Mariana A primeira coisa que senti ao despertar foi dor. Muita dor no corpo. A segunda foi um corpo quente agarrado ao meu, e mãos braços me segurando de maneira possessiva, como se eu fosse fugir a qualquer momento. Eu não precisava olhar para a pessoa atrás de mim para saber que era Ethan, afinal, eu lembrava perfeitamente da noite anterior e de tudo o que aconteceu. Ainda assim, eu desejava olhar para o seu rosto adormecido, admirar a beleza masculina em toda a sua glória, mas sabia que se eu me mexesse ao menos um pouco, Ethan despertaria no mesmo instante e acabaria o encanto, pois eu precisaria vestir a minha máscara e lidar com aquele arrogante da maneira como ele merece. Então continuei quietinha, apenas aproveitando o aconchego dos braços fortes e o calor do seu corpo colado ao meu, e apenas quando a vontade de ir ao banheiro se tornou insuportável, foi que eu decidi que já estava na hora de voltar a realidade. — Aonde vai? — Ethan perguntou imediatamente, quando tentei
Ártemis Olhei para a mão masculina que me segurava firmemente pela cintura, apenas isso foi suficiente para fazer o meu corpo todo esquentar, de tão vívidas que ainda estavam os momentos de prazer que Joshua tinha conseguido me proporcionar. Que noite quente! eu pensei com malícia, e só não me abanei com as mãos por não desejar que o homem que estava comigo na cama, me abraçando de maneira possessiva acordasse agora. Joshua estava dormindo o sono dos justos, após uma longa e prazerosa noite e de todas as coisas insanas que fizemos juntos. Isso sem falar no aconchego daquele abraço delicioso, onde eu ficaria o maior tempo que me fosse possível, apenas para desfrutar da maravilhosa sensação de estar com o meu corpo colado ao daquele homem sedutor e gostoso. Mas havia um outro motivo para eu tentar adiar ao máximo o momento em que o Joshua iria despertar. Eu estava temerosa de como seria a nossa "manhã seguinte". Seria algo constrangedor? Ele voltaria atrás nas suas palavras? Tudo
Ethan Depois que saí da casa da Mariana naquela manhã, passei em casa apenas para tomar banho e trocar de roupa, pois ainda usava a mesma com a qual fui ao shopping na noite anterior, e depois fui para a empresa sem mais demora. Vários investidores estrangeiros me aguardavam para uma reunião importante e após algumas horas, eu me sentia completamente dolorido e a minha secretária logo percebeu o desconforto e enquanto um dos meus diretores de projetos fazia uma apresentação para os demais participantes, a Liz me entregou um copo com água e um comprimido, que eu engoli sem nem ao menos perguntar do que se tratava. Ainda assim, eu esperava ardentemente que se tratasse de algum analgésico, porque a tensão muscular estava no nível máximo já. A dor diminuiu sensivelmente e quando a reunião acabou, caminhei diretamente para a minha sala e pedi que a Liz me acompanhasse, precisaria passar algumas instruções sobre a reunião. Quando já estávamos em minha sala, o desconforto da noite mal
Mariana Eu tinha acabado de chegar próximo a mesa da secretária do maior idiota que já conheci em minha vida, que também atende pelo nome de Ethan Constantino, quando de repente vejo uma porta abrir de supetão e um homem sair de lá parecendo bastante chateado. Além da forma com que ele tinha acabado de sair da sala, a qual eu deduzi ser de Ethan, outra coisa me chamou atenção naquele homem e eu o encarei com atenção, tanto as suas palavras, quanto a sua aparência. Eu tinha a nítida impressão de que o conheço de algum lugar… — Eu vou vender essa história suja para todos os jornais. Todo mundo vai saber que Ethan Constantino não passa de um canalha trapaceiro! — o homem gritou a plenos pulmões, o dedo em riste na direção da pessoa que estava por trás de uma grande mesa de mogno. Mesmo à distância, eu pude ver claramente que o homem sentado de maneira imponente na cadeira presidencial se tratava de Ethan, mas até aí, nenhuma surpresa. O que me fez encarar Ethan com muita raiva, mas
Ethan Quando Mariana tirou os óculos e seus olhos ficaram visíveis para mim, senti uma dor forte atingir o meu peito e a culpa pelo que aconteceu ontem à noite voltou com força total. Eu não estava nenhum pouco feliz com a forma como o nosso desentendimento acabou levando a um acidente, mesmo que não tenha sido grave, só o fato de Mariana estar com o rosto daquele jeito me deixava muito mal. E a certeza de que eu não quero ser algo negativo na vida dela ficou claro para mim. — Murilo está apenas colhendo o que ele mesmo plantou — digo o que já deveria ser bastante óbvio para ela — Você não vê isso, porque são seus amigos. Mariana sorri e sua risada é cheia de ironia e eu diria que de cansaço. Mas eu também estava cansado de tantas injustiças. Alguém precisa tomar as rédeas. — Você já parou para pensar que as coisas talvez não sejam como você acredita? — Mariana diz, e seu dedo agora toca o meu peito várias vezes enquanto fala bem na minha cara — Já pensou que talvez… apenas talv
Mariana Saí da sala de Ethan soltando fumaça pelo nariz, como diria tia Celina, mas era exatamente daquela forma que eu me sentia naquele instante, realmente fervendo de raiva, borbulhando mesmo. Mesmo com o rosto terrivelmente inchado, eu tinha saído de casa para ir pessoalmente a empresa do Ethan, após procurar no Google pelo endereço correto, com o único intuito de dizer a ele, cara a cara, o que eu achava do fato dele ter mandado um presente indesejado para a minha casa, sem o meu consentimento. Lembrar do momento em que chegaram em minha casa com uma cama para me entregar, a mando de Ethan Constantino, renova toda a minha ira, tamanha foi a ousadia daquela grande cretino de querer controlar até mesmo a cama onde eu dormia em meu quarto. O quarto é meu, a casa é minha e ele não tem que se meter em assuntos dos quais ele não tem nada a ver. Jamais aceitaria alguém que se metesse dessa forma em minha vida, sem uma conversa antes, sem diálogo algum, apenas fazendo aquilo que des
Murilo Aquele estava sendo um dia bastante movimentado no escritório, e passei toda a manhã reunido com a equipe jurídica e o Marketing da empresa, tentando encontrar meios de minimizar todos os estragos que declarações infundadas e caluniosas de um ex-funcionário mau caráter estava causando para a imagem da FERZ. Depois que conseguimos chegar a algum consenso sobre as estratégias que seriam usadas para enfrentar esse momento, foi a vez de me reunir com alguns investidores da região oeste do país e isso me tomou todo o meu horário de almoço. Mas logo que o nosso encontro terminou, a primeira coisa que fiz foi avisar a Arlete para cancelar outros compromissos que ainda tinham em minha agenda para aquele dia, pois eu não iria trabalhar mais naquele dia. Pretendia ir encontrar a Virgínia no shopping, algo que gostaria de ter feito há horas, mas que somente agora estava sendo possível. Virgínia tinha me deixado bastante contrariado naquela manhã, quando liguei para saber como ela est
Arthur Quando a gerente da minha boate entrou em meu escritório no segundo andar para me avisar que tinha alguém insistindo muito para falar comigo, ela não precisou me dizer quem era essa pessoa. Eu já conseguia imaginar perfeitamente de quem se tratava. Após pedir que a Lucy liberasse a entrada dessa pessoa, sem ao menos perguntar quem era, a mulher que vi passar pela porta da minha sala era exatamente quem eu já imaginava que fosse, e constatei que eu estava certo em minha suposição. Mesmo antecipando a visitante inconveniente, eu precisei respirar fundo e me armar de toda a paciência existente em mim, para não gritar com ela por estar fazendo exatamente o que pedi que ela não fizesse, me perseguindo. Pior ainda, vindo ao meu local de trabalho, sem ser convidada e muito menos bem-vinda. — O que você está fazendo aqui, Bruna? — perguntei de maneira grosseira e sem preâmbulos — Eu deixei bastante explícito que você não deveria me procurar. Eu iria deixar claro, mais uma vez, qu