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Primeiro Beijo

Dante não sabia explicar o que sentia no momento, era um misto considerado por ele por diversos sentimentos e não eram bons, na verdade não era nada bom, era medo, raiva de si mesmo, tristeza e aqueles que não foi capaz de decifrar naquele momento que definitivamente ele não estava preparado.

Talvez deixar ela partir evitaria sofrimentos futuros, mas deixar ela partir estava fora de cogitação, ainda não sabia mas precisava dela muito mais que imaginava.

__ Flor, não precisa ir embora.

__Na verdade eu quero ir, preciso ir por mim

__Flor, a casa é grande e...

Ele não sabia o que dizer, queria dizer que a casa sem ela não seria a mesma e nem ele seria o mesmo, queria dizer que ela despertou nele sentimentos e desejos adormecidos, mas e se ela soubesse e o quebrasse ainda mais?!

__Eu sei mas preciso do meu espaço, do meu cantinho, espero que me entenda e olha eu sou muito grata por esse tempo aqui mas tenho medo que depois não consiga mais ir.

Ele pensou por alguns minutos e finalmente raciocinou o que ela dizia.

__Vai sentir minha falta Flor? Tem medo de depois não conseguir ir por mim?

Parceria que sua vida dependia daquela resposta.

__Vamos nos ver todos os dias.

Ela sorria, tentava quebrar o clima tenso que tinha ficado.

__Sabe o que quis dizer, e Flor e não vai embora antes que eu verifique como vai ficar acomodada e se estará segura.

__Dan, não precisa, tenho dinheiro para me manter nos próximos meses e..

__Essa será a condição Florence, um lugar seguro e confortável, caso contrário terá que me aturar.

Ela sorria divertida, mas ele falava sério.

Naquele dia jantaram juntos e assistiram um filme na sala, na verdade Dante nem prestava atenção, detestava comédias românticas, a concentração era péssima, mas estava ali por Flor e sabia que estaria para ela em qualquer situação, mas ele permanecia tenso.

Dante não concordou com o local que Florence iria morar, era uma kitnet, um pouco maior e mais confortável que as da dona Bia.

Dante ficou irritado, chegaram a discutir, parecendo um casal.

Pedro interveio porque teve medo que o irmão entrasse em crise, tentaram convencer Florence de todas as formas para morar em um apartamento cedido pela empresa, ela olhou alguns, achou um absurdo o tamanho e não aceitou, a cada apartamento visto e negado por Florence, Dante achava que entraria em colapso, finalmente ela cedeu a um flat, era pequeno, super confortável, tinha sua personalidade, mas negou e negou os serviços oferecidos, queria ela mesma arrumar seu espaço e cedeu somente porque Pedro a assegurou que o aluguel seria descontado do seu salário.

Era mentira, Dante depositária a quantia em uma poupança para Flor usar no futuro.

A rotina parecia ter voltado ao normal, os olhares eram quentes, mas nada mais que isso, no fundo os dois tinham medo de uma entrega, mas sabiam que não podiam negar o que crescia a cada dia.

Dante continuava pegando Flor na faculdade e a deixando no flat todos os dias, só assim conseguia dormir, sabendo que ela estava segura.

Em um feriado, Dante já havia ligado várias vezes pra Flor e sem respostas, no dia anterior ela não tinha ido a faculdade e pediu dispensa do serviço mais cedo, tentou tranquiliza-lo que estava somente um pouco indisposta, depois de várias tentativas de chamadas que eram encaminhadas para caixa postal, ele decidiu ir até o flat de Flor.

O porteiro avisou que não a tinha visto naquele dia, o que deixou Dante ainda mais preocupado.

Tocou a campainha incansáveis vezes, chamou por Florence e solicitou um chaveiro para abrir a porta, o coração dele parou por segundos quando subiu as escadas ate o quarto e viu Flor deitada na cama, ela queimava e delirava de febre ao mesmo tempo, imediatamente solicitou que o porteiro ligasse para médico de confiança da família.

Ele a pegou em seus braços, a despiu a deixando somente com peças íntimas, ela era perfeita como ele imaginava e sonhava, mas usou todo o seu alto controle e deu um banho morno em Flor, a temperatura precisava baixar ou ela teria uma convulsão.

O médico, atendeu Florence sobre os olhares atentos de Dante, a febre finalmente cedeu e Flor foi praticamente obrigada a tomar uma sopa.

O Dr se despediu dos dois e deixou claro que Florence teria que fazer alguns exames e já adiantou que suspeitava que ela estava anêmica.

Dante estava preocupado e esse sentimento ficou visível para Florence, mas ela sentiu que tinha algo a mais.

__Dan, eu estou bem, juro pra você

__Não, você não está e poderia ter sido pior e se eu não viesse aqui? você não me pediria ajuda Flor? quantas vezes te pedi que se precisasse não hesitasse em me procurar? você nem me ligou e nem me atendeu Florence.

Ela entendeu, ele estava magoado porque ela não disse que estava doente.

__Prometo que não faço mais, não sabia que era importante para você.

Ele fraquejou, tinha medo de falar dos seus sentimentos mas tinha mais medo de perder Flor.

__Deus Flor, eu me preocupo tanto que fiquei insano quando a vi daquela forma, não consigo imaginar se alguma coisa te acontecer, perderei a razão

__ Dan, Eu...

__Tá tudo bem, não precisa sentir o mesmo, ainda não sei expressar direito mas é real, meu coração que eu nem sabia que existia b**e por você Flor, o meu dia só começa quando sinto seu cheiro e ouço sua voz, chega a ser assustador, mas..

Flor se jogou nos braços de Dante, que a amparou e inalou aquele cheiro que ele tanto amava.

__Me beije Dante.

Flor se sentiu extremamente ousada por fazer aquele pedido, mas não esperou resposta, ela mesma tocou os lábios macios e rosados daquele homem que tirava seu sono e ao mesmo tempo lhes proporcionava os melhores sonhos.

Quando os lábios de Dante foram tocados pela boca que ele a meses desejava, foi como uma corrente elétrica, ele soube que estava perdido e que ela poderia pedir qualquer coisa a ele, menos que a deixasse ir.

As línguas de ambos pareciam um verdadeiro duelo de descobertas, mal sabia que a experiência era nova para ambos.

__Você é doce.

A testosterona estava a mil no quarto e Flor sabia que seu corpo não estava quente pela febre, mas porque queimava por aquele homem, mas sabia que o dele também ardia por ela.

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