StellaPor eu ficar sem reação, Bella entende errado e começa a chorar.— Você não quer ser minha mamãe?Me corta o coração, e viro com tudo em sua direção, nesse momento já estou me desidratando de tanto que choro.— Claro que quero ser a sua mamãe de coração. Se seu pai não se importar, é claro — Digo beijando seu rostinho vermelho pelas lágrimas — Desculpa, meu amor, eu só fiquei surpresa.— Eu posso chamar a tia Stella de mamãe? — Ela pergunta encarando o pai, que está tão surpreso quanto eu.— Não vejo problema nenhum, se você a ama assim, e Stella não se importar.— De maneira alguma, eu já a tinha como uma filha mesmo.— Uhuuu! — A pequena levanta e começa a pular na cama, automaticamente eu coloco as mãos sobre a barriga.— Cuidado com seu irmãozinhos princesa. — Edu a repreende, mas não de um jeito grosso, e sim sorrindo da animação dela.Assim que ela se acalma, eu puxo os dois para um abraço.— Amo vocês dois, mas preciso comer, ou vou ficar sem costelas.— Tem alguém com f
EduardoStella me pediu para Bella a acompanhar nas compras, as duas estão animadas com a arrumação, cheias de ideias para a decoração. Eu queria estar lá, compartilhando esses momentos simples, mas tão significativos. No entanto, os meses em que negligenciei a empresa em busca de Stella, tentando recuperar o tempo perdido, deixaram um rastro de pendências. Agora, o trabalho se acumula diante de mim, como uma pilha imensa de contratos, e outros processos das empresas. Mas não me arrependo, porque finalmente tenho minha garota de volta.Ainda assim, essa felicidade tem um gosto amargo. O tempo com elas é escasso, restrito às noites e finais de semana que não abro mão, pois cada segundo ao lado delas, é muito importante para mim. Estou imerso em contratos, analisando cada detalhe, quando o toque insistente do meu celular me arranca os papéis. O nome de Ernandes pisca na tela, e atendo imediatamente.— Fala comigo.— Senhor Hook, é a senhorita Stella... Ela foi atacada no banheiro femini
StellaAmanhã terá um jantar de reinauguração da casa nova, e estou ansiosa para ver o Léo. Ele foi efetivado na empresa que trabalha, e com a mudança para o apartamento, ainda não tive tempo de conversar sobre o que aconteceu na França.Já pedi que ele e Emma chegassem cedo, pois queria conversar com eles, agora estou aqui ansiosa por amanhã.— Ei, que carinha é essa? — Edu pergunta entrando na sala e me encontrando com os pés para cima e uma tigela de sorvete de morando em minha barriga.— Estou ansiosa para conversar com o Léo, quero soltar logo tudo para ele, antes que nossa avó chegue e a surpresa seja maior. — Desabafo, minha ansiedade e até uma irritação comigo mesmo, por não tirar um tempo para conversar com o Léo antes.— Ok, quer ir ao seu irmão agora? Emma nos convidou para jantar lá hoje. — Edu diz todo calmo, e até rindo da tigela que está em cima da minha barriga gigante.“Deus, parece que eu pisco e ela aumenta mais e mais, até essas crianças nascerem eu vou explodir” —
StellaAssim que entramos no apartamento do Léo e da Emma, Léo já nos recebe com um bico que parecia o de um elefante.— Estão atrasados. — Ele resmunga, mas o bico some rápido quando ele pega Bella no colo, enchendo-a de beijos e cosquinhas. A risadinha dela é simplesmente contagiante.— Desculpa, maninho, houve um imprevisto. — Respondo, sentindo meu rosto ruborizar, enquanto o abraço com carinho, logo depois que ele coloca Bella no chão.Vou até Emma e a abraço apertado. Bella já desapareceu de vista, provavelmente no quarto que Emma e Léo montaram para os sobrinhos com a ajuda do Edu. Eles adoram dizer que é “super seguro e divertido”.O quarto é um verdadeiro paraíso para as crianças, cheio de livros, videogames, brinquedos de encaixe, tabuleiros, carrinhos, bonecas e muito mais. Para mim, é um exagero, mas sei que eles adoram se esconder lá dentro tanto quanto as crianças.Emma se inclina para cochichar no meu ouvido, com um sorriso safado:— Sei bem qual foi o imprevisto, sua s
Stella— Amor, estou empolgada, ansiosa e nervosa ao mesmo tempo. Hoje, minha avó vem aqui em casa, e meu irmão vai conhecê-la pela primeira vez.— Eu sei, princesa — Edu me abraça por trás, todo carinhoso como sempre, enquanto passo um gloss nos lábios. — Fique tranquila, meu amor, vai dar tudo certo. Você está maravilhosa com esse vestido.— Obrigada, meu amor. Você já viu se a Bella está… — Antes que eu pudesse terminar, uma cabeleira loira entrou no quarto, correndo.— Mamãe, olha como a Bella está linda! — Acho muito fofo esse jeitinho que ela tem de falar dela mesma na terceira pessoa.Bella estava usando um vestido rosa com mangas longas de tule da mesma cor que o vestido, ele era rodado, com desenhos de borboletas, eu comprei de presente para ela, quando estava na França, sabia que ela ficaria parecendo uma princesinha.— Como você está linda, meu amor! — Eu digo, e ela sorri, radiante.— Está uma princesinha — Edu diz pegando ela no colo e enchendo de beijinhos, ele a coloca
StellaAlguns dias se passaram e marcamos mais um jantar, desta vez conheceremos o pai do Matteo, irmão gêmeo do meu pai.Já estava tudo pronto, hoje com muita reluta e Abigail na minha cola, eu consegui a permissão para cozinha.Agora com a gestação mais avançada, eles pensam que sou de porcelana, não me deixam fazer nada.Depois que voltei da França nem para o curso, Edu deixou eu voltar, disse que recupero ou ele me matricula em outro depois que nossos filhos nascerem, como ando cansada e a barriga está cada dia mais pesada, não tive como recusar.Ainda não me adaptei com a vida de não fazer nada e ter dinheiro para tudo, mas Edu insistiu em me dar um cartão black, para comprar o que precisar.Já conversamos sobre nosso casamento, eu vou querer uma cerimônia simples, apenas com nossos conhecidos, e será na beira da praia, ele adorou a ideia.— Amor, já está pronta? — Edu pergunta entrando no closet.— Sim, você pode fechar meu vestido, por favor? — Pergunto, tentando o impossível.
StellaMais alguns dias se passaram…— Ansiosa para hoje? — Edu pergunta enquanto fecha o feixe da correntinha que ele me deu com pingente de Chef de cozinha. Após terminar, ele beija meu pescoço, trazendo arrepios por todo o meu corpo.Hoje é um dia especial e apreensivo, vamos ver os meus pais e contar o que descobrimos sobre o sobrenome Bonavalle, minha avó já começou os trâmites para alterar os nossos sobrenomes, não sei se concordo com isso, mas ela faz questão.— Estou mais nervosa do que ansiosa. — Respondo sincera.— O que teme? — Edu pergunta preocupado.— Ai, amor, muitas coisas aconteceram, ofensas, mentiras, segredos… — Solto uma bufada, e sento na poltrona da penteadeira, começo a borrifar meu perfume e continuo — Não sei se meus pais sabem que estou grávida, tenho medo da reação do meu pai ao saber que descobrimos seu segredo, qual será a reação ao ver minha avó? São tantas perguntas.Edu se aproxima, tira o perfume das minhas mãos, ele me abraça, sinto meu coração acalm
Stella O choque das minhas palavras faz meu pai bambear, tendo que se apoiar no batente da porta. Seus olhos, geralmente tão frios e controlados, agora piscam de raiva, confusão e dor, vejo muita dor em seus olhos.— Do que está falando, garota insolente? — Ele resmunga, com sua voz cortante.Ao nosso lado, minha mãe soluça em meio a um choro compulsivo, os ombros sacudindo com a intensidade da dor da descoberta. O peso da verdade a atingiu com a força de um furacão, e a cena é desoladora.— Amor, leva minha mãe para a cozinha e dê-lhe um copo de água com açúcar — Léo diz com uma voz carregada de preocupação, enquanto tenta manter a calma e também me apoiar em meio ao caos.Emma, com a expressão de quem está lutando contra suas próprias lágrimas, faz um gesto de concordância e guia nossa mãe para longe, seus passos hesitantes.— Já sabemos de tudo, sabemos o que o Nicolo te obrigou a fazer. Por que nunca nos contou? — Minha voz tremula, e as lágrimas escorrem pela minha face sem cont