Alexia acordou com os primeiros raios de sol iluminando o quarto do hotel. Ela esfregou os olhos lentamente antes de se espreguiçar. passou aa mãos na cama e notou que Benício não estava, mas viu a pequena mala ao lado da cama, o que a fez suspirar aliviada.Enquanto tomava um banho, Alexia deixou a água quente lavar suas preocupações. Ela se permitiu viver o momento, permitindo que a energia vibrante de Paris a envolvesse. Depois de se arrumar, ela saiu para a sala onde Benício estava lendo uma revista.Benício folheava as páginas, até que seus olhos caíram em uma reportagem. Ele viu Matheo na capa e, ao continuar folheando, se deparou com algo que o surpreendeu. Era uma foto de Alexia, e descobriu que mesmo depois de 4 anos estavam a procurando. Seu desespero ficou visível para qualquer pessoa.Sem pensar muito ele tirou a página da revista. Porém Alexia estava tão feliz, que não notou o que ele havia feito, ela se aproximou e o abraçou pela cintura.— Bom dia amor, o que está fazen
Alexia mal conseguia falar, mas com um aceno firme, sua voz parecia ter sumido, os olhos nem enxergavam mais, tanto que ela chorou, e depois de quase fazer Benício ter num ataque nervoso ela finalmente respondeu, encarando os olhos ansiosos dele.— Sim, amor, é tudo que eu mais quero.Benício sorriu grato e aliviado, ele colocou o anel em seu dedo, e os dois se abraçaram, emocionados e felizes, selando esse momento com aplausos das pessoas que ali estavam. Fred mesmo estranhando essa atitude de Benício, decide não entrar em discussão, ele vai observar Benício a distância, vai analisar cada detalhe, pois não está convencido de que ele está sendo sincero com ela.O casal ficaram ali, abraçados, observando o pôr do sol sobre Paris, e sabendo que estavam prestes a embarcar num novo momento do relacionamento deles. Depois do pedido pegaram viagem para cidade que moram. Benício se sentia leve por tudo estar dando certo para eles. Alexia parecia uma criança que havia acabado de receber o que
Alexia olhava a mulher na sua frente sem entender o motivo de ela estar na porta da casa de Benício a essa hora, e porque ela se incomoda tanto com o Benício e ela juntos.— O que exatamente você tem a ver com meu relacionamento com o Benício? — Ela fala, olhando fixamente para Dafne.— Se realmente quiser saber, vou te contar! — Dafne fala, sorrindo.— Dafne, não comece! — Benício a repreende, tentando manter a calma.— Eu tenho que falar com você, Benício. É importante! – Dafne insiste, olhando nos olhos dele, se fazendo de inocente.— O que eu teria para falar com você, ainda mais a essa hora? — Ele pergunta, sem entender.Benício havia deixado bem claro para Dafne que faria de tudo para que Alexia perdoasse seu descuido e as vezes que a distraiu. Porém, Dafne não quer conversa. Depois que viu que Benício não corre atrás dela como fazia antes, ela quer reconquistá-lo a todo custo.— Tem certeza de que não sabe? — Ela pergunta de um jeito malicioso.Benício encara seus olhos e lembra
Após chegar em frente à casa, Benício fica um tempo dentro do carro, debruçado no volante, se recriminando mentalmente por tudo que fez até hoje, que é mentir para Alexia. Ele entra e vai direto para o quarto, tentando criar coragem para revelar a verdade. Porém, ao abrir a porta, ele vê Alexia dormindo na poltrona. Por alguns segundos, ele fica admirando a mulher que ama, vendo a sua imagem, enquanto o medo de perdê-la consome sua alma. Fechando a porta silenciosamente, ele a pega no colo e a envolve em seus braços, sentindo o seu doce perfume e a maciez de sua pele. Benício suspira pesadamente e a coloca lentamente na cama.— Dorme, meu amor. Amanhã prometo que conversamos.— ele sussurra, sentindo-se aliviado por não precisar encarar a situação que lhe apavora naquele momento. Benício entra no banho e, sentindo as gotas de água caírem sobre seu corpo, ele não entende como nunca viu que Dafne era tão má a ponto de usar uma criança para separá-lo de Alexia. Foi o que fez Benício tirar
O sol mal despontava no horizonte quando Alexia acordou naquela manhã. Ela sabia que precisava tomar uma decisão. Após passar praticamente a noite em claro refletindo sobre tudo o que havia acontecido, ela decidiu que era hora de dar um passo para trás. Estava ferida e com um sentimento de traição angustiando seu peito, por isso sabia que precisava ir embora, pois se continuasse ali, só iria se machucar ainda mais.Benício passou a noite acordado, pensando incessantemente em como consertar as coisas, enquanto Alexia começou a fazer as malas, disposta a se afastar do Benício por um tempo. Ela precisava de espaço para clarear suas ideias e decidir o que seria melhor para ela.Quando Alexia finalmente abriu a porta para ir embora, encontrou Benício em pé do lado de fora. Seus olhos cansados revelavam o quanto ele havia passado a noite em grande angústia emocional.— Alexia? — Seus olhos passearam pelas malas e voltaram a encarar os olhos dela. — Por que essas malas? Para onde você vai?—
Alexia o encara por um longo momento, seus olhos transmitindo a turbulência de seus sentimentos. Ela respira fundo antes de finalmente falar.Lorena, vendo que Alexia poderia chorar ou até mesmo expulsar Benício a qualquer momento, tira o menino da sala e o leva para o quarto.— Eu não sei, Benício. Pensar que você mentiu me magoa por causa daquela mulher e me traiu, ainda dói muito.— Amor, eu sei que errei. Não há desculpas para o que fiz, mas quero que saiba que te amo mais do que tudo nesse mundo. — disse Benício, com sinceridade em seu olhar. — Esses dias sem você foram mais que uma tortura. Te ver e não poder te abraçar, te beijar e dizer o quanto eu amo você está acabando comigo.Alexia estava de pé, encarando Benício, que parecia nervoso e ansioso enquanto esperava por uma resposta.Alexia respirou fundo, sentindo o peso das palavras dele. Ela sabia que ainda estava magoada, mas também sabia que o amor que sentia por Benício nunca havia diminuído, mesmo diante da traição.— Eu
Alexia estava sozinha com Brayan, sentados na sala, ele pintava em seu livro de colorir. Alexia balançava o pé sem parar, apertando suas mãos trêmulas e um enorme nó na garganta. Ela mal podia acreditar que a cruel mentira se espalhou tão rapidamente pela cidade, as pessoas mais uma vez não quiseram a ouvir, dedos foram apontados, pessoas que ela tanto ajudou estavam querendo fazer justiça com as próprias mãos.Uma batida na porta a tira dos seus pensamentos. Ao abri-la, Alexia se deparou com dois policiais e uma representante do Conselho Tutelar, todos com expressões sérias e a postura rígida.— Você é Alexia?— perguntou a representante do Conselho Tutelar, com a voz firme sem emoção.— Sim, sou eu. — Alexia responde, com a voz trêmula e o coração quase saltando pela boca.— Por quê estão aqui?— Nós viemos buscar o menino, Brayan. — disse um dos policiais, com um olhar de desconfiança.— O que? Não, ninguém vai levar ele a lugar nenhum, o que está acontecendo?— Alexia fala com lágrim
Enfim o dia mais esperado chegou, o ambiente da sala do tribunal estava carregado de tensão. Alexia sentia o coração apertado, tentando manter a calma, enquanto seus olhos buscavam desesperadamente por uma esperança no semblante dos presentes. Com as mãos suadas e os olhos marejados, ela esperava o início do julgamento que decidiria o futuro da acusação absurda que ela está tendo que enfrentar.Lucy veio imediatamente ver a queda de Alexia, ela e Dafne mantinham um olhar satisfeito e triunfante, sentadas do outro lado da sala. Ambas trocavam olhares de cumplicidade, satisfeitas por terem criado uma calunia que em fim destruiria Alexia. Enquanto isso, Benício, Fred, Julio e Lorena observavam o desenrolar da situação com ansiedade.O juiz entrou na sala, e o murmúrio da multidão calou-se. Alexia prendeu o fôlego enquanto as acusações eram apresentadas. Ela escutava cada palavra com um nó na garganta, sentindo cada acusação ser uma punhalada em seu coração.“Abuso infantil”, “negligência