.Charles desceu e retirou o capacete e em seguida auxiliou-me a descer da moto. Estiquei o corpo, cansada e com os músculos um pouco doloridos e
- Bem... Eles têm bom gosto. – Toquei o sofá macio.- E dinheiro... Afinal, estamos quase numa ilha.- Por que me trouxe para cá?- Porque eu queria ficar sozinho com você... Sem nenhuma interferência. Na verdade, desde ontem, quando nos conhecemos. Só não imaginei que isso pudesse acontecer... Afinal, era sua despedida de solteira. E agora, cá estou eu... Com a noiva.- Devo estar horrível... – Tentei inutilmente encontrar um espelho.- Eu acho que não é possível você ficar horrível, Sabrina. Você é a garota mais linda que eu já conheci.Eu ri ironicamente:- Jura? Você pode ser iniciante ou aspirante à cantor famoso, mas sua legião de fãs do sexo feminino é forte... E posso apostar que deve ter ficado com muitas delas, várias idades, nacionalidades... – Abaixei os olhos, lembrando das tantas que enfrentei só naquela noite.- Isso não tira o fato de eu achar você ainda a mais bela de todas.Encarei o olhar sério dele.- A propósito, não sou iniciante na música. Faz no mínimo uns quat
- Você... Realmente está me pedindo isso? – Ficou confuso.- Se não quiser ou não se sentir à vontade, tudo bem.- Não sei se isso é uma brincadeira... Mas se for, ainda assim minha resposta é sim, Sabrina. Se você se sente à vontade com isso... Vai fundo.Eu sorri, provocante:- Neste caso, quem vai fundo é você.Ficamos nos encarando um tempo, questão de segundos, como se aquela conexão fosse necessária e indispensável aos nossos olhos. Como eu poderia mal conhecer aquele homem e me sentir tão à vontade com ele? Era como se Charles conseguisse ver através dos meus olhos, da minha roupa, desnudar-me com um simples olhar.Talvez eu nunca entendesse de fato o que acontecia entre nós. Ainda assim não queria que aquilo acabasse nunca. Por mais que soubesse que mais cedo ou mais tarde teria que par