Everlly Soares Uma semana havia se passado e hoje estou aqui no carro com minha mãe e Jeff, ele ria das histórias que minha mãe contava para ele, enquanto eu estava animada ouvindo Alicia Keys. Chegamos na casa de seus pais e assim que desci do carro um serzinho veio correndo me abraçar. — Tia Ever, você veio. – Ela agarrou minhas pernas e a peguei no colo. — Eu senti sua falta pequena. – Toquei seu nariz e ela riu. — Como foi o seu dia na escola? — Foi chato, uma colega veio me bater e dei um socão no braço dela. – Ela fez o gesto de como fez e cai na gargalhada. — Isso ai garota – levantei a mão e ela bateu. — Oi gatinha do papai, como você está? Jefferson tentou pegá-la no colo, mas Renata se recusou dizendo que queria ficar comigo, ele olhou para mim e sorriu, minha mãe se aproximou e eu apresentei as duas. — Você é mãe da tia Ever? – Ela perguntou e minha mãe confirmou. — Você também é bonita, mas a tia Ever é mais. Jefferson ralhou com ela e minha mãe pediu para ele não
Jefferson NunesEu sabia que esse almoço seria assim, Junior é muito chato, e conseguiu levar Everlly para o seu lado e juntos começaram a zombar de mim, qualquer outra pessoa não consegue me tirar do sério, mas meu irmão tem esse dom. Já estava ficando irritando com as suas provocações quando Everlly levantou para controlar o riso e Rebecca foi atrás, quando as duas voltaram a morena já estava com outra postura, quase não abria a boca e ficava alheia a tudo, respondendo apenas quando o seu nome era chamado, ela estava visivelmente triste. Minha mãe olhava para mim e eu sabia que ela estava me culpando pelo clima está meio estranho. — Você gosta de crianças, né? – Minha mãe perguntou a Everlly que assentiu. — Ela não só ama como é voluntária em um hospital infantil. Minha mãe se interessou e as duas começaram a conversar, ela contou que era palhaça voluntária com seu melhor amigo e isso me interessou, pois não me lembro dela ter me dito isso. Ela contava sobre as crianças com tant
Everlly SoaresUm mês se passou desde que Jefferson e eu resolvemos rotular o que temos e agora elevamos o nosso status para o namoro, e cada dia que passa nossa relação fica mais sólida e especial. Estamos sempre juntos, compartilhando momentos, risadas.Uma das coisas que mais me encanta em Jefferson é o seu comprometimento e dedicação tanto em sua empresa quanto às suas lutas. Ele treina duro e se esforça ao máximo para alcançar seus objetivos, e eu estou sempre lá, torcendo por ele a cada golpe desferido e a cada vitória conquistada. Ver o brilho em seus olhos quando sobe ao ringue é uma sensação indescritível, e eu me sinto incrivelmente orgulhosa de poder fazer parte desse momento.Além disso, tenho me aproximado cada vez mais de Renata. Desde o primeiro dia em que nos conhecemos, criamos um vínculo especial, e agora somos praticamente inseparáveis. Passamos horas brincando, conversando e nos divertindo juntas, e eu não trocaria esses momentos por nada nesse mundo. Ver o sorriso
— Amiga, sem me enrolar agora, me conta o que aconteceu com você e o moreno gostoso. Sabia que ele me faria essa pergunta e eu a estava evitando ao máximo, meu amigo foi tão insistente que acabei contando tudo a ele.— A verdade é que as coisas estão um pouco confusas, David. – Comecei, desviando o olhar para evitar encará-lo diretamente. — Jefferson e eu estamos juntos, mas às vezes sinto que há algo que ele não me conta, algo que o perturba profundamente.David assentiu, indicando que estava me ouvindo atentamente.— Você tentou conversar com ele sobre isso? – Ele perguntou com gentileza.Balancei a cabeça, sentindo uma onda de frustração me atingir.— Sim, mas ele sempre desconversa ou evita o assunto. Parece que há algo que ele não quer me contar.David franziu o cenho, evidentemente intrigado com a situação.— E o que você acha que pode ser? – Ele questionou, inclinando-se para mais perto.Passei a mão pelo cabelo, sentindo-me ainda mais perdida.— Não faço ideia, David.Meu ami
Fiquei paralisada diante da revelação de Alberto Mendonça. As palavras ecoavam em minha mente, mas eu simplesmente não conseguia processar o que estava acontecendo. Meu pai? Aquele homem diante de mim era o pai que eu mal conhecia, que havia virado as costas para mim e minha irmã quando éramos apenas bebês?Enquanto eu lutava para encontrar as palavras certas, Alberto continuava a me encarar com uma mistura de expectativa e ansiedade. Seus olhos buscavam os meus em busca de algum sinal de reconhecimento, mas tudo que eu podia sentir era uma profunda confusão e uma sensação de desconexão.— Eu preciso da sua ajuda, filha. – Sua voz era suave, mas carregava um peso que eu não conseguia ignorar.Engoli em seco, tentando encontrar minha voz em meio ao turbilhão de emoções que me assaltavam. No entanto, quando abri a boca para responder, as palavras simplesmente não vieram.Alberto estendeu a mão na minha direção, como se quisesse me tocar, mas eu recuei instintivamente, afastando-me dele
Jefferson Albuquerque Hoje resolvi passar um tempo com a minha filha, então a levei ao shopping, a pracinha, lanchamos e depois a levei de volta para a casa dos meus pais, enquanto a colocava para dormir, minha pequena questionou o motivo de Everlly não ter ido conosco hoje e mesmo eu dizendo que hoje era um dia de pai e filha ela disse que queria um dia com a tia Everlly. Ao mesmo tempo que fico feliz por Renata estar apegada a Everlly, isso me preocupa, pois se terminarmos como ficará a cabecinha dela? Assim que desci encontrei meu pai na sala, ele estava lendo seu jornal e sorri para a cena sentindo nostalgia, meu pai não se rende mesmo às tecnologias.Me aproximei do meu pai e assim que ele notou a minha presença, meu pai olhou brevemente para mim e depois voltou sua atenção para o jornal. — Sabia que o senhor é um dos poucos que ainda compra jornal. — Nada melhor do que um bom papel em mãos, não vou ficar refém da tela de um aparelho minúsculo, assim como vocês. – Balancei a
Gisele AlmeidaDesde o momento em que saí daquela maldita clínica, jurei a mim mesma que um dia faria Jefferson pagar por tudo que ele fez comigo. Ele destruiu minha vida, me internou contra a minha vontade, e Jorge não quis mais nada comigo dizendo que não poderia ficar com uma maluca. Por culpa do meu ex-marido perdi um milionário que antes me amava. Enquanto observava Renata indo para a escola com a babá, senti raiva e nem eu mesma sei o motivo disso, Renata e Raquel desde que nasceram receberam atenção enquanto eu passei a ser taxada de mãe maluca e desnaturada. Quando as duas nasceram e percebemos que Raquel era estranha eu disse a Jefferson que não queria cuidar dela, as vezes ela chorava de fome, mas eu me recusava a dar mamá para uma criança como ela, foquei em cuidar apenas de Renata, e um dia enquanto penteava os cabelos da minha filha um questionamento me veio e se do dia pra noite Renata também ficasse como Raquel? Eu não estava preparada para ter uma filha retardada, im
Everlly SoaresEstava entrando no meu carro depois de mais um dia de trabalho voluntário quando ouvi alguém chamar o meu nome. Ao me virar, vi a ex-mulher de Jefferson me encarando. Ela me entregou o endereço de um dos hospitais onde sou voluntária, dizendo que lá descobriria o segredo de Jefferson, e então me deixou, deixando-me realmente curiosa.Sei que não deveria dar ouvidos àquela mulher, que claramente estava desequilibrada, mas algo dentro de mim dizia que eu deveria ir lá. Seguindo minha intuição, fui até o hospital.— Everlly, que surpresa? – Aline olhou para mim, surpresa. — Veio visitar alguém?— Sim, quero visitar a ala de paralisia – respondi.— Vai lá, gata! – ela disse, incentivando-me.Quando entrei na ala, algumas crianças me olhavam, talvez me reconhecendo mesmo sem a fantasia. Me aproximei do leito que ela havia mencionado e logo me lembrei da menininha que eu já havia perguntado sobre antes.— Você veio visitar a Raquel, conhece a família dela? – Vanessa perguntou